Conheça os livros que inspiraram Gabriel García Márquez
Escritor colombiano revelou suas referências literárias em sua obra Viver para contar. A partir disso, selecionamos os 11 livros principais. Confira!
Um dos principais nomes do realismo mágico e da literatura mundial do século XX, Gabriel García Márquez conquista milhares de leitores até hoje. Chamado carinhosamente de Gabo, o autor nasceu no dia 6 de março de 1927, em Aracataca, na Colômbia, e conquistou o Prêmio Nobel de Literatura, em 1982. Seus registros são marcados pela linha tênue entre o real e o imaginário, a fantasia e a mitologia. Além de escritor, foi ainda jornalista, poeta e roteirista.
Gabo trabalhou como correspondente na Europa e nos Estados Unidos. Depois, mudou-se para o México, onde morou até a sua morte, em 2014. No vasto legado literário, o livro de maior destaque é Cem anos de solidão, que recebeu tradução em 35 idiomas e vendeu mais de 50 milhões de exemplares. A obra se passa na aldeia de Macondo e conta a história da família solitária Buendía.
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Já em Viver para contar, Gabo reúne relatos sobre sua infância e juventude, momentos que também influenciaram na escrita de seus romances. Neste livro, o autor faz ainda uma seleção com suas referências literárias, como A montanha mágica, de Thomas Mann, e A metamorfose, de Franz Kafka. A partir disso, selecionamos os 11 principais livros da lista. Confira!
A montanha mágica, de Thomas Mann
A montanha mágica é um dos principais clássicos da literatura alemã. Na obra, o escritor Thomas Mann renova a tradição do romance de formação a partir da trajetória do jovem engenheiro Hans Castorp. Durante uma inesperada estadia em um sanatório para tuberculosos, ele relaciona-se com personagens enfermos que encarnam os conflitos espirituais e ideológicos que antecedem a Primeira Guerra Mundial.
O homem da máscara de ferro, de Alexandre Dumas
Este livro de Alexandre Dumas tem como pano de fundo o reinado de Luís XIV, na França, um monarca autoritário e vaidoso. Aramis, ex-mosqueteiro do rei Luís XIII, pretendia livrar o país da tirania do herdeiro do trono. Com ajuda de seu amigo Porthos, ele planejou a substituição de Luís XIV por Filipe, seu irmão gêmeo. No entanto, Fouquet, súdito leal ao rei, e D’Artagnan, capitão dos mosqueteiros, impediram o sucesso do plano.
Ulisses, de James Joyce
Ulisses foi escrito pelo escritor irlandês James Joyce quando viva modestamente em Paris. O autor passou alguns anos escreveu sua obra prima, hoje considerada uma das principais da literatura mundial. Neste livro, ele quis narrar tudo o que se passa na vida de um homem em apenas um único dia: o nascimento, morte, alegria, traição e prazer.
O som e a fúria, de William Faulkner
Publicado inicialmente em 1929, O som e a fúria marca o início da segunda fase da carreira literária de William Faulkner. O escritor narra o ambiente escravocrata do sul dos Estados Unidos e a agonia de uma família da velha aristocracia sulista, em 1929. É possível dizer que o grande personagem deste clássico é o tempo, o que lhe confere interesse universal.
O Aleph, de Jorge Luis Borges
Este é um dos principais livros de Jorge Luis Borges. O Aleph é considerado pela crítica literária como um dos pontos culminantes da ficção do autor. No epílogo, o escritor explica que “as peças deste livro correspondem ao gênero fantástico”. Na narrativa, ele manipula a “realidade” e, com isso, coisas da vida real deslizam para contextos incomuns e ganham significados extraordinários. Os motivos borgeanos recorrentes do tempo, do infinito, da imortalidade e da perplexidade metafísica não se perdem na abstração
Mrs Dalloway, de Virginia Woolf
A história do romance se passa em apenas um dia, em junho de 1923. Na ocasião, Clarissa Dalloway resolve comprar flores para a festa que vai promover à noite, em sua casa. A partir desta cena inicial, a narrativa segue a protagonista pelas ruas de Londres em um ritmo cinematográfico, registrando suas ações, sensações e pensamentos.
Contraponto, de Aldous Huxley
Em Contraponto, Aldous Huxley confirma vários elementos que também estão presentes no clássico Admirável mundo novo, como o desencontro entre as pessoas, a dificuldade de expressão, a frieza nas relações e o mundo que afasta os homens. Este livro é um mosaico de personagens, agrupados em núcleos, que vão de uma aristocracia decadente a ricos emergentes na sociedade inglesa do início do século XX. Cada um dos elementos é personificado por um ou mais personagens.
A metamorfose, de Franz Kafka
Um dos clássicos da literatura, A metamorfose coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante, o famoso Gregor Samsa, que é transformado em um inseto monstruoso. A partir disso, a história é narrada com um realismo inesperado, associado ao senso de humor ao que é trágico, cruel e grotesco na condição do ser humano. Nesta obra, Franz Kafka firma-se como um mestre inconfundível da ficção universal.
Moby Dick, de Herman Melville
Esse é clássico dos clássicos. O nome desta livro é o do cachalote (um animal parecido com uma baleia) enfurecido, de cor branca, que conseguiu destruir baleeiros após ser ferido várias vezes. Publicado inicialmente em 1851, Moby Dick foi revolucionário para a época, com descrições intrincadas e imaginativas das aventuras do narrador Ismael. O romance foi baseado no naufrágio do navio Essex, comandado pelo capitão George Pollard. Na ocasião, ele foi atingido por uma baleia e afundou.
Filhos e amantes, de D. H. Lawrence
Este livro não é encontrado mais em livrarias físicas. Filhos e amantes retrata a história da família Morel, que vive na cidade de Nottingham, na Inglaterra. Desiludida com seu marido, rude e bêbado, a senhora Morel concentra todas as esperanças nos filhos, principalmente em Paul. No entanto, conforme ele cresce, há o crescimento de tensões do amor que divide entre duas mulheres.
A casa das sete torres, de Nathaniel Hawthorne
Em A casa das sete torres, Nathaniel Hawthorne conta a história de um casarão de madeira de sete torres que é símbolo de uma sucessão de tragédias, em uma cidade americana perto de Boston. Motivadas por traição, arrogância e ganância, essas tragédias marcam a decadência da família Pyncheon. No livro, o autor descreve como o mal pode ser um problema hereditário.
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Muito interessante esse site.Parabéns 🙂