7 livros jovens com temática LGBT
Dia do Orgulho LGBTI lembra perseguição policial, em 1969, contra gays e lésbicas. Data é considerada marco zero pela luta por direitos civis
Celebrado mundialmente em 28 de junho, o Dia do Orgulho LGBTI (lésbicas, gays, travestis, transexuais e pessoas intersex) lembra uma perseguição policial, em 1969, em Nova York, nos Estados Unidos. Na ocasião, o oficial Seymour Pine da Divisão Moral Pública e outros guardas disfarçados invadiram o bar gay Stonewall Inn e prenderam diversos clientes, alegando “conduta imoral”. Brutalidade e abuso de autoridade eram frequentes nessas situações. Mas, neste caso, os agredidos protestaram.
Uma multidão se formou e isolou a força policial dentro do estabelecimento. Segundo relatos, os agentes ficaram mais de 45 minutos no local, com medo de represálias. Uma das presas conseguiu se soltar e incitou o público. Houve tumulto, insultos e violência. No dia seguinte, o grupo promoveu diversas manifestações em diversos pontos da cidade. A primeira Parada Gay foi realizada em 1º de julho de 1970. Com isso, a data é considerada o marco zero pela luta por direitos civis LGBTI e é comemorada em diferentes lugares do mundo.
LGBTfobia mata
Os grupos conseguiram vitórias importantes na luta contra o preconceito nos últimos anos, como a legalização do casamento gay em alguns países. Em junho de 2015, a Suprema Corte dos Estados Unidos adotou a medida em todos os 50 estados do país e considerou a união civil homoafetiva um direito garantido pela Constituição. Já em junho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a transexualidade da categoria de transtornos mentais.
No entanto, os casos de LGBTfobia ainda são frequentes. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Um levantamento do Grupo Gay da Bahia mostra que, em 2017, 343 assassinatos de lésbicas, gays e travestis foram registrados, o equivalente a uma pessoa morta a cada 25 horas por causa de sua orientação sexual. Em todos os casos, as vítimas foram alvo de agressões físicas.
No cenário mundial, os relatos e números também são assustadores. A prática homossexual é considerada em mais de 70 países. Do total, oito países condenam à pena de morte quem se relaciona com alguém do mesmo sexo, como Nigéria, Sudão, Irã, Iraque e Arábia Saudita. Para celebrar o Dia do Orgulho LGBTI e ajudar na luta contra o preconceito, selecionamos sete livros jovens com essa temática. Veja a lista completa!
Com amor, Simon, de Becky Albertalli
O livro Com amor, Simon questiona os padrões impostos na sociedade e, com bom humor, retrata as inquietações de um adolescente gay. O protagonista Simon Spier, de 16 anos, é gay e não conversa com ninguém sobre o assunto. Ele não vê problemas em sua orientação sexual, mas não quer dar explicações às pessoas. O jovem começa a lidar com as inseguranças após trocar e-mails com um menino misterioso que se identifica como Blue. A história recebeu uma adaptação nos cinemas em 2017.
Azul é a cor mais quente, de Julie Maroh
O filme Azul é a cor mais quente, lançado em 2013, foi inspirado nos quadrinhos de Julie Maroh. O livro conta a história de Clementine, uma jovem de 15 anos que descobre o amor ao conhecer a jovem de cabelos azuis Emma. A partir dos textos do diário de Clementine, conseguimos acompanhar o primeiro encontro das duas e conhecer as descobertas, maravilhas e tristezas dessa relação.
Me chame pelo seu nome, de André Aciman
Um dos sucessos do Oscar de 2018, Me chame pelo seu nome também conquistou o público pelo livro de André Aciman. A obra conta a história de uma família italiana que recebe vizinhos, artistas e intelectuais de todos os lugares durante os verões. O filho do casal, Elio, se encanta por um americano que chega à residência. Espontâneo e atraente, ele passa uma temporada no local para trabalhar em seu manuscrito sobre Heráclito e ainda desfrutar do verão mediterrâneo. Me chame pelo seu nome tem uma narrativa magnética, inquieta e tocante.
Flores raras e banalíssimas, de Carmen L. Oliveira
No livro Flores raras e banalíssimas, a autora Carmen L. Oliveira lembra a relação amorosa entre Elizabeth Bishop e Maria Carlota Costallat de Macedo Soares, a Lota, além de contar a história de criação do Parque do Flamengo. A obra, que foi adaptada para os cinemas com a atuação da atriz Glória Pires, destaca a importância de Lota e de outras figuras que ajudaram na construção da história do Rio de Janeiro e do Brasil.
Will e Will – Um nome, um destino, de John Green
Will e Will – Um nome, um destino foi o primeiro livro com personagens gays que entrou na lista do jornal New York Times. A obra conta a história do encontro entre Will Grayson e Will Grayson, em Chicago, nos Estados Unidos. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome e a dor do coração partido. Um deles é amigo do mais expansivo gay da escola, enquanto o outro ainda precisa explicar a sua própria orientação à mãe. Até que Tiny, o melhor amigo gay do primeiro Will, acaba se tornando o possível amor do outro Will.
Eu te darei o sol, de Jandy Nelson
Em Eu te darei o sol, Jandy Nelson conta a história de dois irmãos gêmeos, Noah e Jude, que competem em vários aspectos. Além de disputar a atenção dos pais e uma vaga melhor na escola da Califórnia, eles se apaixonam pelo mesmo garoto. Após brigas e ciúme, os irmãos se separam de forma definitiva. No entanto, os dois enfrentam dilemas que insistem em esconder.
Lembra aquela vez, de Adam Silveira
Aaron, de 16 anos, é um adolescente que está descobrindo sua sexualidade. O pai do rapaz comete suicídio e aceitar isso não é fácil, mas a mãe e a namorada o incentivam a seguir em frente. Tudo passa a mudar quando ele se aproxima de Thomas e percebe que ele pode ser muito mais do que um melhor amigo. Nesta obra, o autor Adam Silvera mostra que é possível ser feliz fugindo de si mesmo.
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