8 livros de autores que estão na Flip 2018
Está chegando a hora do principal festival literário do país!
Uma das principais feiras de literatura do Brasil, a Festa Literária Internacional de Paraty – Flip 2018 – divulgou os nomes dos convidados para o evento deste ano. A lista inclui 33 participantes, sendo 17 mulheres e 16 homens, como autores, fotógrafos, diretores, cineastas, atores e músicos. A programação reúne autores estrangeiros, como o norte-americano Colson Whitehead, vencedor do Prêmio Pulitzer de ficção, e a jornalista argentina Selva Almada, e brasileiros, como Geovani Martins e Sérgio Sant’Anna.
Quando será realizada a Flip?
A Flip será realizada entre os dias 25 e 29 de julho. Com a promessa de ser mais artístico do que nos outros anos, o festival fará um paralelo com as obras de Hilda Hilst, a grande homenageada nesta edição. Paulista de Jaú, ela foi considerada pela crítica especializada como uma da maiores escritoras de língua portuguesa do século XX. Hilda foi poeta, ficcionista, cronista e dramaturga.
Os organizadores do evento explicam que as mesas literárias estão estruturadas em temas característicos das obras da escritora, como amor, sexo, religião, finitude e transcendência. Algumas palavras-chave que vão guiar a programação são liberdade, dimensão mística-religiosa, monólogo, vozes, escuta e som. Conheça oito obras de autores que participarão da Flip 2018!
The underground railroad – Os caminhos para a liberdade, de Colson Whitehead
Além do Prêmio Pulitzer, The underground railroad – Os caminhos para a liberdade, de Colson Whitehead, conquistou o Man Booker Prize, em 2016. O livro retrata o racismo latente nos Estados Unidos. O autor conta a história da personagem Cora, uma jovem escrava que vive em uma plantação de algodão na Geórgia. A vida é sofrida e dura para todos os escravos, principalmente para ela. Cora decide fugir de seus algozes Caesar, um recém-chegado da Virgínia, descobre uma rota de fuga. Mas nada sai como o planejado e a dupla é perseguida.
O sol na cabeça, de Geovani Martins
O carioca Geovani Martins é um dos fenômenos literários brasileiros do último ano. Em O sol na cabeça, seu livro de contos de estreia, o autor narra as angústias e dificuldades de jovens nas favelas do Rio. Um dos principais textos é “Rolézim”, que conta a história de adolescentes que vão à praia e veem a repressão de policiais militares contra um outro grupo de jovens. A obra é fundamental para enxergarmos a realidade e as mazelas de quem mora nas comunidades.
Garotas mortas, de Selva Almada
A jornalista Selva Almada tem sido considerada pela crítica como uma das grandes revelações da literatura latino-americana. Em Garotas mortas, a autora relembra os casos de três assassinatos de mulheres, que não estamparam manchetes de jornais e nem mobilizaram a cobertura de canais na TV. Os crimes ocorreram na década de 1980, quando a Argentina comemorava o retorno da democracia, e até hoje não foram solucionados. Selva expõe o feminicídio latente no país e mostra como esses tipos de crime são considerados como “normais” na sociedade.
Anjo noturno – Narrativas, de Sérgio Sant’anna
Em Anjo noturno – Narrativas, o escritor Sérgio Sant’anna explora um gênero híbrido em nove narrativas: contos, memórias e novelas. Os temas dos textos giram em torno de infância e velhice, morte e vida, paixão carnal e amor fraternal. No conto “Talk show”, o autor retrata a participação de um escritor em um programa de auditório, no qual ele passa por sucessivas situações embaraçosas e eletrizantes. A prosa de Sérgio Sant’Anna percorre com engenhosidade e maestria as memórias e seus próprios anseios.
Me chame pelo seu nome, de André Aciman
Um dos sucessos do Oscar de 2018, Me chame pelo seu nome também conquistou o público pelo livro de André Aciman. A obra conta a história de uma família italiana que recebe vizinhos, artistas e intelectuais de todos os lugares durante os verões. O filho do casal, Elio, se encanta por um americano que chega à residência. Espontâneo e atraente, ele passa uma temporada no local para trabalhar em seu manuscrito sobre Heráclito e ainda desfrutar do verão mediterrâneo. Me chame pelo seu nome tem uma narrativa magnética, inquieta e tocante.
Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha, de Liudmila Petruchévskaia
Considerada a maior autora russa viva, Liudmila Petruchévskaia combina o contexto soviético com uma realidade povoada por assombrações, pesadelos, acontecimentos macabros e personagens sinistras. A escritora reúne histórias sobrenaturais que retomam a tradição dos contos folclóricos, mas com humor contemporâneo e carga política.
Nadinha de nada, de Laura Erber
A nossa lista também não podia deixar de fora a literatura infantil. Em Nadinha de nada, Laura Erber conta a história de um rato que encontra uma mala no meio da sala e não sossega até saber o que tem lá dentro. A bolsa está fechada e parece impossível de abrir. O ratinho até consegue destrancar a mala, mas o que ela guarda não é bem o que ele esperava.
Irmã-estrela, de Alain Mabanckou
Em Irmã-estrela, o escritor congolês Alain Mabanckou mostra a história de um menino de 10 anos, cuja vida é marcada por muitas dificuldades, aprende com uma estrela a lidar com a morte. De forma delicada e encantadora, o autor retrata a cultura de seu país ao tratar do tema da morte e de sua aceitação na infância.
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