Qual a sua leitura atual? Confira indicações de livros dos nossos leitores
Lista inclui títulos clássicos e contemporâneos. Você já leu algum desses títulos? Veja a seleção completa!
Em meio à correria da rotina, sempre damos um jeito de encaixar uma leitura no dia a dia. O que não podemos é ficar sem ler! Conte-nos: Qual é a sua leitura atual? Fizemos essa pergunta aos nossos leitores nas redes sociais e eles indicaram livros para todos os gostos.
A seleção inclui títulos clássicos e contemporâneos, como O sol é para todos, de Harper Lee, Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e Na minha pele, de Lázaro Ramos. Veja a lista completa e encontre a sua próxima leitura!
LEIA MAIS: Leitores indicam os melhores livros lidos em 2018
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Nada melhor do que começar a lista com um dos principais clássicos da literatura brasileira. Em Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis retrata a história de um personagem tipicamente burguês, sem objetivos e bastante contraditório que resolve escrever sua história depois de morto, tornando-se o primeiro autor defunto da humanidade. A narrativa é marcada pela desordem cronológica, o excesso de transgressões e reflexões, e a aparente falta de conexão entre os pensamentos do narrador e o que é contado. O romance também é recheado de ironia e bom humor.
Os irmãos Karamazov, de Fiódor Dostoiévski
Último romance de Fiódor Dostoiévski, Os irmãos Karamázov representa uma síntese de toda a produção literária do autor russo e é visto como sua obra-prima. Marco da literatura mundial, este clássico influenciou pensadores como Nietzsche e Freud, que o considerava “o maior romance já escrito”. No livro, o narrador pede constantes desculpas ao leitor por não saber alguns fatos, por considerar a própria narrativa longa e por considerar seu herói alguém insignificante.
Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés
Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que, na nossa sociedade, as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, a autora mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos.
A elite do atraso, de Jessé Souza
Em uma época em que a questão das desigualdades racial e social estão no centro de cena, o sociólogo Jessé Souza escancara o pacto dos donos do poder para perpetuar uma sociedade cruel forjada na escravidão. Esse é o pilar de sustentação de nossa elite, A Elite do Atraso. O autor apresenta obra surpreendente, forte, inovadora e crítica na essência, com um texto aguerrido e acessível.
Outros cantos, de Maria Valéria Rezende
Neste livro, a escritora Maria Valéria Rezende faz uma narrativa comovente sobre passado e futuro. Em uma travessia de ônibus pela noite, Maria, uma mulher que dedicou a vida à educação de base, entrelaça passado e presente para recompor uma longa jornada que nem mesmo a distância do tempo pode romper. Em uma escrita fluida, conhecemos personagens cativantes de diversos lugares do mundo e memórias que desfiam uma série de impossíveis amores, dos quais Maria guarda lembranças escondidas numa “caixinha dos patuás posta em sossego lá no fundo do baú”.
O sol é para todos, de Harper Lee
O sol é para todos é um dos livros mais emblemáticos da literatura mundial. A história é narrada pela pequena Jean Louise, de 6 anos, que é órfã de mãe e mora com seu pai Atticus, seu irmão Jem e a babá Calpúrnia. O seu pai é advogado e enfrenta represálias da comunidade racista após defender um homem negro acusado injustamente de estuprar uma mulher branca. O livro discute sobre racismo, direitos humanos, preconceito, tolerância e conceito de justiça.
Na minha pele, de Lázaro Ramos
O ator Lázaro Ramos divide com o leitor suas reflexões sobre temas como ações afirmativas, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação. Em Na minha pele, o autor relembra episódios íntimos de sua vida e também suas dúvidas, descobertas e conquistas. Ao rejeitar qualquer tipo de segregação ou radicalismos, o artista nos fala da importância do diálogo.
O seminarista, de Rubem Fonseca
O Seminarista é considerado um dos melhores títulos do escritor Rubem Fonseca. No livro, de narrativa intensa e concisa, o protagonista é um homem que tem como profissão matar outras pessoas, até que decide se aposentar. No entanto, interromper esse trabalho não é tão simples quanto ele imaginou e fantasmas do passado agora precisam ser superados.
Amor líquido, de Zygmunt Bauman
A modernidade líquida traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos, um amor líquido. Zygmunt Bauman analisa de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais “flexíveis”, gerando níveis de insegurança sempre maiores. A prioridade a relacionamentos em “redes”, as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade, faz com que não saibamos mais manter laços a longo prazo. Mais que uma mera e triste constatação, esse livro é um alerta: não apenas as relações amorosas e os vínculos familiares são afetados, mas também a nossa capacidade de tratar um estranho com humanidade é prejudicada.
Qual livro você incluiria na lista? Comente e participe!
- 12 livros mais vendidos do The New York Times - 22.09.2022
- Conheça a história do Dicionário Aurélio - 12.07.2022
- 5 livros para quem gosta de “Meu malvado favorito” - 08.07.2022
Estou lendo a arte de argumentar -gerenciando razão e emoção de Suàrez Abreu.