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Lançamentos de livros que devem ser lidos ainda em 2019

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Mercado literário revelou diversas obras incríveis até agora. Confira a nossa seleção completa e descubra novas leituras!

À procura da próxima leitura? Uma boa dica é conhecer livros incríveis lançados em 2019. Por isso, fizemos uma lista com alguns dos principais títulos publicados neste ano. São obras para todos os gostos, desde livros-reportagem até romance e thriller.

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Entre os livros de destaque da nossa seleção estão Uma mulher no escuro, de Raphael Montes, que já é um dos mais vendidos de 2019, O reformatório Nickel, de Colson Whitehead, vencedor do Prêmio Pulitzer 2017, e Why Not, de Raquel Landim. Confira a lista completa e fique por dentro dos lançamentos literários de 2019!


Uma mulher no escuro, de Raphael Montes

Um crime brutal cometido há 20 anos, uma única sobrevivente, o retorno calculado do assassino. Em quem Victoria deve confiar? Neste thriller psicológico, Raphael Montes une romance e suspense em uma narrativa intrincada e sedutora. Victoria Bravo tinha quatro anos quando um homem invadiu sua casa e matou sua família a facadas, pichando seus rostos com tinta preta. Única sobrevivente, ela agora é uma jovem solitária e tímida, com pesadelos frequentes e sérias dificuldades para se relacionar. Seu refúgio é ficar em casa e observar a vida alheia pelas janelas do apartamento onde mora, na Lapa, Rio de Janeiro. Mas o passado bate à sua porta, e ela não sabe mais em quem pode confiar.


No jardim do ogro, de Leila Slimani

Adèle tem a vida perfeita: é uma jornalista de sucesso em Paris, onde vive com seu marido cirurgião e seu filho pequeno em um lindo apartamento. Mas, debaixo da superfície, ela está entediada com seu trabalho e seu casamento – e consumida por uma necessidade insaciável de sexo a qualquer custo. Movida menos pelo prazer que pela compulsão, ela organiza seu dia em torno de casos extraconjugais, chegando atrasada ao trabalho e mentindo para o marido, até se enredar definitivamente em sua própria armadilha. No jardim do ogro é um romance visceral sobre um corpo escravizado por seus impulsos, o vício sexual e suas consequências implacáveis.


O reformatório Nickel, de Colson Whitehead

Conforme o movimento pelos direitos civis alcança os negros de Frenchtown, na segregada Tallahassee, Elwood Curtis leva as palavras de Martin Luther King em seu coração: ele é “tão bom quanto qualquer outro”. Abandonado pelos pais, mas mantido na linha pela avó, Elwood está prestes a se matricular na faculdade para negros da região. Porém, para um garoto negro no Sul dos Estados Unidos no início dos anos 1960, um erro inocente é suficiente para destruir seu futuro. Ele é sentenciado a um reformatório chamado Nickel, que oficialmente diz promover “desenvolvimento físico, intelectual e moral” para que seus internos se tornem “homens honrosos e honestos”. Na realidade, o reformatório Nickel é uma grotesca câmara de horrores.


Sobre o autoritarismo brasileiro, de Lilia Moritz Schwarcz

Neste livro, Lilia M. Schwarcz examina algumas das raízes do autoritarismo brasileiro, bastante antigas e arraigadas, embora frequentemente mascaradas pela mitologia nacional. Os brasileiros gostam de se crer diversos do que são. Tolerantes, abertos, pacíficos e acolhedores são alguns dos adjetivos que habitam frequentemente a mitologia nacional. A autora reconstitui a construção dessa narrativa oficial que acabou por obscurecer uma realidade bem menos suave, marcada pela herança perversa da escravidão e pelas lógicas de dominação do sistema colonial.


Eu escolho ser feliz, de Susana Naspolini

Em Eu escolho ser feliz, Susana Naspolini estabelece uma conversa com o leitor sobre sua experiência diante de quatro diagnósticos de câncer e da perda do marido em 2014. Ao lado de sua companheira de todas as horas, a filha Julia — hoje com 12 anos —, a jornalista aprendeu, entre tantas outras coisas, a transformar a pergunta “por que eu?” em “por que NÃO eu?” e, assim, continuar levando a vida com o coração cheio de esperança.


Why not, de Raquel Landim

O Brasil assistiu nos últimos anos ao rápido crescimento da JBS, que, nas mãos dos irmãos Wesley e Joesley Batista, saiu da condição de pequena empresa familiar para transformar-se em gigante mundial. Já no auge do sucesso, Joesley trocou seu iate Blessed (“Abençoado”, em inglês) por um novo e maior, que batizou de Why Not (“Por que não?”). O sugestivo nome parecia indicar os rumos que os irmãos estavam dispostos a percorrer. Por que não subornar políticos para aprovar leis que favorecessem a empresa? Por que não crescer contando com atalhos e privilégios de uma rede estatal de benefícios?


Meu ano de descanso e relaxamento, de Ottessa Moshfegh

Um romance hilário e poderoso sobre o experimento de hibernação de uma jovem, sua amiga desastrada e uma das piores psiquiatras da história da literatura. Estamos no ano 2000, em Nova York, uma cidade cheia de possibilidades. A protagonista é jovem, bonita, trabalha numa galeria descolada, mora num belo apartamento e recebeu uma herança polpuda. Mas traz um enorme vazio no peito. E não apenas porque perdeu os pais ou por causa da relação destrutiva que desenvolveu com sua melhor amiga. O que pode estar tão errado? Durante um ano, ela passa a maior parte do tempo dormindo, embalada por uma combinação de remédios prescritos por uma psiquiatra inescrupulosa.


Toca o barco – Histórias de Ricardo Boechat por quem conviveu com e trabalhou com ele, de Vários autores

Um dos mais brilhantes jornalistas do país em todos os tempos, Ricardo Boechat construiu uma legião de admiradores ao longo de 50 anos de atuação na TV, em jornais e, principalmente, no rádio. Sua morte prematura encerrou uma carreira pautada por indignação, credibilidade e paixão, em que não fazia distinção entre ricos e humildes, poderosos e anônimos. Este çovrp traz histórias e bastidores de 32 jornalistas que trabalharam, conviveram, sofreram e se divertiram com Boechat.


Memórias da plantação: Episódios de racismo cotidiano, de Grada Kilomba

Memórias da plantação é uma compilação de episódios cotidianos de racismo, escritos sob a forma de pequenas histórias psicanalíticas. Das políticas de espaço e exclusão às políticas do corpo e do cabelo, passando pelos insultos raciais, Grada Kilomba desmonta, de modo incisivo, a normalidade do racismo, expondo a violência e o trauma de se ser colocada/o como outra/o.


Maternidade, de Sheila Heti

Em Maternidade, Sheila Heti reflete sobre os ganhos e as perdas para uma mulher que decide se tornar mãe, tratando a decisão que mais traz consequências na vida adulta com a franqueza, a originalidade e o humor que lhe renderam reconhecimento internacional. Perto dos 40 anos, numa fase em que todas as suas amigas se perguntam quando irão ter filhos, a narradora do romance questiona se aquela é uma experiência que ela quer ter. Numa narrativa que se estende ao longo de muitos anos, moldada a partir de conversas com seus pares e seu parceiro e de sua relação com os pais, ela se vê em um embate para fazer uma escolha sábia e coerente.


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Gabriela Mattos

Gabriela Mattos

Gabriela é jornalista, editora do Estante Blog e foi repórter em um jornal carioca. Viciada em comprar livros, é apaixonada por literatura contemporânea e jornalismo literário.

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