Dia Nacional do Samba: 5 livros para você ficar por dentro do assunto
Data foi criada para homenagear o compositor Ary Barroso. Veja a nossa seleção completa de obras!
Você sabia que 2 de dezembro é o Dia Nacional do Samba? Criada na década de 1960 por um vereador baiano, a data homenageia o compositor Ary Barroso, um dos principais nomes da música popular brasileira do século 20. O artista nasceu em 7 de novembro de 1903, na cidade de Ubá, em Minas Gerais, e ficou famoso por seus sambas, principalmente o Aquarela do Brasil.
Foi no dia 2 de dezembro de 1964 que Ary visitou Salvador pela primeira vez. Depois disso, a comemoração espalhou-se pelo país e é realizada até hoje em diferentes estados, como Bahia e Rio de Janeiro, onde o samba já tornou-se quase um patrimônio cultural.
Quando o samba foi criado?
Um dos elementos mais importantes da cultura popular do Brasil, o samba foi o primeiro ritmo musical que incluiu os batuques dos escravos no período colonial. Inicialmente, as festas de dança dos negros eram chamadas de “samba” e o berço dessas festividades era o Recôncavo Baiano, onde os grupos dançavam e tocavam instrumentos em roda.
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Mesmo após a abolição da escravatura, em 1888, e da proclamação da República, no ano seguinte, o samba continuou marginalizado, assim como os negros. Neste período, eles levavam os batuques para as casas de matriarcas, como a mãe de santo Tia Ciata, no Rio de Janeiro. Apenas em 1917 foi gravado Pelo telefone, de Mauro de Almeida e Donga, o primeiro samba no país.
O chefe da polícia pelo telefone manda me avisar / Que na Carioca tem uma roleta para se jogar / Ai, ai, ai, / Deixa as mágoas para trás ó rapaz / Ai, ai ai, / Fica triste se és capaz, e verás.”
Ao longo das décadas, outros estilos surgiram, como o samba-canção, que é marcado por um ritmo mais lento e músicas românticas; samba-enredo, que surgiu na década de 1930 para animar os desfiles das escolas de samba no Rio, e o samba gafieira, popular em gafieiras.
Para ajudar você a conhecer melhor a história do samba, selecionamos livros que aprofundam o assunto. Confira a lista completa e boa leitura!
Uma história do samba – As origens, de Lira Neto
Um dos maiores biógrafos do Brasil conta a história de nosso gênero musical por excelência: o samba. Depois da aclamada trilogia biográfica de Getúlio Vargas, Lira Neto se lançou ao desafio de contar a história do samba urbano. O escritor cearense pretende retraçar o percurso completo desse ritmo sincopado que é um dos sinônimos da brasilidade. Em virtude da riqueza e da amplitude do material compilado, recheado de documentos inéditos e registros fotográficos, o projeto será desdobrado em três volumes – neste primeiro, Lira leva o leitor das origens do samba até o desfile inicial das escolas de samba no Rio.
Desde que o samba é samba, de Paulo Lins
Paulo Lins resgata, agora, momentos da formação da cultura brasileira, através do samba, da aparição da umbanda e do modo de vida brasileiro no Rio de Janeiro de 1928 a 1931. Para isso, o autor conta a história de diversos personagens envolvidos na fundação do primeiro bloco de Carnaval, da escola de samba Deixa Falar. Moradores trazem ao leitor toda a realidade das ruas naquela época. Prostituição, relacionamentos conturbados, sexo, violência, mas também a fé e o ritmo do samba ditam o ritmo intenso.
Na passarela do samba, de André Diniz e Diogo Cunha
Este livro percorre em detalhes os 30 anos desde a construção do Sambódromo, palco do maior Carnaval do mundo. Abordando cronologicamente os desfiles, a obra mostra a gênese das escolas e também permeia as nuances políticas e históricas que determinaram o que hoje conhecemos como Carnaval carioca.
O enredo do meu samba, de Marcelo de Mello
O mais antigo samba é de 1964; o mais recente, de 1993. Em forma de deliciosas crônicas, o autor destaca como o talento do compositor popular contribuiu para a glória do carnaval carioca, evidenciando as circunstâncias em que os sambas nasceram, cumpriram a sua finalidade na avenida e tornaram-se imortais, uma vez que são lembrados até hoje.
Almanaque do samba, de André Diniz
Histórias, curiosidades, pequenas biografias de diversos bambas do samba e muitas ilustrações dão o tom cadenciado ao Almanaque do samba, do historiador e amante do ritmo André Diniz. Seguindo o sucesso do Almanaque do choro, o autor faz um rico passeio pela história do samba – das raízes mestiças, passando pela bossa nova e pelas canções dos festivais, até suas incursões pelo rock e pela música eletrônica. Com uma prosa leve e informativa, André Diniz revela como os rumos da cultura e da política nacionais se relacionam com o desenvolvimento do samba, e discute suas raízes e influências.
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Boa tarde!
Dentre os livros citados nesta lista, tenho o do André Diniz (Almanaque do Samba), o qual é muito bom. Porém, existem outros títulos também excelentes, que não foram lembrados. Um exemplo? Salgueiro, 50 anos de glória de Haroldo Costa.