7 artistas LGBTQ+ para acompanhar na música brasileira
Conheça artistas da música brasileira que estão na ativa e são importantes vozes na luta pelos direitos da população LGBTQ+ no país.
Nas últimas décadas, a música brasileira tem mergulhado cada vez mais na na discussão de pautas ligadas às questões de gênero e sexualidade. Artistas como Pabllo Vittar, Liniker Barros (da banda Liniker e os Caramelows) e Johnny Hooker representam algumas das principais vozes na garantia dos direitos da população LGBTQ+ e no combate à lgbtfobia no país.
No entanto, para além desses artistas, há uma diversidade de outros cantores, compositores e instrumentistas brasileiros que representam a comunidade LGBTQ+ e fazem de sua arte uma plataforma para a divulgação e o debate das questões relativas a essa causa. Aqui, nós selecionamos sete artistas LGBTQ+ que estão na ativa e têm coisas importantes a dizer. Confira!
As Bahias e A Cozinha Mineira
As Bahias e a Cozinha Mineira é um trio musical brasileiro, formado pelas artistas Raquel Virgínia, Assucena Assucena e o músico Rafael Acerbi. Os três se conheceram por volta de 2011, enquanto frequentavam o curso de história da Universidade de São Paulo, e passaram a fazer shows em festas universitárias.
Com fortes influências da música brasileira e de artistas como Gal Costa e os mineiros do Clube da Esquina, a banda constrói importantes debates sobre o combate ao machismo e a homofobia, bem como o lugar das mulheres e, sobretudo, as mulheres trans na sociedade brasileira. Em 2015, As Bahias e a Cozinha Mineira lançou “Mulher”, seu primeiro disco, e, posteriormente, “Bicha” (2017). No ano passado, o trio paulista apresentou “Tarântula”, um álbum que discute uma série de temáticas que atravessam o nosso cotidiano, como a polarização política e a escassez do afeto.
Bia Ferreira
Cantora, compositora, produtora musical e ativista, Bia Ferreira é um dos nomes mais potentes na cena atual da nossa música. Nascida na cidade de Carangola, em Minas Gerais, Bia tornou-se internacionalmente conhecida graças a um vídeo do projeto Sofar Latin America, onde a artista interpreta a canção de sua autoria “Cota Não É Esmola”.
Em 2019, Bia Ferreira lançou o primeiro álbum de sua carreira, denominado “Igreja Lesbiteriana, Um Chamado”. Com canções que discutem questões de raça, sexualidade e intolerância religiosa, o trabalho reúne faixas como “De dentro do AP” e a própria “Sharamanayas”, e conta com a parceria da compositora Doralyce, que é casada com Bia e participa de duas faixas do disco. Juntas, as duas apresentavam o show “Preta Leveza” pelo Brasil, antes do isolamento social.
Linn da Quebrada
Linn da Quebrada é atriz, cantora, compositora e uma das principais vozes na defesa dos direitos da comunidade LGBTQ+ no país. Em 2017, a cantora paulista lançou “Pajubá”, disco de estreia de sua carreira e que conquistou fãs pelos quatro cantos do país – e fora dele também. Desde o lançamento do trabalho, Linn se apresentou em países como México, França, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Noruega e importantes festivais como o Primavera Sound.
De lá para cá, a artista tem apresentado diversos singles, que versam entre a música eletrônica e os sons experimentais de ritmos como o pop, o funk e o global gueto. Em 2019, Linn lançou o clipe do single “Oração”, que homenageia as mulheres trans e conta com a participação da cantora Liniker Barros. Neste ano, a artista prepara o lançamento de um novo disco.
Majur
Negra, não-binária e baiana de Salvador, Majur é uma das cantoras mais pulsantes na cena. Aos 23 anos, a artista explora em seu trabalho interessantes conexões entre a MPB e outro ritmos como o R&B, o soul, o funk e bases de matriz africana. No interior de suas canções, Majur convoca o debate sobre questões latentes como a sexualidade, as relações afetivas e o empoderamento.
Em 2019, Majur tornou-se nacionalmente conhecida após participar da gravação do single “AmarElo”, uma parceria de Emicida e Pabllo Vittar. No mesmo ano, a artista lançou “20Ever”, primeiro single de sua carreira, e um clipe para a música “Náufrago”, que está no EP “Colorir”, lançado em 2018.
Davi Sabbag
Ex-integrante da Banda Uó, grupo pioneiro na cena LGBTQ+, o goiano Davi Sabbag é um dos nomes de grande solidez na música pop brasileira. Ao assumir-se um artista solo, Sabbag lançou “Quando”, trabalho de estreia de sua carreira, em 2018. Com cinco faixas, o EP representava as agruras e delícias do processo de vôo livre do artista.
Em 2019, Davi Sabbag foi ainda mais longe e apresentou “Ritual”, seu primeiro álbum solo. O disco discute a importância de aproveitar as oportunidades oferecidas pela vida, ultrapassando os obstáculos que surgem pelo caminho e curtindo os sentimentos que atravessam a nossa existência.
Rico Dalasam
Rico Dalasam é um dos nomes mais importantes no contexto atual do rap brasileiro. Nascido na cidade de Taboão da Serra, no interior de São Paulo, o rapper é assumidamente homossexual e representante do queer rap. Desde o início de sua carreira, Dalasam insere importantes discussões sobre pautas como sexualidade e gênero no âmbito do rap, um meio que ainda é marcado com frequência pelo machismo e a homofobia.
Em 2016, Rico Dalasam lançou Orgunga, seu disco de estreia, cujo título faz referência às palavras “orgulho, negro e gay”. Além disso, o rapper já lançou EP’s como “Aceite C” (2014), “Modo Diverso” (2015)”, “Balanga Raba” (2017) e “Dolores Dala Guardião do Alívio”, lançado no mês passado e que conta com as parcerias de Mahal Pita e Dinho Souza e a participação de Chibatinha, do ÀTTØØXXÁ.
Priscila Tossan
Priscila Tossan é uma cantora e compositora carioca nascida em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Priscila, que fazia apresentações nas estações e vagões de metrô e trabalhou como auxiliar de cozinha, tornou-se conhecida pelo grande público ao participar da sétima edição do reality show “The Voice Brasil”, exibido pela TV Globo em 2018. Integrante do time de Lulu Santos, a artista roubou a cena na competição e tornou-se uma das finalistas do programa.
Influenciada por artistas como Djavan, Cartola e Elis Regina, Priscila Tossan tem investido em sonoridades como o soul, o jazz e o R&B. Em 2017, a artista lançou o EP ‘Céu Azul’, primeiro trabalho de sua carreira e que foi gravado com o apoio do grupo AfroReggae. Neste ano, a artista retorna aos holofotes com “Cine Odeon”, um novo EP que revela uma face mais madura de sua carreira.
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