Que tal conhecer lançamentos de livros de 2020?
De ficção a infantojuvenil, selecionamos obras ideais para todos os gostos. Veja a lista e boa leitura!
Nesse primeiro semestre de 2020, diversos livros incríveis foram lançados no Brasil e no mundo. De ficção e não ficção a infantojuvenil, há obras para todos os gostos. Para ajudar você a escolher as próximas leituras do ano, selecionamos os principais lançamentos de 2020.
A lista reúne títulos de diferentes gêneros literários, como Não se humilha, não, de Isabela Freitas, e Prazer em queimar, de Ray Bradbury. Veja a seleção completa e boa leitura!
O pequeno príncipe preto, de Rodrigo França
Em um minúsculo planeta, vive o Pequeno Príncipe Preto. Além dele, existe apenas uma árvore Baobá, sua única companheira. Quando chegam as ventanias, o menino viaja por diferentes planetas, espalhando o amor e a empatia. O texto é originalmente uma peça infantil que já rodou o país inteiro. Agora, Rodrigo França traz essa delicada história no formato de conto, presenteando o jovem leitor com uma narrativa que fala da importância de valorizarmos quem somos e de onde viemos – além de nos mostrar a força de termos laços de carinho e afeto.
O segredo do meu turbante, de Nadia Ghulam
A incrível e emocionante história real da afegã que assume a identidade do irmão para sobreviver. Aos 8 anos, Nadia Ghulam teve a casa onde vivia com sua família, no Afeganistão, destruída por uma bomba. Ela passou dois anos no hospital, teve o rosto deformado e perdeu todos os homens da sua família. Nadia, então, percebe que não tem quem traga o sustento para casa e sozinha decide fazer de tudo para salvá-los. Ela subverte as leis do talibã e do regime extremamente machista que proíbe as mulheres de trabalhar e estudar e assume a identidade do irmão morto para buscar o sustento da família. A história de coragem e sobrevivência de Nadia tem muito em comum com a da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que desafiou o mesmo talibã para ter acesso à educação.
Não se humilha, não, de Isabela Freitas
Em novo livro sobre relacionamentos tóxicos, Isabela Freitas constrói o universo que deu origem ao best-seller Não se apega, não. Muito antes de decidir desapegar, Isabela passou por poucas e boas. De férias da faculdade de Direito e longe dos amigos Pedro e Amanda, às vezes ela se envolve com alguém para se distrair, mas nenhum ficante faz seu coração bater mais forte. Dessa vez, é só um garoto do curso de inglês. A única coisa que Isabela e Fábio compartilham são os beijos, e ela sabe que a história deles não tem muito futuro. A agitação da volta às aulas traz Gustavo Ferreira, que entra em sua vida de forma arrebatadora. Lindo e de uma tradicional família de Juiz de Fora (MG), ele a convida a embarcar em sentimentos totalmente novos. Isabela parecia ter encontrado o garoto dos sonhos… até despertar para uma realidade bem diferente. O que começa como conto de fadas logo muda de figura, e ninguém imagina que por trás das declarações de amor de Gustavo nas redes sociais há uma garota que a cada dia perde mais o brilho, que se vê obrigada a medir cada gesto e já nem se reconhece mais.
Prazer em queimar, de Ray Bradbury
Prazer em queimar é leitura obrigatória para os fãs da clássica distopia Fahrenheit 451. Neste livro estão reunidos 16 contos: 13 que foram escritos antes de Fahrenheit 451 e mais três histórias escritas depois. Observador sagaz dos tempos obscuros que sucederam a Segunda Guerra Mundial, Bradbury canalizava sua criatividade escrevendo contos críticos a tudo que via e sentia. Há contos sobre queima de livros, morte, liberdade, arte e policiamento nas ruas.
A cantiga dos pássaros e das serpentes, de Suzanne Collins
É a manhã do dia da colheita que iniciará a décima edição dos Jogos Vorazes. Na Capital, o jovem de 18 anos Coriolanus Snow se prepara para sua oportunidade de glória como um mentor dos Jogos. A outrora importante casa Snow passa por tempos difíceis e o destino dela depende da pequena chance de Coriolanus ser capaz de encantar, enganar e manipular seus colegas estudantes para conseguir mentorar o tributo vencedor. A sorte não está a favor dele. A ele foi dada a tarefa humilhante de mentorar a garota tributo do Distrito 12, o pior dos piores. Os destinos dos dois estão agora interligados – toda escolha que Coriolanus fizer pode significar sucesso ou fracasso, triunfo ou ruína.
Malorie, de Josh Malerman
Doze anos se passaram desde que Malorie e os filhos atravessaram o rio com vendas no rosto, mas tapar os olhos ainda é uma regra que não podem deixar de seguir. Eles sabem que apenas um vislumbre das criaturas pode levar pessoas comuns a uma violência indescritível. Ainda não há explicação. Tudo o que Malorie pode fazer é sobreviver e transmitir aos filhos sua determinação. Não se descuidem, diz a eles. Quando eles tomam conhecimento de uma notícia que parecia impossível, Malorie se permite ter esperança pela primeira vez desde o início do surto. Há sobreviventes. Pessoas que ela considerava mortas, mas que talvez estejam vivas. Junto dessa informação, porém, ela acaba descobrindo coisas aterrorizantes: em lugares não tão distantes, alguns afirmam ter capturado as criaturas e feito experimentos. Invenções monstruosas e ideias extremamente perigosas.
Ponto de virada, de Monja Coen
Diante de um dos momentos mais dramáticos da história da humanidade, é fundamental refletir com serenidade sobre como lidar com os problemas que todos enfrentamos. Uma das maiores líderes espirituais do país, Monja Coen atende a este chamado e faz neste livro um sensível convite ao desapego, como ferramenta para lidar com as dificuldades que a pandemia nos trouxe a todos. Ela reflete sobre importância de aproveitar estes momentos duros para empreendermos mudanças positivas e decisivas em nossas vidas.
O escândalo do século, de Gabriel García Márquez
Esta antologia contém textos indispensáveis, que vão desde as reportagens escritas por Gabriel García Márquez em Roma sobre a morte de uma jovem italiana, acontecimento que possibilitou ao autor pintar um afresco incomparável das elites políticas e artísticas da Itália, até crônicas sobre o tráfico de mulheres de Paris para a América Latina ou apontamentos sobre Fidel Castro ou João Paulo II. Nesta coletânea encontramos também fragmentos precoces, nos quais aparecem pela primeira vez Aracataca e a família Buendía, ao lado de artigos que contemplam a política, a sociedade e a cultura sob a luz sólida, profunda e experiente desse grande contador de histórias. O escândalo do século traz 50 textos de García Márquez, publicados em jornais e revistas entre 1950 e 1984.
Morte na floresta, de Aparecida Vilaça
Em maio de 2020, a Covid-19 já havia chegado às aldeias de mais de 70 povos indígenas de diferentes partes do Brasil. No Alto Rio Negro, na cidade de São Gabriel da Cachoeira, os indígenas morrem em suas casas ou em filas de espera. Manaus, a capital brasileira com maior população indígena, é uma das mais afetadas pela pandemia. Pela primeira vez em cinco séculos, nós, os invasores de seus territórios, experimentamos os mesmos sintomas, o desespero e a fragilidade diante de uma doença desconhecida, para a qual não temos anticorpos.
Alienação e liberdade, de Frantz Fanon
A obra de Frantz Fanon, psiquiatra e militante anticolonial marcou diversas gerações de ativistas de direitos civis e especialistas em estudos pós-coloniais. Os textos deste volume tratam da relação entre alienação colonial e doenças mentais. Esta coletânea de textos propõe uma leitura política do hospital psiquiátrico, associando racismo e psiquiatria colonial: “Uma criança negra, normal, tendo crescido no seio de uma família normal, ficará anormal ao menor contato com o mundo branco”, escreve Fanon. Com uma introdução do pesquisador Jean Khalfa e apresentação do professor de filosofia da UFRRJ Renato Noguera, o livro reúne mais de 20 escritos de Fanon, entre artigos científicos, sua tese em psiquiatria, um curso e textos inéditos publicados no jornal interno do hospital de Blida-Joinville.
O amor não dói, de Anahy D’Amico
Mais uma vez, você foi dormir chorando. Ou ficou no telefone com uma amiga, ouvindo-a repassar, ato a ato, uma briga que se repete toda semana. Mais uma vez, você pensou: vou terminar. De manhã, porém, repensou: ele não é uma pessoa ruim, só é muito nervoso. Ele me ama tanto, apesar de ter esse gênio forte. Ele explode… E eu também não sou flor que se cheire. Sei que não sou fácil. Quantas vezes essas ponderações passaram pela sua cabeça? Quantas vezes você ouviu essas frases durante uma conversa com outras mulheres, na qual todas desabafam sobre as coisas que “todo homem faz”? Isso faz sentido pra você? Então, vamos direto ao ponto? O amor não foi feito para doer. O amor deve ser um refúgio e não uma prisão. E isso é algo que vou repetir muitas vezes neste livro, porque você precisa não apenas entender essa mensagem, mas absorvê-la e se tornar uma embaixadora dela.
Rua de dentro, de Marcelo Moutinho
Marcelo Moutinho mostra, nos 13 contos desta obra, a verdadeira linguagem que define a cidade do Rio de Janeiro. Daí ele se desviar dos clichês da cidade maravilhosa para privilegiar os espaços menos glamourizados que a constituem, detendo-se nas agruras, complexidades e delícias do cotidiano de seus habitantes. As experiências mais corriqueiras são, nesse sentido, convertidas em pequenos assombros e epifanias, graças a um olhar incisivo que não prescinde da força dos afetos. Tudo com densidade e leveza ao mesmo tempo.
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