6 autores para conhecer a literatura do Centro-Oeste
Região revelou grandes escritores clássicos da literatura, como Manoel de Barros e Cora Coralina. Veja a lista!
O Brasil é marcado por uma extensa diversidade cultural em suas regiões, como no Centro-Oeste. Com mais de 14 milhões de habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Região Centro-Oeste reúne o Distrito Federal e três estados: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O local recebeu influências de indígenas e de populações de países que fazem fronteira, como Paraguai e Bolívia.
Na área da literatura, a região revelou diversos autores clássicos do meio literário brasileiro, como os poetas Manoel de Barros e Cora Coralina. Mas até hoje, há grandes destaques do Centro-Oeste na literatura, como a escritora Ryane Leão. Que tal conhecer mais os autores da Região Centro-Oeste? Confira a lista e boa leitura!
Tudo nela brilha e queima, de Ryane Leão
O livro de estreia de Ryane Leão expõe as vivências da professora e poeta em um mundo que insiste em silenciar as vozes de mulheres negras. A autora compartilha com os leitores as suas experiências com o amor, a rotina, a cidade, as transições, os recomeços, os tropeços, as partidas e as contrapartidas.
Meu quintal é maior do que o mundo, de Manoel de Barros
Esta antologia reúne poemas de todas as fases do escritor Manoel de Barros, oferecendo um panorama abrangente de sua produção literária. O autor redesenhou os limites da linguagem e seus sentidos. Meu quintal é maior do que o mundo recolhe poemas publicados por Manoel de Barros ao longo de mais de 70 anos. Recortar a obra desse poeta não é tarefa fácil, já que ela assume muitas formas, e se move como as águas do Pantanal. Revela a força, a vitalidade e o alcance universal da obra deste poeta inimitável.
A praga, de Manuela de Castro
O medo envolve esta praga a partir do nome: lepra. Para vencê-lo, foi necessário vencer a palavra, substituindo-a por “hanseníase” no Brasil a partir dos anos 1960. Palavra que carrega um significado de pavor e isolamento inumano desde milênios, atravessando a Bíblia, a história do Oriente Médio, da Ásia e da Europa, atingindo indiferentemente reis e pobres da mais baixa classe, ela abriga uma doença que passou a ter cura nos anos 1940. Mas o Brasil, com seu atraso científico e social, ignorou ou subestimou isso. O pavor brasileiro se espalhou facilmente entre as políticas de saúde, os médicos interessados apenas em lucro, a ignorância, a pobreza, as regiões desassistidas e as famílias em pânico. Conheça esse contexto e depoimentos alarmantes acerca de uma realidade ainda presente no país, neste livro documento da repórter Manuela Castro.
Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, de Cora Coralina
Este foi o primeiro livro de Cora Coralina, publicado em 1965, quando ela já tinha 75 anos. É fundamental para quem quer conhecer mais o trabalho da escritora, uma das principais poetas do Brasil.
Só por hoje e para sempre, de Renato Russo
O álbum O descobrimento do Brasil foi lançado pela Legião Urbana em novembro de 1993. Menos de seis meses antes, em abril do mesmo ano, Renato Russo dava entrada na clínica de reabilitação Vila Serena, no Rio de Janeiro, não só para se desvencilhar do álcool e das drogas, como também para mergulhar numa reflexão profunda sobre sua vida. Os 29 dias que o músico passou ali internado o marcariam profundamente, tanto em sua trajetória pessoal quanto em sua produção artística. Esse relato oferece a seus fãs, além de valioso documento histórico, um contato íntimo com o artista e um exemplo decisivo de superação.
Ermos e gerais, de Bernardo Élis
Bernardo Élis nasceu em Corumbá de Goiás, em 1915. Em 1924, menino, presenciou, na sua terra natal, a marcha dos revoltosos de Prestes. Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro em 1944. A dimensão do político, conhecida por acaso, converte, mais tarde, o jovem escritor num ficcionista engajado. Desse modo, a partir da sua região, Bernardo Élis produzirá uma literatura permeada pela realidade humana e social. Ermos e gerais situa-se no que podemos denominar um regionalismo que segue o paradigma do romance de 30. As suas narrativas compreendem casos, fábulas típicas em linguagem típica, que ilustram a fala e a conduta de um grupo apartado dos centros de decisão.
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