12 mulheres para ler em 2019
Ao longo dos anos, escritoras conquistaram mais espaço no meio literário. Que tal conhecer algumas autoras nos próximos 12 meses?
Nos últimos anos, as mulheres ganharam mais destaque no meio literário, seja em publicações de livros, em palestras ou em eventos de literatura. Uma das principais ações que incentivam a divulgação das obras das escritoras é o projeto Leia Mulheres, criado em 2014 pela autora britânica Joanna Walsh.
A iniciativa, que ganhou o mercado editorial brasileiro e mundial, tem o objetivo de dar mais visibilidade a essas mulheres. No Brasil, o projeto convida os leitores a conhecer os trabalhos das autoras nas livrarias, bibliotecas, cafés e espaços culturais.
Desafio Literário 2019
Você conhece o nosso Desafio Literário 2019? Sugerimos aos nossos seguidores a ler um livro por mês, com temáticas diferentes. Em janeiro, convidamos todos a lerem uma obra escrita por uma mulher. Aproveite o desafio e incentive também o Leia Mulheres!
LEIA MAIS: Veja livros para cada personalidade
Desde 2017, fazemos uma lista com 12 escritoras que merecem ser conhecidas. A seleção deste ano reúne nomes como Djamila Ribeiro, Leila Slimani e Aline Bei. Veja a lista e boa leitura!
Câmera lenta, de Marília Garcia
Em Câmera lenta, livro vencedor do Prêmio Oceanos 2018, Marília Garcia continua sua pesquisa sobre o processo poético e se dedica a uma profunda análise sobre as hélices do avião e sobre a vontade de decifração. Nesta obra, o poema é visto como um lugar para experimentar, exercitar o pensamento e testar procedimentos novos, sempre em aberto.
O peso do pássaro morto, de Aline Bei
Em 2018, a escritora Aline Bei conquistou a categoria de estreantes do Prêmio São Paulo de Literatura, com o livro O peso do pássaro morto. Um dos destaques do ano, a obra narra, de forma poética, a vida de uma mulher, dos 8 aos 52 anos, desde singelezas cotidianas até tragédias que persistem nas gerações.
Tudo nela brilha e queima, de Ryane Leão
Lançado em 2017, Tudo nela brilha e queima é o livro de estreia da escritora Ryane Leão. Mulher negra, poeta e professora, ela é criadora do projeto “Onde jazz mora no meu coração”. “A poesia é minha chance de ser eu mesma diante de um mundo que tanto me silencia. É minha vez de ser crua. Minha arma de combate”, diz a autora na sinopse da obra.
Quem tem medo do feminismo negro?, de Djamila Ribeiro
Quem tem medo do feminismo negro? reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista CartaCapital, entre 2014 e 2017. A filósofa recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”, processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação.
Assim na Terra como embaixo da Terra, de Ana Paula Maia
A escritora Ana Paula Maia foi um dos principais destaques do meio literário de 2018. Com o livro Assim na Terra como embaixo da Terra, a autora conquistou o Prêmio São Paulo de Literatura, na categoria de melhor romance. Baseada em um conto de Franz Kafka, a obra retrata a história de uma colônia penal situada no Brasil, para onde são enviados os “desgarrados da sociedade”. Eles precisam enfrentar o duro cotidiano no campo de extermínio.
Canção de ninar, de Leila Slimani
A lista também não poderia deixar de fora o livro Canção de ninar, da escritora franco-marroquina Leila Slimani. O título foi considerado um dos dez melhores livros de 2018, segundo o jornal The New York Times. De forma intensa, o romance conta a história de um casal que contrata a babá perfeita para cuidar de seus filhos. No entanto, eles se veem cada vez mais dependentes da profissional.
Vulgo Grace, de Margaret Atwood
Autora do best-seller O conto da Aia, a escritora Margaret Atwood também se destacou com o romance Vulgo Grace. O livro remonta a trajetória de Grace Marks, uma criada condenada à prisão perpétua por ter ajudado a assassinar o patrão, Thomas Kinnear, e a governanta da casa, Nancy Montgomery. A escritora deixa subentendidos importantes aspectos da trajetória da protagonista para que o leitor forme sua própria opinião sobre o que teria motivado o crime.
Todo dia a mesma noite – A história não contada da Boate Kiss, de Daniela Arbex
Todo dia a mesma noite traz uma reportagem definitiva sobre a tragédia que abateu a cidade de Santa Maria em 2013. A obra relembra e homenageia os 242 mortos no incêndio da Boate Kiss. Neste livro, a jornalista Daniela Arbex reconstitui de maneira sensível e inédita os eventos da madrugada de 27 de janeiro de 2013. Foram necessárias centenas de horas dos depoimentos de sobreviventes, familiares, equipes de resgate e profissionais.
Com armas sonolentas, de Carola Saavedra
Este é o livro mais recente da escritora Carola Saavedra. O romance polifônico retrata a história de três mulheres, que vivenciam o exílio e o abandono em um desencontro de idiomas, lugares e experiências. A personagem Anna é uma aspirante a atriz, de origem humilde, enquanto a melancólica jovem alemã Maike resolve estudar português e descobre sua improvável ligação com o Brasil e a língua. Há ainda uma terceira personagem, sem nome, que é obrigada a sair de casa no interior de Minas, aos 14 anos, para trabalhar como doméstica.
Herland – A terra das mulheres, de Charlotte Perkins Gilman
Publicado pela primeira vez em 1915, Herland – A terra das mulheres é uma novela que coloca os holofotes sobre a questão de gênero. Escrito pela feminista Charlotte Perkins Gilman, o livro descreve uma sociedade formada unicamente por mulheres que vivem livres de conflitos e de dominação. A história é narrada por um estudante de sociologia que, junto a dois companheiros, chega ao lendário país ocupado por mulheres.
Um beijo de colombina, de Adriana Lisboa
Quando desapareceu no mar de Mangaratiba, a jovem escritora Teresa deixou dois prêmios literários recém-conquistados, um romance inacabado e um poema de Manuel Bandeira pendurado num ímã de geladeira. Diante do possível suicídio da namorada, João, um professor de latim, se aferra à literatura para superar a perda. Instalado no apartamento de Teresa, João encontra uma antiga edição de Manuel Bandeira com anotações da escritora nas margens.
O crime do Cais do Valongo, de Eliane Alves Cruz
O crime do cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz, é um romance histórico-policial que começa em Moçambique e vem parar no Rio de Janeiro, no Cais do Valongo. O local foi porta de entrada de 500 mil a um milhão de escravizados de 1811 a 1831 e foi alçado a patrimônio da humanidade pela Unesco em 2017. A história acontece no início do século XIX e é contada por dois narradores — Muana e Nuno — que conviveram com a vítima: o comerciante Bernardo Vianna.
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É inspiração para o ano inteiro….