Os 10 melhores livros com temática LGBTQ+
Por meio das histórias, criamos mais empatia e tolerância com o próximo. Confira as nossas sugestões!
Ao longo dos anos, livros com temática LGBTQ+ conquistaram cada vez mais espaço no mercado literário. Por meio das narrativas, conhecemos novas histórias e perspectivas, e ainda criamos maior empatia com os personagens e tolerância com o próximo. Por isso, selecionamos alguns livros incríveis que você precisa conhecer
Entre os títulos da nossa lista estão As coisas, de Tobias Carvalho, vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2018, Devassos no paraíso, de João Silvério Trevisan, e O amor dos homens avulsos, de Victor Heringer. Veja a seleção completa de livros LGBTQ e escolha sua próxima leitura!
As coisas, de Tobias Carvalho
Sensível e implacável por trás de uma escrita limpa e simples, As coisas traz uma costura de vivências humanas sob a ótica de um jovem homossexual. O personagem constante dessas histórias trabalha, viaja, estuda, cruza ruas de metrópoles agitadas, passa horas em aplicativos de encontros sexuais. Não há maquiagens para a solidão, nem disfarce para o sexo. Ele sente, ele quer, ele ganha e perde, transformando-se de história em história e construindo um arco narrativo que alicerça todo o livro.
Devassos no paraíso, de João Silvério Trevisan
Esse é um dos livros de maior destaque sobre a temática LGBTQ+. A obra investiga a atuação no Brasil, a partir de 1591, do Santo Ofício, preocupada em punir os sodomitas, aborda a formação dos conceitos de pecado e desvio de conduta em relação à homossexualidade e, partindo disso, analisa os esforços de políticos, autoridades policiais, juízes, higienistas e psiquiatras para entender e tentar conter a pederastia nos séculos XIX e XX. E chega até o final deste século, discutindo direitos civis, inserção social de minorias, Aids e intolerância. Trevisan, porém, não se limita a um estudo histórico documental. Ele se vale de instrumentos da antropologia e da psicanálise, disseca a religião, analisa o homoerotismo nas artes e na mídia e revela o cotidiano homossexual, através de diversos depoimentos.
O amor dos homens avulsos, de Victor Heringer
No calor de um subúrbio carioca, um garoto cresce em meio a partidas de futebol, conversas sobre terreiros e o passado de seu pai, um médico na década de 1970. Na adolescência, ele recebe em casa um menino apadrinhado de seu pai, que morre tempos depois num episódio de agressão. O garoto cresce e esse passado o assombra diariamente, ditando os rumos de sua vida. Essa história, aparentemente banal, e desenvolvida com maestria ficcional e grandeza quase machadiana por Victor Heringer.
Luzes de emergência se acenderão automaticamente, de Luísa Geisler
De certa forma, um relacionamento são duas pessoas que se recusam a desistir uma da outra. Duas pessoas igualmente ferradas, claro. É o que escreve Henrique, ou Ike, em cadernos que carrega consigo para todos os lugares. São cadernos em que fala de seu dia a dia, dos amigos, e de sonhos difusos que ele guarda para o futuro. Henrique mora nos subúrbios de Porto Alegre com os pais, e é um garoto que se considera, em todos os aspectos, uma pessoa normal. Está na faculdade, trabalha num posto de gasolina em meio período, tem uma namorada. Fala pouco, é introspectivo, mas cultiva amizades sólidas. Tudo muda quando seu melhor amigo, Gabriel, bate a cabeça num acidente banal e, pouco tempo depois, é hospitalizado em coma. Ike, os pais de Gabriel, o irmão mais velho e os amigos aguardam o menor sinal de melhora. É então que, perto do Natal, Ike começa a escrever. São cartas em sequência ao amigo, como uma conversa, onde relata o que se passa na ausência do amigo.
Mil rosas roubadas, de Silviano Santiago
Como nasce e de que se alimenta o afeto entre dois adolescentes do mesmo sexo? Da solidão em família, do repúdio à rotina estudantil, das caminhadas pela metrópole? Como esse afeto se frustra e se transforma em amizade duradoura? No ano de 1952, dois rapazes se encontram em Belo Horizonte à espera do mesmo bonde. O acaso os transforma em amigos íntimos. Passam-se 70 anos. Numa tarde de 2010, Zeca, então produtor cultural de renome, agoniza no leito do hospital. Ao observá-lo, o professor aposentado de História do Brasil entende que não perde apenas o companheiro de vida, mas seu possível biógrafo. Compete-lhe inverter os papéis e escrever a trajetória do amigo inseparável.
Fabián e o caos, de Pedro Juan Gutiérrez
Escrito com o habitual tom direto e visceral do autor, Fabián e o Caos é a história da amizade improvável entre dois párias da revolução cubana. Num um momento de turbulência política em Cuba, o acaso une dois rapazes que aparentemente não tem nada em comum. Pedro Juan é um sedutor insolente que leva uma vida caótica. Fabián, ao contrário, é um pianista recluso, frágil, medroso e homossexual. Apesar das diferenças, ambos possuem condutas que não se ajustam aos princípios ideológicos do novo governo cubano. Anos mais tarde, os seus caminhos voltam a cruzar-se quando os dois são conduzidos a uma fábrica de enlatados onde trabalham os párias da sociedade revolucionária, mas a forma como cada um irá encarar essa situação hostil fará com que as suas vidas tomem rumos opostos.
Onde andará Dulce Veiga?, de Caio Fernando Abreu
Essa obra é a segunda incursão do autor pelo gênero romance. Tendo como coadjuvantes os universos da redação jornalística e da música popular dos anos 1980, esta ficção-verdade desvenda o desejo reprimido e o tesão liberado, a convivência com um mundo opressivo e a maneira de fugir dele.
Um útero é do tamanho de um punho, de Angélica Freitas
Um útero é do tamanho de um punho tem como tema central a mulher. A autora observa com ironia e profundidade os limites da identidade feminina. A sexualidade lésbica se faz presente como fio que conduz a tensão sexual que atravessa os poemas. É uma parte fundamental do sentimento de repressão que o livro ilumina sobre o “ser mulher”.
Amora, de Natalia Borges Polesso
Seria pouco dizer que os contos de Amora versam sobre relações homossexuais entre mulheres. Também estão aqui o maravilhamento, o estupor e o medo das descobertas. O encontro consigo mesmo, sobretudo quando ele ocorre fora dos padrões, pode trazer desafios ou tornar impossível seguir sem transformação. É necessário avançar, explorar o desconhecido, desestabilizar as estruturas para chegar, enfim, ao sossego de quem vive com honestidade.
O pacifista, de John Boyne
Inglaterra, setembro de 1919. Tristan Sadler, 21 anos, toma o trem de Londres a Norwich para entregar algumas cartas à irmã mais velha de William Bancroft, soldado com quem combateu na Grande Guerra.Mas as cartas não são o verdadeiro motivo da viagem de Tristan. Ele já não suporta o peso de um segredo que carrega no fundo de sua alma, e está desesperado para se livrar desse fardo, revelando tudo a Marian Bancroft. Resta saber se o antigo combatente terá coragem para tanto. Enquanto reconta os detalhes sombrios de uma guerra que para ele perdeu o sentido, Tristan fala também de sua amizade com Will, desde o campo de treinamento em Aldershot, onde se encontraram pela primeira vez, até o período que passaram juntos nas trincheiras do norte da França. O leitor testemunha o relato de uma relação intensa e complicada, que proporcionou alegrias e descobertas, mas também foi motivo de muita dor e desespero.
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“Me chame pelo seu nome”, de André Aciman. Livro que inspirou o filme dirigido por Luca Guadagnino, aclamado nos festivais de Berlim, Toronto, do Rio, no Sundance e um dos principais candidatos ao Oscar de 2018.