Estante Entrevista: veja os livros indicados por Pedro Bandeira
Autor de “A Droga da Obediência”, Pedro Bandeira participou de live sobre clássicos da literatura infantil e juvenil e indicou leituras
Na quarta-feira (20), eu recebi o escritor paulista Pedro Bandeira para mais uma conversa do Estante Entrevista, a série de lives nas redes sociais da Estante Virtual. Dessa vez, o bate-papo foi sobre “Os clássicos que marcaram a nossa infância” e, para falar sobre este assunto tão especial, eu não poderia convidar ninguém melhor do que um dos maiores escritores de livros infantis e juvenis da literatura brasileira.
Aos 80 anos e com mais de 40 dedicados aos livros, Bandeira já publicou 130 obras literárias e vendeu mais de 28 milhões de exemplares de seus títulos. Além disso, o escritor recebeu prêmios como o Jabuti e o Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
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Antes de escrever, Bandeira foi leitor de grandes clássicos da literatura infantil e juvenil como “As Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato, “O Príncipe e o Mendigo”, de Mark Twain, e “A Ilha do Tesouro”, de Robert Louis Stevenson. Mais tarde, o autor conta que voltou a se encantar por esse universo quando era jornalista e foi trabalhar em uma grande editora escrevendo histórias para crianças.
“Uma hora eu tinha dezenas de histórias publicadas em revistas e, então, falei: ‘agora eu vou fazer uma coisa que fique’. Eu gostei muito e o meu leitor também. Quando eu publiquei “A Droga da Obediência”, recebi pilhas de cartas e o livro logo entrou na lista dos mais vendidos. Aí decidi que me tornaria um escritor de livros para crianças e adolescentes e para isso, deveria conhecê-los”, explica.
Tudo aquilo que você leu, você não esquece. A parte importante fica guardada lá dentro, em gavetinhas.
Pedro Bandeira
Em seus clássicos, Pedro Bandeira costuma trabalhar temas complexos e primordiais da vida, como os sentimentos, as relações interpessoais e as identidades de cada um, de maneira acessível ao seu público. Para o autor, a literatura é uma ferramenta capaz de compartilhar ensinamentos que as crianças e jovens levarão consigo para a vida inteira.
“Tudo aquilo que você leu, você não esquece. A parte importante fica guardada lá dentro, em gavetinhas. Você tem que encher as suas gavetinhas desde criança. Com contos de fadas, que nos ensinam muitas coisas e são incrivelmente pedagógicos”, conclui.
Ao fim da conversa, o escritor paulista sugeriu clássicos da literatura infantil e juvenil que as crianças e jovens precisam conhecer. Confira as indicações de Pedro Bandeira e aproveite as leituras!
A Droga da Obediência, Pedro Bandeira
Em A Droga da Obediência, cinco estudantes conhecidos como “os Karas” enfrentam um crime diabólico. O sinistro Doutor Q.I. pretende comandar a humanidade a partir da aplicação de uma perigosa droga que já está sendo experimentada por alunos dos melhores colégios de São Paulo. Este é um trabalho para os Karas: o avesso dos coroas, o contrário dos caretas.
Fala Sério, Mãe, Thalita Rebouças
Em Fala Sério, Mãe!, Thalita Rebouças apresenta os dois lados da moeda nas relações entre mãe e filho. Ao longo do livro, a autora descreve as queixas e alegrias da mãe coruja e um tantinho estressada, Ângela Cristina, em relação à Malu, sua filha primogênita Maria de Lourdes. Ao mesmo tempo, conhecemos as teimosias e o sentimento de opressão da menina em função dos cuidados, muitas vezes excessivos, de sua genitora.
Felpo Filva, Eva Furnari
No livro de Eva Furnari conhecemos a história de Felpo Filva, um coelho poeta que viu a sua vida mudar quando começou a se corresponder com uma fã, a Charlô. O livro apresenta diversos tipos de texto, de autobiografia à pauta musical, e permite ao leitor entrar em contato com as várias funções da escrita.
Marcelo, Marmelo, Martelo e Outras Histórias, Ruth Rocha
Em Marcelo, Marmelo, Martelo e Outras Histórias conhecemos as histórias de crianças que vivem no espaço urbano e resolvem seus impasses com muita esperteza e vivacidade. Enquanto Marcelo cria palavras novas, Teresinha e Gabriela acabam se identificando, apesar das diferenças e Caloca compreende a importância da amizade.
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