Leitores indicam 10 autoras favoritas
Perguntamos aos internautas nas redes sociais: Qual é sua escritora favorita? Confira as indicações e boa leitura!
Ao longo dos anos, as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no meio da literatura brasileira e mundial. Dezenas de escritoras incríves, de diferentes gêneros literários, foram reveladas neste período. Que tal conhecer uma nova autora e mergulhar sobre sua obra?
Para ajudar você, perguntamos aos nossos leitores, por meio das redes sociais, quais são suas escritoras favoritas. Há indicações para todos os gostos literários, como a quadrinista Marjane Satrapi e as autoras Chimamanda Ngozi Adichie e Mary del Priore. Veja a seleção e boa leitura!
Bordados, de Marjane Satrapi
Os almoços de família na casa da avó de Marjane Satrapi, em Teerã, terminavam sempre com o mesmo ritual: enquanto os homens iam fazer a sesta, as mulheres lavavam a louça. Logo depois começava uma sessão cujo acesso só era permitido a elas — o “bordado”, tema deste que é o terceiro livro de Satrapi. Os leitores de Persépolis reconhecerão aqui as marcas registradas da autora: o humor cortante, o traço simples em preto e branco, o feminismo mordaz, jamais patrulheiro. O “bordado” iraniano seria equivalente ao brasileiríssimo “tricô”, não fosse uma acepção bastante particular: a expressão designa também a cirurgia de reconstituição do hímen, uma decisão pragmática para as mulheres que não abrem mão de ter vida sexual antes do casamento mas sabem que precisam corresponder às expectativas das forças moralistas do país.
Meio sol amarelo, de Chimamanda Ngozi Adichie
Filha de uma família rica e importante da Nigéria, Olanna rejeita participar do jogo do poder que seu pai lhe reservara em Lagos. Parte, então, para Nsukka, a fim de lecionar na universidade local e viver perto do amante, o revolucionário nacionalista Odenigbo. Sua irmã Kainene de certo modo encampa seu destino. Com seu jeito altivo e pragmático, ela circula pela alta roda flertando com militares e fechando contratos milionários. Gêmeas não idênticas, elas representam os dois lados de uma nação dividida, mas presa a indissolúveis laços germanos.
Meu livro de cordel, de Cora Coralina
No livro Meu livro de cordel, a escritora Cora Coralina trabalha a literatura de cordel, enquanto gênero literário, em 43 poemas. Cora homenageia os menestréis nordestinos, que para ela são “irmãos do Nordeste rude”. Apresenta a alma dos rios, das pedras, dos gestos exaustos das lavadeiras, a simplicidade da vida, do amor e da morte.
Assassinato no Expresso Oriente, de Agatha Christie
Este é um dos principais livros de Agatha Christie. Nada menos que um telegrama aguarda Hercule Poirot na recepção do hotel em que se hospedaria, na Turquia, requisitando seu retorno imediato a Londres. O detetive belga, então, embarca às pressas no Expresso do Oriente, inesperadamente lotado para aquela época do ano. O trem expresso, porém, é detido a meio caminho da Iugoslávia por uma forte nevasca, e um passageiro com muitos inimigos é brutalmente assassinado durante a madrugada. Caberá a Poirot descobrir quem entre os passageiros teria sido capaz de tamanha atrocidade, antes que o criminoso volte a atacar ou escape de suas mãos.
Parem de falar mal da rotina, de Elisa Lucinda
Em setembro de 2002, nascia a peça Parem de falar mal da rotina, logo nas primeiras semanas ela mostrou a que veio, alcançando enorme sucesso de público e crítica. Desde o início, o espetáculo demonstrou ter um componente que “vicia” e se tornou comum encontrar em todas as apresentações pessoas que voltavam várias vezes, ora com familiares, amigos, namorados ou mesmo sozinhos. E logo seguiram os depoimentos de gente que dizia que, a partir dele, assumiram uma postura e mudaram suas vidas. Esse espetáculo, agora adaptado para livro, te convida a desvendar o seu segredo.
A mulher desiludida, de Simone de Beauvoir
Esta obra contém contos curtos que procuram expressar a fragilidade da mulher moderna – do envelhecimento até a solidão, culminando na indiferença do ser amado. As histórias deste livro buscam mostrar uma visão compassiva e lúcida sobre as desigualdades e complexidades da vida.
O castelo de papel, de Mary del Priore
O Castelo de Papel narra a biografia cruzada da princesa Isabel e seu marido, o conde d’Eu. Ele, um nobre europeu, neto do último rei da França. Ela, obediente filha e herdeira do Império do Brasil. Em comum, a formação rígida e a devoção religiosa. A união por interesses familiares não impediu que fossem apaixonados por toda a vida, representando o retrato acabado do romance do século XIX. Através da história dos dois, o livro revela a tensa atmosfera de um mundo em transição. O século que se seguiu à Revolução Francesa foi marcado por seguidos choques entre o novo espírito laico e republicano e as velhas estruturas aristocráticas do Antigo Regime. Na Europa, monarquias entravam em crise enquanto a industrialização criava um proletariado cada vez mais ativo. A nobreza defendia seus direitos em arranjos familiares e alianças dinásticas. Enquanto isso, no Brasil, a estabilidade do Império ventilava uma imagem de um regime imune aos novos ventos, atraindo nobres, como o conde.
Pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro
Este livro reúne 11 lições breves para entender as origens do racismo e como combatê-lo. Neste pequeno manual, a filósofa Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. A autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas. Já há muitos anos se solidifica a percepção de que o racismo está arraigado em nossa sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito.
A ilha perdida, de Maria José Dupré
Um dos principais clássicos da coleção Vaga-Lume e da literatura infantojuvenil não poderia ficar fora da lista. Nesta obra, Eduardo e Henrique resolvem explorar uma misteriosa ilha e descobrir se as histórias que ouvem sobre o lugar são reais. Acabam se envolvendo em uma grande aventura em que um velho sábio ensina o respeito e o amor à natureza. Um clássico da literatura juvenil brasileira, agora com novo formato e ilustrações coloridas. Com Suplemento de Atividades em cores.
A hora da estrela, de Clarice Lispector
Macabéa vive sem saber para quê. Depois de perder a tia, viaja para o Rio de Janeiro, aluga um quarto, emprega-se como datilógrafa e se apaixona por Olímpio de Jesus – que logo a trai com uma colega de trabalho. Resenha: O último livro escrito por Clarice Lispector é também uma despedida. Lançado pouco antes de sua morte, A hora da estrela conta os momentos de criação de Rodrigo, o escritor que narra a história de Macabéa. Ela sabia que a morte estava próxima e coloca um pouco de si nas personagens. Ele, um escritor à espera da morte; ela, uma solitária que gosta de ouvir a rádio Relógio e que passou a infância no Nordeste, assim como Clarice.
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