Estante Entrevista: Veja os 6 livros indicados pelo escritor Jeferson Tenório
Autor de O avesso da pele participou de live no nosso Instagram, nesta quarta-feira (18), sobre “A representatividade negra na literatura”
O escritor Jeferson Tenório participou de uma conversa sobre “A representatividade negra na literatura”, durante uma live na série “Estante Entrevista”, nesta quarta-feira (18), no nosso Instagram. Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, ele é radicado em Porto Alegre e atualmente é doutorando em Teoria Literária pela PUC-RS.
Autor dos livros O beijo na parede e Estela sem Deus, Jeferson lançou O avesso da pele neste ano e já conquistou a crítica literária. Na obra, o jovem Pedro narra a história de seu pai, Henrique, um professor negro morto em uma abordagem policial em Porto Alegre. Por meio da narrativa, percebe-se o racismo estrutural da sociedade brasileira.
Durante a entrevista, Jeferson relembrou seus anos durante o curso de Letras e sobre os episódios de racismo que enfrentou (e ainda enfrenta) no dia a dia. O autor, que também é professor, contou ainda sobre seu processo criativo e como tornou-se escritor.
Terra estranha, de James Baldwin
O romance Terra estranha,publicado inicialmente em 1962, tem como pano de fundo os clubes de jazz de Greenwich Village, em Nova York, na década de 1960. O livro retrata a história de Rufus, um baterista negro em decadência, que se envolve com Leona, uma mulher branca do sul dos Estados Unidos. A partir desse contexto, Baldwin discute sobre nacionalismo, identidade, bissexualidade e raça.
O olho mais azul, de Toni Morrison
Uma tentativa de dramatizar a opressão que o preconceito racial pode causar na mais vulnerável das criaturas: uma menina negra. Considerado um dos livros mais impactantes de Toni Morrison, o primeiro romance da autora conta a história de Pecola Breedlove, uma menina negra que sonha com uma beleza diferente da sua. Negligenciada pelos adultos e maltratada por outras crianças por conta da pele muito escura e do cabelo muito crespo, ela deseja mais do que tudo ter olhos azuis como os das mulheres brancas — e a paz que isso lhe traria. Mas, quando a vida de Pecola começa a desmoronar, ela precisa aprender a encarar seu corpo de outra forma.
Dom Quixote, de Miguel de Cervantes
Neste clássico, o escritor Miguel de Cervantes retrata a história de um ingênuo senhor rural cujo passatempo favorito era a leitura de livros de cavalaria. Na sua obsessão, acreditava literalmente nas aventuras escritas e decide tornar-se um cavaleiro andante. Suas viagens sucedem-se sob a alucinação de que estava vivendo na era da cavalaria; pessoas que encontrava nas estradas pareciam-lhe como cavaleiros em armas, damas em apuros, gigantes e monstros.
Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus
Neste livro, o duro cotidiano dos favelados ganha uma dimensão universal no diário de uma catadora de lixo. Com linguagem simples, a escritora Carolina Maria de Jesus conta o que viveu, sem artifícios ou fantasias.
Hamlet, de William Shakespeare
Um jovem príncipe se reúne com o fantasma de seu pai, que alega que seu próprio irmão, agora casado com sua viúva, o assassinou. O príncipe cria um plano para testar a veracidade de tal acusação, forjando uma brutal loucura para traçar sua vingança. Mas sua aparente insanidade logo começa a causar estragos – para culpados e inocentes.
Olhos d’água, de Conceição Evaristo
Em Olhos d’água, Conceição Evaristo ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem. Sem sentimentalismos, mas sempre incorporando a tessitura poética à ficção, seus contos apresentam uma significativa galeria de mulheres: Ana Davenga, a mendiga Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida, a menina Zaíta. Ou serão todas a mesma mulher, captada e recriada no caleidoscópio da literatura em variados instantâneos da vida?
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