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7 livros para comemorar o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos

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Em 30 de janeiro de 1869, o cartunista Angelo Agostini publicou o primeiro quadrinho no mundo. Veja algumas HQs preferidas dos leitores!

Para muitas pessoas, o contato com a leitura começa por meio de histórias em quadrinhos. Com as tirinhas, os pequenos leitores são inseridos no mundo da literatura e conhecem narrativas para todos os gostos, desde aventuras e super-heróis até as de suspense. As HQs tornam-se as nossas queridinhas, né? Por isso, algumas ultrapassam gerações, como as da Turma da Mônica, que completa 60 anos em 2019.

Há também aqueles quadrinhos já voltados para o público adulto, que são desenhados como forma de protesto ou para relembrar algum momento histórico do país. Um deles é o Cumbe, de Marcelo D’Salete, vencedor do Prêmio Eisner, em 2018, principal premiação de HQs do mundo. O livro tem como contexto o período de escravidão no Brasil. Nos últimos anos, os quadrinhos têm ainda adaptado grandes clássicos da literatura, como A revolução dos bichos, de George Orwell.

Dia Nacional dos Quadrinhos

Você sabia que no dia 30 de janeiro comemoramos o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos? Criada apenas em 1984, a data relembra a publicação das primeiras tirinhas no mundo: As aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma viagem à Corte, de Angelo Agostini.

Para comemorar a data, perguntamos aos leitores quais HQs marcaram a vida deles. Que tal começar a leitura de um quadrinho? Confira as sugestões e boa leitura!


Daytripper, de Fabio Moon e Gabriel Bá

Milagroso filho de um famoso escritor brasileiro, Brás de Oliva passa os dias escrevendo obituários e as noites sonhando em se tornar um autor de sucesso. Cada dia na vida de Brás é como a página de um livro. Cada um deles revela as pessoas e coisas que o fizeram ser quem é: sua mãe e seu pai, seu filho e seu melhor amigo, seu primeiro amor e o amor de sua vida. Fábio Moon e Gabriel Bá contam uma história mágica, misteriosa e tocante sobre a vida.


V de vingança, de Alan Moore e David Lloyd

V de Vingança é uma das principais obras dos quadrinhos do mundo. Narrada em uma Inglaterra de um futuro imaginário que se entregou ao fascismo, a história captura a natureza sufocante da vida em um estado policial autoritário e a força redentora do espírito humano que se rebela contra essa situação. O livro traz inigualável profundidade de caracterizações e verossimilhança a este audacioso conto de opressão e resistência.


Cumbe, de Marcelo D’Salete

Um livro que já nasce com um clássico dos quadrinhos brasileiros e que tem como protagonistas os negros escravos em sua luta de resistência contra a opressão escravagista. Cumbe, a palavra banto que dá nome à obra, é rica em sentidos: é o Sol, o dia, a luz, o fogo e a maneira de compreender a vida e o mundo. Também é um sinônimo de quilombo.


As tiras clássicas da Turma da Mônica, de Maurício de Sousa

Este livro surgiu a partir de uma coletânea de tirinhas publicadas por Maurício de Sousa, entre 1962 e 1964. A obra manteve o conteúdo e a ortografia originais. Com isso, alguns comentários de passagens que ocorreram na época tornam esse produto ainda mais interessante para os colecionadores e novos leitores.


A saga do monstro do pântano, de Alan Moore

A Saga do Monstro do Pântano reúne as primeiras histórias escritas por Alan Moore para o personagem. Como extras, o volume conta com introdução do próprio quadrinistas e algumas páginas de textos explicativos com as referências encontradas na obra.


A revolução dos bichos, de George Orwell

O clássico de George Orwell foi adaptado pelo quadrinista Odyr. A revolução dos bichos pode ser definida como uma fábula sobre o poder. No livro, o escritor narra a insurreição dos animais de uma granja contra os seus donos. No entanto, a revolução revela-se em um autoritarismo pior que o dos humanos. A obra faz claras referências contra a ditadura stalinista: Napoleão seria Josef Stálin, ex-primeiro ministro da União Soviética, e o Bola-de-Neve seria Leon Trotsky, um intelectual marxista.


Persépolis, de Marjane Satrapi

Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita. Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares.


Gabriela Mattos

Gabriela Mattos

Gabriela é jornalista, editora do Estante Blog e foi repórter em um jornal carioca. Viciada em comprar livros, é apaixonada por literatura contemporânea e jornalismo literário.

3 thoughts on “7 livros para comemorar o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos

  • Olá! Gostei muito do quadrinho de abertura que ilustra um jovem casal apaixonado! Qual seria este quadrinho?

  • Muito bom! Eu incluiria “Watchmen”…

  • Robinson Mendes Felix

    Sensacional a matéria. Parabéns!

Fechado para comentários.

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