#CompreDosPequenos: Quais os livros favoritos de nossos livreiros?
Durante uma semana, fizemos posts especiais com alguns dos nossos livreiros nas redes sociais. Veja as indicações!
Em março, lançamos uma campanha #CompreDosPequenos, como uma forma de valorizar e dar mais visibilidade aos pequenos vendedores e livreiros, ainda mais em tempos de isolamento social. Eles são parceiros da Estante Virtual e ajudam a economia circular em diversos estados do país. Por isso, durante uma semana, divulgamos as histórias e indicações de livros de alguns dos nossos livreiros.
Um deles é o jornalista Ricardo Lombardi, do Desculpe a Poeira, em São Paulo. Criado em 2014, o sebo funciona em uma garagem, no bairro Pinheiros, e reúne quase cinco mil exemplares no acervo. Já a livreira Silvia Diniz administra o sebo Paço Prosa, em São Luiz, no Maranhão. Além de vender livros novos e usados, ela também reúne CDs, DVDs e vinis.
Enquanto isso, Cid Ferreira decidiu abrir o Sebo Clepsidra, de forma virtual, em 2016. Alguns meses depois, inaugurou a primeira loja na Vila Buarque, em São Paulo. Cid vende e troca livros, mas também é responsável por eventos culturais e palestras. No Rio de Janeiro, um dos sebos mais conhecidos é o Sebo Lima Barreto, da família Benjamin, Sandra e Pedro. Lá, eles são bem democráticos com os leitores e os deixam sugerir novos livros para o acervo.
O livreiro Rafael Assis, da Crisálida Livraria, em Minas Gerais, também indicou obras literárias. Fundada em 1999, a livraria é focada em livros de literatura e Ciências Humanas. Apaixonado por livros, Antonio Filho adquiriu conhecimentos sobre sebos com o pai e assumiu a Livraria Peruíbe, na Vila Mariana, em São Paulo, em 2003.
Confira alguns dos livros preferidos dos livreiros e boa leitura!
Livrarias, de Jorge Carrión
O catalão Jorge Carrión desenha um verdadeiro mapa-múndi das livrarias, revelando uma série de histórias e informações preciosas sobre o universo dos livros, da Roma Antiga aos dias atuais. Nesse percurso, o autor investiga a relação de escritores e leitores com diversas livrarias, mostrando como esses encontros se tornaram peças-chave da cultura e da economia criativa em diversas partes do mundo. Ao transitar pelos caminhos da memória editorial e livreira – evocando uma série de personagens e estabelecimentos, além de referências literárias, filosóficas e políticas –, Carrión constrói uma história inédita do livro em âmbito internacional, apoiado em uma profunda pesquisa que revela dados bibliográficos e biográficos, análises de conteúdo e de mercado.
Capitães da areia, de Jorge Amado
Ao longo de sete décadas a narrativa não perdeu viço nem atualidade, pelo contrário: a vida urbana dos meninos pobres e infratores ganhou contornos trágicos e urgentes. Várias gerações de brasileiros sofreram o impacto e a sedução desses meninos que moram num trapiche abandonado no areal do cais de Salvador, vivendo à margem das convenções sociais. Verdadeiro romance de formação, o livro nos torna íntimos de suas pequenas criaturas, cada uma delas com suas carências e suas ambições: do líder Pedro Bala ao religioso Pirulito, do ressentido e cruel Sem-Pernas ao aprendiz de cafetão Gato, do sensato Professor ao rústico sertanejo Volta Seca.
Herland – A terra das mulheres, de Charlotte Perkins Gilman
Publicado pela primeira vez em 1915, Terra das mulheres mostra como seria uma sociedade utópica composta unicamente por mulheres. Antes de o leitor encontrar a suposta maravilha dessa utopia, terá de acompanhar três exploradores — Van, o narrador, o doce Jeff, e Terry, o machão — e suas considerações e devaneios sobre o país. Os três têm a certeza de que também existem homens lá, ainda que isolados e convocados apenas para fins de reprodução. Um país só de mulheres, segundo os três, seria caótico, selvagem, subdesenvolvido, inviável.
Toda poesia, de Paulo Leminski
Paulo Leminski foi corajoso o bastante para se equilibrar entre duas enormes construções que rivalizavam na década de 1970, quando publicava seus primeiros versos: a poesia concreta, de feição mais erudita e superinformada, e a lírica que florescia entre os jovens de vinte e poucos anos da chamada “geração mimeógrafo”. Este livro percorre, pela primeira vez, a trajetória poética completa do autor curitibano, mestre do verso lapidar e da astúcia.
Um copo de cólera, de Raduan Nassar
Narrado em primeira pessoa e com escassos pontos finais, Um copo de cólera fala sobre a relação entre homem e mulher e a oposição entre paixão e racionalidade. De uma potência verbal impressionante, como se a força do conteúdo fosse capaz de dilacerar a tessitura da prosa. A linguagem deste livro alcança tal intensidade e vibração que faz desta narrativa uma obra singular da literatura brasileira, um clássico dos nossos tempos.
Odisseia, de Homero
Composta por volta do século VIII a.C., a Odisseia de Homero relata o complexo e aventuroso percurso de Odisseu, um herói grego, ao tentar regressar para Ítaca e para Penélope, sua esposa, após o fim da guerra. Um dos principais clássicos da literatura mundial.
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