Estante Entrevista: O poder das redes sociais na literatura
Na última live do ano no Instagram da Estante Virtual, recebemos Mell Ferraz e Tamy Ghannam para um papo sobre livros e redes sociais
Na próxima sexta-feira (17), às 18h, nós teremos a última edição do ano do Estante Entrevista, a nossa série de lives nas redes sociais da Estante Virtual. Dessa vez, o papo terá como tema “O poder das redes sociais na literatura” e, para essa conversa, vamos receber em nosso perfil no Instagram as criadoras de conteúdo Mell Ferraz, do blog Literature-se, e Tamy Ghannam, do projeto Literatamy.
O que você mais tem consumido nos últimos meses: livros ou redes sociais? De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, o aumento no uso das redes é uma das causas para a redução do número de leitores no Brasil nos últimos anos.
Mas, em meio a tantos estímulos que chegam, sobretudo, do ambiente virtual, como manter o hábito da leitura em dia? Essas e outras questões serão debatidas pelas convidadas durante a live no nosso Instagram. Quer acompanhar esta conversa? Anote a data na agenda e participe!
A Extinção das Abelhas, Natália Borges Polesso
Em A extinção das abelhas, conhecemos a história de Regina. Depois de ser abandonada pela mãe, ela foi criada apenas pelo pai, que faleceu quando a garota começava a entrar na vida adulta. As vizinhas, Eugênia e Denise, cuidam dela como podem, oferecendo afeto, dinheiro e uma vida em família que lhe faz falta. Sua perspectiva de mudar de vida é bem pequena. Ao ver um anúncio na internet sobre camgirls, Regina decide tentar a sorte. Ao se expor para desconhecidos na câmera e revolver os desejos e vergonhas desses homens, ela se defronta com os próprios sentimentos, fantasmas que viviam enterrados em seu inconsciente.
Antropoceno, John Green
Em Antropoceno: Notas sobre a vida na Terra, John Green analisa as contradições e as maravilhas da humanidade. Refletindo sobre temas que vão desde de Super Mario Kart e o pôr do sol a pinturas rupestres e o hábito de procurar estranhos no Google, o autor apresenta uma espécie de celebração genuína da capacidade humana de se apaixonar pelo mundo. Escrito em parte durante o turbulento período de pandemia global e baseado em seu podcast de sucesso, Green conduz os leitores pelas sutilezas dessa nova realidade e nos dá a segurança de que podemos até desconhecer o caminho que estamos seguindo, mas que com certeza estamos em boa companhia.
Esboço, Rachel Cusk
Uma escritora vai a Atenas em um verão particularmente quente, para ministrar um curso de criação literária. Ela propõe aos alunos exercícios de narrativa. Ela vai a restaurantes com amigos e sai para um passeio de barco com um grego que encontra no avião. As pessoas a seu redor falam livremente sobre suas fantasias, ansiedades, teorias, arrependimentos e desejos. A vida familiar ocupa o centro das conversas: relacionamentos interrompidos, casamentos frustrados, os dilemas da maternidade, as encruzilhadas profissionais à medida que a idade avança.
Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago
Ensaio Sobre a Cegueira parte de uma cegueira branca que começa a atingir moradores de uma cidade. No livro, José Saramago nos apresenta uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio. A experiência que cada um viverá com a história é única. No entanto, todos os leitores serão obrigados a pararem, fecharem os olhos e verem o mundo apresentado por Saramago.
O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde
O único romance de Oscar Wilde narra a história de um homem que leva vida dupla. Enquanto mantém uma aparência virtuosa, se entrega aos prazeres mais extremos. Com um apelo atemporal e universal, o livro recorre a elementos fantásticos e grandes reflexões filósoficas, sem falar, é claro, no senso de humor e do sarcasmo implacáveis de Wilde.
Os Supridores, José Falero
Em um supermercado na região central de Porto Alegre trabalham Pedro e Marques. Aos poucos, a dupla veste a carapuça de Dom Quixote e Sancho Pança amotinados. Moradores de “vila” (a favela no Sul), eles invertem o jogo mesmo que as consequências sejam graves. Os dois conhecem pessoas que traficam na periferia onde moram e, por isso, insistem em se manter na legalidade. Mas, diante de uma “seca” de maconha devido ao desinteresse dos traficantes em comercializá-la, e já cansados da exploração do trabalho, os dois amigos decidem entrar para o tráfico. É a única opção para melhorar de vida e também uma recusa à desumanização do trabalho assalariado.
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