Educação

Veja 7 professores que mudaram o mundo

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Em homenagem aos professores, nós selecionamos sete profissionais que foram revolucionários em suas áreas. Confira a lista!

Fundamentais no desenvolvimento da sociedade, os professores nos acompanham desde os primeiros anos de vida e são responsáveis pela transmissão de conhecimentos fundamentais em nossa formação. Seja dentro ou fora das salas de aula, eles nos ensinam a refletir e a construir um olhar crítico diante do mundo e nos convocam à responsabilidade na construção de um futuro melhor.

Em homenagem a esses profissionais tão importantes, nós selecionamos sete professores que foram revolucionários em suas áreas e, à sua maneira, produziram ações que mudaram o mundo. Paulo Freire e Angela Davis são alguns dos nomes recordados na lista. Fique por dentro da seleção e aproveite para conhecer novas leituras!


  • Anísio Teixeira

Da cidade de Caetité (BA), Anísio Teixeira (1900-1971) foi um educador, jurista, escritor e intelectual brasileiro. Responsável pelas principais mudanças da educação brasileira no século 20, Teixeira foi pioneiro na implantação de escolas públicas no país e defendeu o acesso a um ensino integral e para todos que, além de gratuito, fosse laico e obrigatório.

O professor também foi uma das grandes vozes no movimento da “Escola Nova”, que tinha como princípio o desenvolvimento do intelecto e a capacidade de julgamento, e fundou a Universidade do Distrito Federal, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.

Pequena Introdução à Filosofia da Educação

Publicado originalmente em 1934, Pequena Introdução à Filosofia de Educação constrói uma síntese da filosofia da educação de Anísio Teixeira, abordando, nas palavras do autor, ” alguns aspectos fundamentais da teoria da educação para uma civilização democrática”.


  • Angela Davis

Professora, escritora, filósofa e intelectual, Angela Davis nasceu em 1944 no estado do Alabama (EUA). Na juventude, Angela estudou em Nova York, na cidade de Frankfurt, na Alemanha e em Paris, na escola de Sorbonne.

Durante a década de 1970, Angela participou do Partido Comunista dos Estados Unidos e dos Panteras Negras e tornou-se uma referência mundial por luta pelos direitos das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos. Aos 77 anos, Ângela é professora do Departamento de História da Universidade da Califórnia e autora de livros como “Mulheres, Raça e Classe” e “Uma autobiografia.”

Uma Autobiografia

Lançado em 1974, Uma Autobiografia conta a história de Angela Davis, uma das grandes ativistas de nosso tempo. Na obra, autora conta detalhes sobre a sua trajetória, desde a infância ao seu trabalho como professora universitária. Além disso, Davis fala sobre a sua atuação nos movimentos negro e feminista e reflete sobre a condição vivida pela população negra no sistema prisional dos Estados Unidos.


  • Hannah Arendt

De Linden, na Alemanha, Hannah Arendt (1906-1975) foi uma professora e filósofa política de origem judaica. Uma das vozes mais influentes da filosofia no século XX, Hannah tornou-se conhecida como a “pensadora da liberdade”.

Criadora do conceito chamado de “pluralismo político”, ela defendia a importância da igualdade e da liberdade política e seus estudos são considerados ainda hoje como um pilar nas democracias modernas. Durante o nazismo, Hannah mudou-se para os Estados Unidos e por lá foi professora da  Universidade de Chicago e da New School Social Research, de Nova York.

Homens Em Tempos Sombrios

Mergulhada em mundos internos tão díspares como os de Hermann Broch, Rosa Luxemburgo e Walter Benjamin, Hannah Arendt reflete a respeito dos erros e acertos dessas personalidades, suas culpas e vitórias, responsabilidades e irresponsabilidades perante a realidade que enfrentaram.


  • Lélia Gonzalez

Nascida em Belo Horizonte (MG), Lélia Gonzalez (1935-1994) foi uma professora, autora, filósofa, antropóloga, política, intelectual e ativista brasileira. Ao longo de sua trajetória no ensino, Lélia lecionou em escolas da rede pública do Rio de Janeiro e em instituições como o Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (hoje, UERJ) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Além disso, ela foi pioneira nos estudos sobre  as relações entre gênero e raça no Brasil e responsável pela proposta de uma visão afro-latino-americana do feminismo. Lélia Gonzalez foi co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro (IPCN-RJ), do Movimento Negro Unificado (MNU) e do Olodum.

Por um feminismo afro-latino-americano

Com organização de Flavia Rios e Márcia Lima, Por um feminismo afro-latino-americano reúne textos produzidos por Lélia Gonzalez durante quase duas décadas de história que marcam os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe. Além dos ensaios já consagrados, o livro traz artigos de Lélia que saíram na imprensa, além de entrevistas antológicas, traduções inéditas e escritos dispersos.


  • Nise da Silveira

Nascida em Maceió, Nise da Silveira (1905-1999) foi uma médica psiquiatra alagoana pioneira na terapia ocupacional e na luta antimanicomial no Brasil. Em 1926, Nise terminou o curso na Faculdade de Medicina da Bahia, sendo a única mulher em uma turma com 157 homens. Além disso, ela tornou-se uma das primeiras brasileiras a se formarem em Medicina no país.

Revolucionária no tratamento mental no país, a médica inseriu a arte, o ensino e o contato com animais nos cuidados com os pacientes do Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro, instituição onde trabalhava. Durante a sua trajetória, Nise da Silveira também fundou o Museu de Imagens do Inconsciente e a Casa das Palmeiras e publicou sete livros.

Imagens do Inconsciente

Com 271 Ilustrações, Imagens do Inconsciente apresenta as experiências empíricas vividas por Nise da Silveira em um hospital psiquiátrico ao longo de atividades diversas numa seção de terapêutica ocupacional. As atividades da pintura e da modelagem, principalmente, tornavam menos difícil o acesso aos conteúdos do inconsciente, permitindo que o processo psicótico, por assim dizer, se tornasse visível no seu desdobramento.


  • Paulo Freire

Educador e filósofo de Recife, Paulo Freire é considerado um dos maiores pensadores da história da pedagogia mundial. Em sua prática do ensino, Freire guiava-se a partir da crença de que os estudantes aprenderiam mais caso fossem provocados a uma relação dialética com a realidade, afastando-se da educação tecnicista e alienante.

Para ele, cada um deveria construir os seus próprios caminhos e reflexões, afastando-se de chavões e trajetos elaborados previamente. Patrono da educação brasileira, Freire destacou-se por seu trabalho com a educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política.

Pedagogia do oprimido

Uma das obras mais famosas da carreira do educador e filósofo brasileiro, Pedagogia do Oprimido discute novas possibilidades pedagógicas de transformação no âmbito dos relacionamentos entre professores, estudantes e sociedade.


  • Stephen Hawking

Nascido em Oxford, Stephen Hawking (1942-2018) foi um físico teórico, cosmólogo e professor britânico, considerado como um dos maiores cientistas do século. Dentre os seus trabalhos científicos de reconhecimento internacional estão teorias como a do espaço-tempo e a do funcionamento dos buracos negros.

Doutor em cosmologia, Hawking foi professor emérito na Universidade de Cambridge e, pouco tempo antes de falecer, passou a dirigir a área de pesquisa do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica (DAMTP) e fundador do Centro de Cosmologia Teórica (CTC) da Universidade de Cambridge. Além disso, o autor publicou mais de dez livros, como “Minha Breve História”.

Uma Breve História do Tempo

Uma Breve História do Tempo desvenda alguns dos mais profundos segredos relativos ao mistério da criação do mundo. No livro, Stephen Hawking apresenta conceitos que vão desde a física de partículas à dinâmica que movimenta centenas de milhões de galáxias por todo o universo.


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Yasmin Lisboa


Yasmin Lisboa

Yasmin é jornalista e estudante de Cinema. Cantora e colecionadora de discos e livros, é fascinada pela cultura popular brasileira.

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