6 livros de não ficção para você conhecer nos próximos meses
À procura de uma leitura ainda para 2021? Selecionamos algumas obras incríveis para você ler. Confira!
Estamos chegando no fim do ano, mas ainda dá tempo de conhecer novos livros. Que tal ler alguns de não ficção? Essas obras são fundamentais para entender o nosso tempo, mas, principalmente, para que o passado não seja esquecido. Para ajudar você, selecionamos alguns títulos incríveis que merecem ser lidos nos próximos meses.
Entre os livros escolhidos estão o recém-lançado Antropoceno, primeira obra de não ficção do escritor John Green, O ar que me falta, de Luiz Schwarcz, e Escravidão – volume 2, de Laurentino Gomes, também lançado em 2021. Confira e boa leitura!
Antropoceno, de John Green
A sensibilidade do escritor John Green e seu talento para traçar histórias inesquecíveis tornaram seus romances sucessos mundiais, e agora o autor nos oferece uma necessária dose de esperança em sua estreia na não ficção. Refletindo sobre temas que vão de Super Mario Kart e o pôr do sol a pinturas rupestres e o hábito de procurar estranhos no Google, os ensaios perspicazes e bem-humorados reunidos nesta coletânea são uma celebração genuína da capacidade humana de se apaixonar pelo mundo.
O ar que me falta, de Luiz Schwarcz
Luiz Schwarcz carrega consigo a história de uma família que abandonou tudo para fugir ao terror nazista: o pai, húngaro, conseguiu escapar, sozinho, de um trem a caminho do campo de extermínio de Bergen-Belsen, deixando Láios, seu pai, no vagão que acabou por levá-lo à morte; a mãe, croata, teve de decorar aos três anos um novo nome, falso, para embarcar com a família num périplo que os levou primeiro à Itália e depois ao outro lado do Atlântico. Os dois, André e Mirta, se encontraram no Brasil, com as lembranças dolorosas do passado trágico a pesarem sobre a nova vida.
Abuso, de Ana Paula Araújo
Após quatro anos de pesquisas, viagens pelo país e mais de 100 entrevistas com vítimas e familiares, criminosos, psiquiatras e diversos especialistas no assunto, a jornalista Ana Paula Araújo escreve Abuso – a cultura do estupro no Brasil com coragem e sem meias-verdades. A obra é uma reportagem que trata do medo e vergonha das vítimas, de como elas são julgadas e muitas vezes culpabilizadas pela sociedade e pelo poder público, das dificuldades para denunciar, dos caminhos para superar o trauma e seguir em frente e como atitudes tão entranhadas em nossa sociedade geraram uma verdadeira cultura do estupro em nosso país.
Enciclopédia negra, de Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia M. Schwarcz
Os autores passam em revista a história do Brasil, da colonização aos dias atuais, a fim de restabelecer o protagonismo negro. E o fazem alcançando o que há de singular, multifacetado e profundo na existência particular de mais de quinhentos e cinquenta personagens. São profissionais liberais; mães que lutaram pela alforria da família; ativistas e revolucionários; curandeiros e médicos; líderes religiosos que reinventaram outras Áfricas no Brasil, pessoas cujas feições foram apagadas pela história. Por isso, 36 artistas negros, negras e negres criaram retratos inspirados pelos verbetes desta enciclopédia, aqui reunidos em um belíssimo caderno de imagens.
Escravidão – Volume 2, de Laurentino Gomes
Entre 1700 e 1800, cerca de dois milhões de homens e mulheres foram arrancados de suas raízes africanas, embarcados à força nos porões dos navios negreiros e transportados para o Brasil. Muitos seriam vendidos em leilões públicos antes de seguir para as senzalas onde, sob a ameaça do chicote, trabalhariam pelo resto de suas vidas. No final do século XVIII, a América Portuguesa tinha a maior concentração de pessoas de origem africana em todo o continente americano. No segundo volume de Escravidão, Laurentino Gomes concentra-se no século XVIII.
Talvez você deva conversar com alguém, de Lori Gottlieb
De modo geral, buscamos a ajuda de um terapeuta para melhor compreender as angústias, os medos, a culpa ou quaisquer outros sentimentos que nos causam desconforto e sofrimento. Mas quantos de nós já paramos para perguntar: o terapeuta está imune à gama de questões que ele auxilia seus pacientes a dirimir e superar, dia após dia? A autora best-seller e terapeuta Lori Gottlieb nos mostra que a resposta a essa pergunta traz revelações surpreendentes.
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