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Veja 10 autoras que mudaram a literatura

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É sempre bom conhecer e valorizar o trabalho de escritoras brasileiras e estrangeiras. Confira as nossas sugestões!

Nos últimos anos, o movimento #LeiaMulheres ganhou força no Brasil e em outros países. O principal objetivo da iniciativa é valorizar e dar visibilidade às escritoras mulheres em todas as partes do mundo. Por isso, não importa a época do ano, é sempre bom conhecermos novas autoras.

Para ajudar você, selecionamos 10 livros de escritoras que mudaram a literatura, desde as clássicas, como Maria Firmina dos Reis, que foi a primeira autora brasileira a publicar um livro, até as contemporâneas, como Toni Morrison, primeira mulher negra a conquistar o Prêmio Nobel de Literatura. Confira a lista e veja as autoras que mudaram a literatura!


Amada, de Toni Morrison

Este é um dos primeiros livros da escritora Toni Morrison. Ambientada em 1873, época em que o país começava a lidar com as feridas da escravidão recém-abolida, a obra conta a história da ex-escrava Sethe, que após fugir de uma fazenda no Kentucky refugia-se em Cincinatti. Lá, ela e a filha caçula se veem às voltas com o fantasma de outra filha de Sethe, morta há 18 anos.


Úrsula, de Maria Firmina dos Reis

Úrsula não é apenas o primeiro romance abolicionista da literatura brasileira, é também o primeiro da literatura afro-brasileira, entendida como produção de autoria afrodescendente que tematiza a negritude a partir de uma perspectiva interna.


Redemoinho em dia quente, de Jarid Arraes

Uma das principais vozes da literatura contemporânea, Jarid Arraes traz um livro de contos sobre mulheres brasileiras que não se encaixam em padrões e desafiam expectativas. Focando nas mulheres da região do Cariri, no Ceará, os contos de Jarid desafiam classificações e misturam realismo, fantasia, crítica social e uma capacidade ímpar de identificar e narrar o cotidiano público e privado das mulheres.


A teus pés, de Ana Cristina Cesar

A obra revela o olhar de uma escritora que se colocou na vanguarda de seu tempo e marcou definitivamente a moderna poesia brasileira. Textos curtos, poemas fragmentados, cartas, páginas de diário criam um jogo com o qual a poeta brinca e celebra a vida. Ana Cristina Cesar quebra regras, ousa além da frase, mistura sombra e luz, não hesita em se apropriar da fragmentação do mundo.

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Uma autobiografia, de Angela Davis

A obra é um retrato contundente das lutas sociais nos Estados Unidos nos anos 1960 e 1970 pelo olhar de uma das maiores ativistas de nosso tempo. Davis, à época com 28 anos, narra a sua trajetória, da infância à carreira como professora universitária, interrompida por aquele que seria considerado um dos mais importantes julgamentos do século XX e que a colocaria, ao mesmo tempo, na condição de ícone dos movimentos negro e feminista e na lista das dez pessoas mais procuradas pelo FBI.


Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf

Toda a história do romance se passa num único dia, em junho de 1923, em que Clarissa Dalloway resolve ela mesma comprar flores para a festa que vai oferecer logo mais, à noite, em sua casa. A partir desta cena inicial, o romance segue a protagonistapelas ruas de Londres num ritmo cinematográfico, registrando suas ações, sensações e pensamentos. Em torno de Clarissa, gravitam vários personagens: o marido Richard Dalloway, a filha Elizabeth, um amigo de juventude que acaba de voltar da Índia, Peter Walsh, com quem ela tem grande conexão afetiva.


Frankenstein, de Mary Shelley

Mary Shelley foi pioneira no gênero do terror. O livro conta a história de um personagem que era escorraçado de todos os ambientes, como se ele fosse um monstro. Ninguém queria saber de seus sentimentos, nem ligava para o fato de que talvez ele tivesse uma alma. Foi então que ele começou a matar. Bem, vamos ser justos: ele era mesmo um monstro, mas tinha motivos para isso. E foram esses motivos que o tornaram o personagem mais importante da literatura de horror.


A obscena senhora D, de Hilda Hilst

Hillé, que após a morte do seu amante, se recolhe ao vão da escada, para falar “dessa coisa que não existe, mas é crua e viva, o Tempo.” Obra plena dos temas mais caros à autora – o desamparo, a condição humana, o apodrecimento da carne, a alma conturbada – A Obscena Senhora D é uma procura lúcida e hipnótica das razões da existência, onde tudo pode acontecer, de uma facada pelas costas até um apaixonado beijo de amor. 


Os testamentos, de Margaret Atwood

Quando a porta da van foi fechada em O conto da aia, não havia como saber qual o futuro Offred tinha pela frente: liberdade, prisão ou morte. Em Os testamentos, Margaret Atwood retoma a história 15 anos depois que Offred seguiu em direção ao desconhecido a partir dos surpreendentes testamentos de três narradoras femininas de Gilead: tia Lydia, Agnes e Daisy.


As últimas testemunhas, de Svetlana Aleksiévitch

Neste livro doloroso e potente, Svetlana Aleksiévitch reuniu os relatos francos de vários sobreviventes da Segunda Guerra que, quando crianças, testemunharam horrores que nenhum ser humano jamais deveria experimentar.


Qual livro você incluiria na lista? Comente e participe!


Gabriela Mattos

Gabriela Mattos

Gabriela é jornalista, editora do Estante Blog e foi repórter em um jornal carioca. Viciada em comprar livros, é apaixonada por literatura contemporânea e jornalismo literário.

3 thoughts on “Veja 10 autoras que mudaram a literatura

  • Elenice Reis

    Acrescentaria todos ….

  • EU incluiria: Simone Beauvoir, Sartre, Molier, Clarice Lispector, Lima Barreto, Mario Quintana, Nelson Rodrigues, Raquel de Queiroz, Zélia Gatai, Emily Bronty, Eça de Queiroz, James Joyce, Voltaire, Machado de Assis, Fernando Pessoa, gosto também de todos citados!!! Beijos e até mais.

  • Embora não seja fã dela e só tenha lido um ou dois livros, lembro a Agatha Christie.

    Há muitas outras de que gostei, mas cito as que se seguem por ter lido muita coisa de cada uma, livros isolados e séries inteiras. Só não sei se “mudaram a literatura” 🙂
    – Anne McAffrey
    – Kage Baker
    – Anne Robillard
    – J. K. Rowling
    – Holly Black
    – Julian May
    – Margaret Weis
    – Madeleine L’Engle
    – Laura Ingalls Wilder

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