Educação

Estante Entrevista: Os livros indicados pelo criador do Mochileiro pela Educação

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Empreendedor social Tiago Silva participou de live, no Instagram, por causa do Dia da Educação. Veja as indicações!

O Dia da Educação foi marcado por uma live especial com o empreendedor social Tiago Silva, nesta quinta-feira (28), no Instagram. Tiago é criador do projeto Mochileiro pela Educação, no qual percorre diversas cidades do interior do Brasil, aldeias indígenas, escolas públicas e ONGs distribuindo livros e fazendo ações relacionadas à leitura.

Ele nasceu no interior de Alagoas e entrou no mundo dos livros na pré-adolescência. Tudo começou com um “castigo” dado por um professor. Tiago era um aluno inquieto e conversava muito nas aulas com seus colegas. Por isso, foi obrigado a ser monitor da biblioteca da escola. O que era um suposto “castigo”, virou o início de sua paixão pela leitura. Ele começou a folhear os livros e se encantou por uma versão adaptada do clássico Os miseráveis, de Victor Hugo.

Desde então, Tiago nunca mais abandonou a leitura e, inclusive, a fez de sua missão. “O meu maior sonho é fazer do Brasil o país que mais lê no mundo”, enfatiza o empreendedor, que sempre destaca que os livros e a educação mudaram a sua vida. Com o Mochileiro, Tiago quer que outros adolescentes e crianças sejam transformadas pelas histórias literárias, assim como ele foi.

Para os jovens, Tiago sempre escolhe livros que tenham um apelo visual, para estimular ainda mais a imaginação e a criatividade dos adolescentes. Confira algumas obras indicadas pelo empreendedor e aproveite para ver a live completa!


O menino do pijama listrado, de John Boyne

Bruno tem 9 anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga.


A menina que roubava livros, de Markus Zusak

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em ‘A menina que roubava livros’. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, ‘O manual do coveiro’. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.


A hora da estrela, de Clarice Lispector

Lançado pouco antes de sua morte, a obra de Clarice Lispector narra os momentos em que o escritor Rodrigo S. M. cria a história de Macabéa, uma alagoana órfã, virgem e solitária, levada ao Rio de Janeiro por uma tia tirana. A Hora da Estrela é, no fim das contas, uma despedida de Clarice, que põe um pouco de si nas personagens de Rodrigo e de Macabéa.

A_Hora_da_Estrela

Harry Potter e a pedra filosofal, de J. K. Rowling

Até os dez anos, o magricela e desengonçado Harry Potter era maltratado pelos tios Dursley, que o criavam. No dia do seu aniversário de onze anos, porém, descobriu que não era um garoto qualquer, e sim um bruxo, símbolo de poder e sabedoria. Precisava, portanto, iniciar com urgência a trajetória no cotidiano da magia e do sobrenatural.


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Gabriela Mattos

Gabriela Mattos

Gabriela é jornalista, editora do Estante Blog e foi repórter em um jornal carioca. Viciada em comprar livros, é apaixonada por literatura contemporânea e jornalismo literário.

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