FLEV 2: Os livros indicados por Amanda Crispim
Pesquisadora participou da live “A potência de Carolina Maria de Jesus” no último dia do Festival Literário da Estante Virtual
O 2º Festival Literário da Estante Virtual (FLEV 2) foi marcado por muitos debates sobre literatura e educação. No último dia do evento online, na quinta-feira (27), não foi diferente. A pesquisadora Amanda Crispim conversou com a gente sobre “A potência de Carolina Maria de Jesus“, em live no Instagram da Estante Virtual.
Amanda é doutora em Letras e professora adjunta da Universidade Pitágoras-Unopar. Ao lado de outras pesquisadoras, da escritora Conceição Evaristo e de Vera Eunice, filha de Carolina Maria de Jesus, ela integra atualmente o conselho editorial Carolina Maria de Jesus na Companhia das Letras.
Na conversa, Amanda contou que conheceu os livros da autora apenas na universidade e reforçou a importância de inserir as obras de Carolina nas escolas. Para ela, a escritora dá voz e abre espaço para outras autoras negras brasileiras. Confira a entrevista completa no IGTV e veja as indicações de livros feitas pela Amanda!
Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus
Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada é o diário de Carolina Maria de Jesus. Moradora da comunidade do Canindé, em São Paulo, e mãe de três filhos, Carolina registra a sua rotina como catadora de papel e revela aos leitores um sensível e contundente relato da dura realidade vivida na periferia da capital paulista.
Casa de Alvenaria – Volume 1, Osasco, de Carolina Maria de Jesus
O primeiro lançamento dos diários de Carolina Maria de Jesus registra os meses em que a escritora morou em Osasco (SP), em 1960. Edição ampliada e integral, com conteúdo inédito e introdução de Conceição Evaristo e Vera Eunice de Jesus. Com edição integral, ampliada com conteúdo inédito e refeita a partir dos manuscritos originais da autora, este primeiro volume de Casa de alvenaria abarca os meses em que Carolina Maria de Jesus morou em Osasco (SP), em 1960, após deixar a favela do Canindé. Através deste testemunho precioso que borra as fronteiras dos gêneros literários, acompanhamos a recepção de Quarto de despejo, as viagens de divulgação, o contato frequente com a imprensa e os políticos, o desenvolvimento de seu projeto literário e seu desejo de ser reconhecida como escritora.
Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo
A história de Ponciá Vicêncio descreve os caminhos, as andanças, as marcas, os sonhos e os desencantos da protagonista. A autora traça a trajetória da personagem da infância à idade adulta, analisando seus afetos e desafetos e seu envolvimento com a família e os amigos. Discute a questão da identidade de Ponciá, centrada na herança identitária do avô e estabelece um diálogo entre o passado e o presente, entre a lembrança e a vivência, entre o real e o imaginado.
O tapete voador, de Cristiane Sobral
Coletânea de contos em que Cristiane Sobral aborda temas como empoderamento negro, discriminação racial e colorismo. O livro apresenta diversas personagens femininas que lutam por superar as barreiras sociais para alcançar seus objetivos.
Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
No final do século XIX, Kehinde, uma africana idosa, cega e à beira da morte, viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Neste romance, os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens, criando a saga emocionante e verossímil da história de Kehinde.
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