À procura de uma boa leitura? Confira 12 livros para você ler em abril
Nossa lista inclui títulos para todos os gostos, desde os clássicos até os contemporâneos. Confira a seleção completa!
De clássicos a contemporâneos, o importante é o mês ser repleto de boas leituras. Para ajudar você a selecionar os livros para ler em abril, fizemos uma lista para todos os gostos literários, desde as obras de ficção até as de não ficção. Entre os selecionados estão os recém-lançados Vista Chinesa, de Tatiana Salem Levy, e O ar que me falta, de Luiz Schwarcz.
Há também títulos para os fãs de livros clássicos, como O lobo da estepe, de Hermann Hesse, e Se a rua Beale falasse, de James Baldwin. Veja a lista completa e escolha a sua próxima leitura!
Vista Chinesa, de Tatiana Salem Levy
Estamos em 2014. Euforia no Brasil e especialmente na cidade do Rio de Janeiro. Copa do Mundo prestes a acontecer, Olimpíadas de 2016 à vista. Tempo de esperança e construção. Júlia é sócia de um escritório de arquitetura que está planejando alguns projetos na futura Vila Olímpica. No dia de uma dessas reuniões com a prefeitura, Júlia sai para correr no Alto da Boa Vista. A certa altura, alguém encosta um cano de revólver na sua cabeça e a leva para uma área baldia. É estuprada. Deixada largada e exangue na mata, ela se arrasta para casa, onde o namorado e alguns familiares a esperam.
O ar que me falta, de Luiz Schwarcz
Um sensível relato sobre família, culpa e depressão. Luiz Schwarcz carrega consigo a história de uma família que abandonou tudo para fugir ao terror nazista. Filho único, Luiz, ainda jovem, entendeu ser responsável por expurgar as culpas que seu pai carregava por não ter podido evitar o fim extremo do avô, e se via como o elo a manter estável o casamento de André e Mirta, união cheia de silêncio, dor e incompatibilidade. Assumir esse papel, porém, será a fonte de angústias que o acompanharão ao longo de toda a infância, adolescência e vida adulta. Ao recuperar com franqueza estas memórias, Luiz Schwarcz constrói um sensível e detalhado relato de como a depressão e os traumas, próprios e de terceiros, podem tirar o fôlego de qualquer um e permanecer latentes em existências por fora marcadas pela aparência do sucesso.
Depois, de Stephen King
Depois é assustador e emocionante, e fala dos desafios de crescer e aprender a distinguir o certo do errado. Uma história sobre o preço de encarar o mal, não importa sob qual forma ele se esconda. James Conklin não é uma criança comum: ele vê gente morta. Com que frequência? Jamie não sabe bem; afinal, os mortos em geral se parecem muito com os vivos. Exceto pelo fato de que eles ficam para sempre nas roupas em que morreram, e são incapazes de mentir. Sua mãe implora para que ele mantenha essa habilidade em segredo, o que não é problema na maior parte do tempo. Pelo menos até Liz Dutton, a companheira de sua mãe e detetive do Departamento de Polícia de Nova York, aparecer na saída da escola e anunciar que precisa de ajuda. É assim que Jamie embarca em uma corrida para desvendar o último segredo de um falecido terrorista, e começa a jornada mais assustadora de sua vida.
Encarceramento em massa, de Juliana Borges
Por que fazer um livro sobre encarceramento, sistema de Justiça Criminal punitivo e feminismo negro? Qual é o ponto de conexão entre estas pautas? Por que prisão, punição, super encarceramento interessa às mulheres, prioritariamente às mulheres negras? Pode parecer fora de lugar falar em racismo, machismo, capitalismo e estruturas de poder em um país que tem em seu imaginário a mestiçagem e a defesa como povo amistoso celebrada internacionalmente. Contudo, parece absolutamente pertinente refletir, escrever, falar e lutar nestas pautas quando os dados estatísticos nacionais provam o contrário do discurso comemorado e largamente difundido.
O lobo da estepe, de Hermann Hesse
Harry Haller acredita que sua integridade depende da vida solitária que leva em meio às palavras de Goethe e as partituras de Mozart – um intelectual de 50 anos tentando equilibrar-se à beira do abismo dos problemas sociais e individuais, ante os quais a sua personalidade se torna cada vez mais ambivalente e, por fim, estilhaçada. Este livro foi escrito quando Hesse tinha 50 anos, como seu personagem, e estava influenciado pela psicanálise.
Se a rua Beale falasse, de James Baldwin
Tish tem 19 anos quando descobre que está grávida de Fonny, de 22. A sólida história de amor dos dois é interrompida bruscamente quando o rapaz é acusado de ter estuprado uma porto-riquenha, embora não haja nenhuma prova que o incrimine. Convicta da honestidade do noivo, Tish mobiliza sua família e advogados na tentativa de libertá-lo da prisão. Se a rua Beale falasse é um romance comovente que tem o Harlem da década de 1970 como pano de fundo. Ao revelar as incertezas do futuro, a trama joga luz sobre o desespero, a tristeza e a esperança trazidos a reboque de uma sentença anunciada em um país onde a discriminação racial está profundamente arraigada no cotidiano.
Talvez você deva conversar com alguém, de Lori Gottlieb
De modo geral, buscamos a ajuda de um terapeuta para melhor compreender as angústias, os medos, a culpa ou quaisquer outros sentimentos que nos causam desconforto e sofrimento. Mas quantos de nós já paramos para perguntar: o terapeuta está imune à gama de questões que ele auxilia seus pacientes a dirimir e superar, dia após dia? A autora best-seller e terapeuta Lori Gottlieb nos mostra que a resposta a essa pergunta traz revelações surpreendentes.
Minha coisa favorita é monstro, de Emil Ferris
A história de um assassinato misterioso, um drama familiar, um épico histórico e um extraordinário suspense psicológico sobre monstros – reais e imaginados. Minha coisa favorita é monstro é narrado por Karen Reyes, uma garota de dez anos completamente alucinada por histórias de terror. No seu diário, todo feito em esferográfica, ela se desenha como uma jovem lobismoça e leva o leitor a uma incrível jornada pela iconografia dos filmes B de horror e das revistinhas de monstro. Quando Karen tenta desvendar o assassinato de sua bela e enigmática vizinha do andar de cima – Anka Silverberg, uma sobrevivente do Holocausto – assistimos ao desenrolar de histórias fascinantes de um elenco bizarro e sombrio de personagens.
Abuso – A cultura do estupro no Brasil, de Ana Paula Araújo
Por que o estupro é um crime ainda tão comum no Brasil? Por que a vítima muitas vezes é tão – ou mais – julgada pela sociedade do que o próprio criminoso? Por que é tão difícil fazer uma denúncia? Após quatro anos de pesquisas, viagens pelo país e mais de 100 entrevistas com vítimas e familiares, criminosos, psiquiatras e diversos especialistas no assunto, a jornalista Ana Paula Araújo escreve com coragem e sem meias-verdades. A obra é uma reportagem que trata do medo e vergonha das vítimas, de como elas são julgadas e muitas vezes culpabilizadas pela sociedade e pelo poder público, das dificuldades para denunciar, dos caminhos para superar o trauma e seguir em frente e como atitudes tão entranhadas em nossa sociedade geraram uma verdadeira cultura do estupro em nosso país.
Uma terra prometida, de Barack Obama
Barack Obama narra, nas próprias palavras, a história de sua odisseia improvável, desde quando era um jovem em busca de sua identidade até se tornar líder da maior democracia do mundo. Com detalhes, ele descreve sua formação política e os momentos marcantes do primeiro mandato de sua presidência histórica – época de turbulências e transformações drásticas. Obama conduz os leitores através de uma jornada cativante, que inclui suas primeiras aspirações políticas, a vitória crucial nas primárias de Iowa, na qual se demonstrou a força do ativismo popular, e a noite decisiva de 4 de novembro de 2008, quando foi eleito 44º presidente dos Estados Unidos, o primeiro afro-americano a ocupar o cargo mais alto do país.
Bom Dia, Verônica, de Ilana Casoy e Raphael Montes
No thriller, acompanhamos a trajetória de Verônica Torres, uma secretária da polícia Verônica Torres que, na mesma semana, presencia o suicídio de uma jovem e recebe a ligação de uma mulher desesperada por sua vida. Diante dessas situações, Verônica embarca na investigação dos dois crimes e é surpreendida ao descobrir um mundo perverso e irreal que precisa ser confrontado.
A casa, de Chico Felitti
Este livro-reportagem narra a história do médium João Teixeira de Faria, que se autodenominava como João de Deus, preso em 2018 por estupro e assédio sexual. João Faria atraía multidões até a Casa Dom Inácio de Loyola, que buscavam curas espirituais e físicas para diferentes problemas, desde cataratas até câncer. Entre seus fiéis estavam também políticos e artistas. No entanto, no fim de 2018, uma série de denúncias de estupro vieram à tona e João Faria foi preso.
Qual livro você incluiria na lista?
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