Flev 2: Os livros indicados por Jacques Fux
Escritor participou de live no 2º Festival Literário da Estante Virtual nesta sexta-feira (22). Confira alguns destaques da conversa!
O escritor Jacques Fux participou de uma live sobre “Real ou ficção”, na última sexta-feira (22), no 2º Festival Literário da Estante Virtual (FLEV). No bate-papo, o autor falou sobre autoficção e contou um pouco sobre seu processo criativo. Fux foi vencedor do Prêmio São Paulo Literatura 2013, com o livro Antiterapias. É autor também dos livros Brochadas: confissões sexuais de um jovem escritor e Meshugá: um romance sobre a loucura.
A autoficção é um gênero literário muito presente nas obras de Fux. Resumidamente, a autoficção mescla elementos da vida real com situações ficcionais, e está cada vez mais presente na literatura brasileira e mundial. Na conversa, revelou os desafios e os prazeres de se escrever uma obra de autoficção. Confira a entrevista completa no IGTV!
Conheça alguns dos livros de Jacques Fux e títulos citados durante a live. Escolha sua próxima leitura!
Brochadas, de Jacques Fux
Ao lado da erudição, Jacques Fux caminha um humor judaico surpreendente, que perpassa toda a narrativa, costurada pelas lembranças dos amores passados do protagonista e pelos e-mails trocados com suas ex-namoradas. Um romance original que joga com os conceitos de metalinguagem e autoficção e tece uma análise irônica do “eu” na literatura.
Meshugá, um romance sobre a loucura, de Jacques Fux
Recheada de humor e ironia, esta compilação de novelas mescla histórias reais com muitas pitadas de ficção. Polêmicas envolvendo o cineasta Woody Allen, a filósofa Sarah Kofman e o enxadrista Bobby Fischer são alguns dos personagens que passeiam por estas páginas. Meshugá, além de envolver alguns temas clássicos (neurose, hipocondria, mães invasivas e superprotetoras etc.), desvela os mistérios da insanidade, do ódio a si próprio, do olhar perverso do outro e do erotismo.
O Aleph, de Jorge Luis Borges
Em sua maioria, “as peças deste livro correspondem ao gênero fantástico”, esclarece o autor no epílogo da obra. Nelas, ele exerce seu modo característico de manipular a “realidade”: as coisas da vida real deslizam para contextos incomuns e ganham significados extraordinários, ao mesmo tempo em que fenômenos bizarros se introduzem em cenários prosaicos. Os motivos borgeanos recorrentes do tempo, do infinito, da imortalidade e da perplexidade metafísica jamais se perdem na pura abstração; ao contrário, ganham carnadura concreta nas tramas, nas imagens, na sintaxe, que também são capazes de resgatar uma profunda sondagem do processo histórico argentino.
A vida modo de usar, de Georges Perec
Publicado em 1978 – quatro anos antes da morte prematura do Georges Perec, fundador ao lado de Raymond Queneau do grupo de experimentação literária OuLiPo – este livro é recorrentemente considerado um dos grandes romances da segunda metade do século XX. Na verdade uma teia de romances (no plural, como enfatizava o autor), o livro é composto por uma miríade de histórias e ‘sub-histórias’, a um primeiro olhar banais, envolvendo os habitantes de um edifício em Paris, e que se entre cruzam como as peças de um quebra-cabeça.
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