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Por dentro da trajetória de Chimamanda Ngozi Adichie

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Nascida em 15 de setembro de 1977, a escritora nigeriana é um dos principais nomes da literatura contemporânea mundial. Veja seus livros!

Uma das referências da literatura negra e feminista no mundo, Chimamanda Ngozi Adichie consolidou-se ao longo dos anos como uma das principais escritoras contemporâneas. Nascida em 15 de setembro de 1977, na Nigéria, a autora tem uma obra marcada, principalmente, por temáticas relacionadas ao racismo, machismo e a questões sociais envolvendo a imigração para os Estados Unidos.

Chimamanda começou a carreira literária, em 1997, com a coletânea de contos Decisions. Antes de se tornar escritora, chegou a cursar medicina e farmácia na Universidade da Nigéria durante um ano e meio, mas depois mudou para o curso de comunicação e ciências políticas, na Universidade de Drexel, na Filadélfia, nos Estados Unidos.

Em 2003, ela terminou o mestrado em escrita criativa, na Universidade Johns Hopkins, e em 2008, foi tornou-se mestre de Artes em Estudos Africanos, na Universidade de Yale. Em 2016 e 2017, ela conquistou o título de doutora em Humanidades, pelas universidades de Johns Hopkins, de Haverford College e de Edimburgo.

Chimamanda na literatura

O trabalho de Chimamanda na literatura é aclamado pela crítica. Seu primeiro romance, Hibisco roxo, já foi um sucesso. O livro foi indicado para o Orange Prize, em 2004, e conquistou o Prêmio Commonwealth Writers, na categoria de Melhor Primeiro Livro, em 2005. Já o segundo romance, Meio sol amarelo, venceu o Orange Prize, em 2007, como Melhor Ficção, e foi adaptado para os cinemas.

Nossas histórias se agarram a nós. Somos moldados pelo lugar de onde viemos.

A obra da escritora já foi traduzida para mais de 30 idiomas e publicada em diferentes periódicos, como a revista Granta. Que tal conhecer os livros de Chimamanda Ngozi Adichie? Para homenagear a autora, fizemos uma lista com todas as suas obras publicadas no Brasil. Veja a seleção e boa leitura!


Hibisco roxo

Em um romance que mistura autobiografia e ficção, Chimamanda Ngozi Adichie traça, de forma sensível e surpreendente, um panorama social, político e religioso da Nigéria atual. Este é um dos principais livros da autora.


Meio sol amarelo

Filha de uma família rica e importante da Nigéria, Olanna rejeita participar do jogo do poder que seu pai lhe reservara em Lagos. Parte, então, para Nsukka, a fim de lecionar na universidade local e viver perto do amante, o revolucionário nacionalista Odenigbo. Sua irmã Kainene de certo modo encampa seu destino. Com seu jeito altivo e pragmático, ela circula pela alta roda flertando com militares e fechando contratos milionários. Gêmeas não idênticas, elas representam os dois lados de uma nação dividida, mas presa a indissolúveis laços germanos.


No seu pescoço

Nos 12 contos que compõem o volume, encontramos a sensibilidade da autora voltada para a temática da imigração, da desigualdade racial, dos conflitos religiosos e das relações familiares. Combinando técnicas da narrativa convencional com experimentalismo, como no conto que dá nome ao livro, ela parte da perspectiva do indivíduo para atingir o universal que há em cada um de nós e, com isso, proporciona a seus leitores a experiência da empatia, bem escassa em nossos tempos.


Americanah

Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela se depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze.


Sejamos todos feministas

Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente do dia em que a chamaram de feminista pela primeira vez. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, a escritora abraçou o termo e – em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são “antiafricanas” e que odeiam homens e maquiagem – começou a se intitular uma “feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens”. Neste ensaio preciso e revelador, Chimamanda parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero.


Para educar crianças feministas

Um texto comovente e propositivo de uma das maiores escritoras contemporâneas sobre como combater o preconceito pela educação. Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com 15 sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos.


O perigo de uma história única

O que sabemos sobre outras pessoas? Como criamos a imagem que temos de cada povo? Nosso conhecimento é construído pelas histórias que escutamos, e quanto maior for o número de narrativas diversas, mais completa será nossa compreensão sobre determinado assunto. É propondo essa ideia, de diversificarmos as fontes do conhecimento e sermos cautelosos ao ouvir somente uma versão da história, que Chimamanda Ngozi Adichie constrói a palestra que foi adaptada para livro. É uma versão da primeira fala feita por Chimamanda no programa TED Talk, em 2009.


Qual seu livro favorito de Chimamanda?


Gabriela Mattos

Gabriela Mattos

Gabriela é jornalista, editora do Estante Blog e foi repórter em um jornal carioca. Viciada em comprar livros, é apaixonada por literatura contemporânea e jornalismo literário.

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