Livro que inspirou “Anne with an E” é um dos mais vendidos na Estante Virtual
Nossa lista de livros mais vendidos de abril trouxe títulos clássicos e contemporâneos. Veja o ranking completo!
Uma das séries de maior sucesso na Netflix, Anne with an E também conquistou os leitores da Estante Virtual. Em abril, Anne de Green Gables, de Montgomery Lucy Maud, que inspirou a história no streaming, ficou em segundo lugar na nossa lista de livros mais vendidos. A obra só perdeu o topo para Quarto de despejo – Diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus, que voltou a liderar o ranking.
Enquanto isso, em terceiro lugar, ficou História da riqueza do homem, de Leo Huberman, seguido de Sapiens – Uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari. Veja a nossa lista de livros mais vendidos e escolha sua próxima leitura!
Quarto de despejo – Diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus
Quarto de despejo marca presença nas nossas listas de livros mais vendidos com frequência. Nesta obra, o duro cotidiano dos favelados ganha uma dimensão universal no diário de uma catadora de lixo. Com linguagem simples, ela conta o que viveu, sem artifícios ou fantasias.
Anne de Green Gables, de Montgomery Lucy Maud
Tudo parecia confortável demais na vida dos irmãos Matthew e Marilla Cuthbert, proprietários da fazenda Green Gables, mas o coração de Matthew começou a dar sinais de que a idade havia chegado. Em razão disso, decidiram, após muita ponderação, adotar um menino de uns 11 anos, para que pudesse ajudar Matthew nos afazeres diários e receber uma educação apropriada. No entanto, a mão da Providência já havia agido em suas vidas e, por um erro de comunicação, uma menina ruiva, sardenta e tagarela chamada Anne foi enviada no lugar do desejado menino. Tão logo chegou a Green Gables, Anne soube do engano, mas com sua imaginação fértil e conversa afiada já havia conquistado a afeição de Matthew.
História da riqueza do homem, de Leo Huberman
Este livro tem um duplo objetivo. É uma tentativa de explicar a história pela teoria econômica e a teoria econômica pela história. Leo Huberman assim justificou a criação de sua História da Riqueza do Homem – explicação esta sem razão de ser. Se a simples citação da palavra “economia” provoca bocejos entre os jovens numa sala de aula, ler o livro de Huberman, porém, remete o leitor ao desenvolvimento da sociedade humana impulsionado por sangue, revoluções, traições e pactos selados, principalmente, por homens de visão. Pensado anteriormente para leitores juvenis, História da Riqueza do Homem terminou por expandir seu alcance até tornar-se um clássico obrigatório.
Sapiens – Uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari
Em um de seus principais livros, Yuval Noah Harari repassa a história da humanidade, ou do homo sapiens, desde o surgimento da espécie durante a pré-história até o presente, mas em vez de apenas “inventariar” os fatos históricos ele os relaciona com questões do presente e os questiona de maneira surpreendente. Além disso, para cada fato ou crença que temos como certa hoje em dia, o autor apresenta as diversas interpretações existentes a partir de diferentes pontos de vista, inclusive as muito atuais, e vai além, sugerindo interpretações muitas vezes desconcertantes.
Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak
Uma parábola sobre os tempos atuais, por um de nossos maiores pensadores indígenas. Ailton Krenak nasceu na região do vale do rio Doce, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração mineira. Neste livro, o líder indígena critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza, uma “humanidade que não reconhece que aquele rio que está em coma é também o nosso avô”. Essa premissa estaria na origem do desastre socioambiental de nossa era, o chamado Antropoceno. Daí que a resistência indígena se dê pela não aceitação da ideia de que somos todos iguais. Somente o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar nossas existências e refrear nossa marcha insensata em direção ao abismo.
A revolução dos bichos, de George Orwell
Este clássico de George Orwell, que sempre marca presença na lista de livros mais vendidos na Estante Virtual, foi escrito durante a Segunda Guerra Mundial e causou desconforto ao satirizar a ditadura stalinista em uma época em que os soviéticos eram aliados ao Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. São claras as referências, como o despótico Napoleão que seria Stálin e os eventos políticos da União Soviética.
O amor nos tempos do cólera, de Gabriel García Márquez
O amor nos tempos do cólera é um dos principais livros do escritor Gabriel García Márquez. A obra conta a história de um homem se apaixona pela trança de uma menina de família. O idílio dura algumas cartas, mas ao conhecer seu admirador, a moça rejeita-o e casa com outro. O amor, porém, persiste e dura a vida inteira. Nesta fábula de realismo-fantástico, o escritor mostra que a paixão não tem idade.
Dom Casmurro, de Machado de Assis
Este clássico de Machado de Assis é um dos mais queridinhos dos nossos leitores. Escrevendo Dom Casmurro, o autor produziu um dos maiores livros da literatura universal. Mas criando Capitu, a espantosa menina de “olhos oblíquos e dissimulados”, de “olhos de ressaca”, Machado nos legou um incrível mistério, um mistério até hoje indecifrado. Há quase cem anos os estudiosos e especialistas o esmiuçam, o analisam sob todos os aspectos.
Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
Esta é a segunda vez que Gabriel García Márquez aparece no nosso ranking de abril. O autor narra a história da família Buendía, uma estirpe de solitários que habitam a mítica aldeia de Macondo. A narrativa se desenvolve em torno dos integrantes dessa família, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula. Ela é uma personagem centenária e matriarca das mais conhecidas da história da literatura latino-americana.
A peste, de Albert Camus
Esta é a segunda vez seguida que o livro A peste, de Albert Camus, fica entre os mais vendidos do mês na Estante Virtual. Neste clássico do escritor existencialista francês, uma cidade argelina tomada pela peste bubônica serve como metáfora dos horrores da Segunda Guerra Mundial.
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