Por dentro do Dia Mundial da Justiça Social
Comemorada em 20 de fevereiro, data tem o objetivo de incentivar ações fundamentais, como o bem-estar social e a justiça para todos
Desde 2009, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) reconhece 20 de fevereiro como o Dia Mundial da Justiça Social. A data reconhece a necessidade de enfrentar questões como o desemprego e a pobreza. Por meio de ações sociais, a ONU apoia esforços da comunidade internacional para ainda promover a igualdade de gênero, a justiça para todos e o bem-estar social.
Na época da criação da data, o então secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reforçou que é preciso assegurar a estabilidade e a prosperidade mundiais. “Favorecemos a justiça social quando eliminamos as barreiras que as pessoas enfrentam, por motivos de gênero ou relacionados com a idade (…). Infelizmente, a justiça social continua sendo, para uma grande parte da humanidade, um sonho difícil de realizar”.
Para comemorar a data, selecionamos oito livros que analisam o campo social e os paradigmas da democracia. A lista inclui títulos para todos os gostos, desde os clássicos, como Sobrados e mucambos, de Gilberto Freyre, aos recém-lançados, como Livre para voar – A jornada de um pai e a luta por igualdade, de Ziauddin Yousafzai, pai de Malala. Veja a nossa seleção completa e boa leitura!
Livre para voar – A jornada de um pai e a luta por igualdade, de Ziauddin Yousafzai
Neste relato comovente sobre amor, paternidade e luta por direitos, Ziauddin Yousafzai, o pai da Malala, rememora sua história e sua longa batalha para que meninos e meninas tenham as mesmas oportunidades. Um livro para todos aqueles que desejam criar seus filhos num mundo mais justo e igualitário.
Um país chamado favela, de Renato Meirelles e Celso Athayde
A pesquisa Radiografia das Favelas Brasileiras reuniu números surpreendentes sobre este território, muitas vezes estigmatizado pelo senso comum. Da pesquisa surge este livro, que mostra que é difícil entender o Brasil sem entender as favelas, unindo o rigor científico das pesquisas de opinião com o conhecimento prático dos moradores.
101 dias em Bagdá, de Asne Seierstad
Neste livro, a autora relata o que viu e viveu em Bagdá entre os meses de janeiro e abril de 2003. Usando sua experiência como correspondente, Seierstad faz uma crônica do cotidiano na Guerra do Iraque, mostrando como vivem os iraquianos, como reagem durante os bombardeios, suas opiniões sobre o regime deposto de Saddam Hussein, as expectativas em relação ao futuro e a censura à imprensa estrangeira.
Pedagogia do oprimido, de Paulo Freire
A lista também não poderia deixar de lado um dos principais clássicos de Pedagogia. Neste livro, Paulo Freire apresenta as relações da estrutura social e indica os caminhos para o entendimento da pedagogia, analisando os fatores que influenciam o aprendizado.
Sobrados e mucambos, de Gilberto Freyre
Publicado em 1936, Sobrados e Mucambos avalia o declínio do patriarcado rural do século XIX. Enfraquecida pelo declínio da escravidão e pressionada pelas forças da modernidade que vem de fora, a aristocracia se vê obrigada a trocar a casa-grande pelos sobrados urbanos. Seus ex-escravos saem das senzalas e instalam-se nos casebres de barro e palha dos bairros pobres das cidades.
Longa caminhada até a liberdade, de Nelson Mandela
Nelson Mandela é um dos grandes líderes do mundo. Em Longa Caminhada Até a Liberdade, ele conta a história extraordinária de sua vida – um épico de lutas, revezes, esperança renovada e finalmente de triunfo. Ele descreve em detalhes a sua jornada: o desenvolvimento de sua consciência política, seu papel essencial na formação da Liga da Juventude do CNA, seus anos dramáticos na clandestinidade e o quarto de século atrás das grades.
Os índios e a civilização, de Darcy Ribeiro
Os índios e a civilização é fruto de observações de campo feitas pelo autor por dez anos, quando ele era etnólogo do antigo Serviço de Proteção aos Índios, além de pesquisa bibliográfica e de entrevistas com funcionários, missionários e indigenistas. Valendo-se do conceito de transfiguração étnica, Darcy Ribeiro recusa as explicações correntes baseadas nas noções de assimilação ou aculturação.
Por uma geografia nova, de Milton Santos
Quando foi publicada a primeira edição de Por Uma Geografia Nova, a geografia vivia uma crise interna no mundo todo, impondo à ciência a necessidade de discussões de ordem metodológica, conceitual e epistemológica. Milton Santos contribuiu com esta obra para a superação dos impasses que se apresentavam, propondo uma análise acurada do objeto da ciência: o espaço, mostrando a necessidade de torná-lo verdadeiramente humano, relacionando-o com outras disciplinas.
Qual livro você incluiria na lista? Comente e participe!
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