2º FLEV: Veja os livros indicados por Tom Grito
Em live do 2º Festival Literário da Estante Virtual, o poeta e produtor cultural falou sobre a poesia contemporânea brasileira. Confira!
Na sexta-feira (8), recebemos a presença do poeta e produtor cultural Tom Grito para mais uma live do 2º Festival Literário da Estante Virtual (FLEV). Dessa vez, a conversa foi sobre a poesia contemporânea brasileira, com as suas variadas construções, vertentes e debates.
Autor do livro “Antes que seja tarde: para se falar de poesia”, da Editora Malê, ele se dedica à poesia falada (poetry slam) desde 2013 e faz parte dos coletivos Slam da Minas e Trans Poetas. Além disso, é o grande vencedor do Slam das Minas SP 2021.
Durante o bate-papo, Tom Grito falou a respeito de sua formação enquanto poeta e versou sobre o modo como se expressa a partir das poesias faladas. Representante do poetry slam no país, o escritor explica que o movimento atua no interior da poesia contemporânea como uma corrente comprometida com a decolonialidade.
“O slam é um movimento revolucionário que desconstrói a poesia como não só como uma coisa clássica e vinculada ao português clássico e o coloca como uma coisa vinculada à oralidade. Isso, em si, já desconstrói a linguagem, a hierarquização da linguagem, e eu acho isso muito importante”, explicou.
Para além da forma, o autor versou também a respeito dos conteúdos que atravessam os seus textos poéticos e os dos demais poetas brasileiros. De acordo com ele, os debates, desabafos e reflexões sobre o atual momento político do país têm sido frequentes na poesia dos autores contemporâneos.
“Agora, há mais uma preocupação de transformação política de desconstrução da sociedade. De mudança de lugar político-social mesmo, né? De identidade, de luta por diversidade, de luta pelos direitos das mulheres, das pessoas negras e dos LGBTs”, concluiu.
Nos minutos finais da conversa, Tom Grito indicou livros fundamentais para quem deseja conhecer novos autores e se aprofundar nas leituras sobre a poesia brasileira contemporânea. Confira a lista com as indicações do poeta!
Antes que seja tarde: para se falar de poesia, Tom Grito
Em meio a tempos difíceis, os sonhos e afetos dos poetas tornam-se ainda mais necessários. No seu livro de estreia, Antes que seja tarde: para se falar de poesia, o poeta Tom Grito compartilha denúncias e desabafos dos tempos atuais com a cara da poesia contemporânea.
Tente Entender O Que Tento Dizer, Ramon Nunes Mello (org.)
A coletânea Tente Entender O Que Tento Dizer reúne noventa e sete poemas que abordam o tema do HIV/Aids. O livro organizado por Ramon Nunes Mello rompem o silêncio a que essas siglas são submetidas pelo estigma, pelo medo e pelo preconceito e cria um novo imaginário, provocando novas expressões e reflexões sobre o vírus e a linguagem.
Querem Nos Calar, Mel Duarte (org.)
Organizado pela poeta Mel Duarte e com prefácio de Conceição Evaristo, Querem nos calar reúne poesias de 15 mulheres slammers de diferentes regiões do país. Os textos que compõem a antologia surgiram a partir de batalhas de poesia falada (slam poetry) e abordam temáticas como o racismo, o machismo e a desigualdade social.
O coice da égua, Valeska Torres
O coice da égua surge com a urgência de uma poesia que traduz a realidade urbana das periferias e expõe de forma nua e crua uma vivência feminina diante da violência cotidiana. O livro de Valeska Torres é um retrato forte e fiel da sociedade contemporânea brasileira.
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