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Olga Tokarczuk e Peter Handke ganham Prêmio Nobel de Literatura

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Neste ano, Academia Sueca entregou premiação referente aos anos de 2018 e 2019. Confira a trajetória dos escritores!

Após um ano suspenso, o Prêmio Nobel de Literatura anunciou, nesta quinta-feira (10), a polonesa Olga Tokarczuk e o austríaco Peter Handke como os vencedores das edições de 2018 e 2019. Cada um dos escritores receberá 9 milhões de coroas suecas, o equivalente a quase R$ 3,7 milhões.

Nascida em 1962, na cidade de Sulechów, Olga formou-se em Psicologia na Universidade de Varsóvia e trabalhou como psicoterapeuta durante um tempo. Para a Academia Sueca, Olga tem “uma imaginação narrativa que, com paixão enciclopédica, representa o cruzamento de fronteiras como uma forma de vida”.

De acordo com o comitê da premiação, Olga inovou com seu terceiro romance, Prawiek i inne czasy (Primitivo e outros tempos), publicado em 1996. Mas sua obra-prima seria o Ksiegi Jakubowe (Escrituras de Jacó), de 2014. “Ela mostrou a capacidade suprema do romance de representar um caso quase além da compreensão humana”, destacou a academia.

Já Handke foi nomeado “por um trabalho influente que, explorou a periferia e a especificidade da experiência humana”. O escritor nasceu em 1942, no sul da Áustria, e atualmente vive na França. O romance de estreia Die Hornissen (As vespas) e a peça Ofendendo o público são marcados pelas experimentações na forma e considerados os responsáveis por repercutir o trabalho do autor no mundo.

Os livros de Olga ainda não foram publicados no Brasil. Mas que tal conhecer as obras de Handke? Confira a lista completa e boa leitura!


Don Juan – Narrado por ele mesmo

Apesar do seu subtítulo, esta obra é recontada, de fato, por um cozinheiro solitário e ocioso, ávido leitor, que, um belo dia, em meio a leituras de Racine e Pascal, decide dar um basta nos livros. Sua imprevista decisão coincide com a igualmente repentina e abrupta aterrissagem de Don Juan no jardim do albergue onde ele vive, nas ruínas do monastério de Port-Royal-des-Champs, na França. Não um Don Juan qualquer, mas o próprio Don Juan, a figura legendária cujas aventuras já foram contadas e recontadas por Tirso de Molina, Zorilla, Molière, Mozart, Kierkegaard, Ortega y Gasset, Camus, e que Peter Handke decide ambientar definitivamente na contemporaneidade.


A perda da imagem ou através da Sierra de Gredos

Numa época indefinida de um século XXI já avançado, uma banqueira – “a princesa das finanças” –, que vive numa cidade portuária do noroeste europeu, pega um avião com destino à região espanhola da Mancha, que Miguel de Cervantes tornou tão famosa. De lá, dirige-se à Sierra de Gredos. Sai em busca de um escritor que contratara para narrar sua história. Depara-se com uma cidade, imaginária, cujos habitantes – uma curiosa galeria de personagens – experimentam uma perda total de imagens, idéias, ritos, sonhos, ideais e leis. Um efeito do mundo que os rodeia, no qual as mudanças climáticas são um fato, as guerras são contínuas, as sociedades se agrupam em âmbitos locais e os meios de comunicação inundam as vidas cotidianas.


A mulher canhota e breve carta para um longo adeus

Publicado inicialmente em 1985, este volume reúne os contos A mulher canhota e Breve carta para um longo adeus, de Peter Handke. Este livro você só encontra na Estante Virtual.


A angústia do guarda-redes antes do pênalti

Este livro você também só encontra na Estante Virtual. A ansiedade do goleiro no pênalti é um romance de 1970 do escritor austríaco Peter Handke. Foi adaptado para um filme de 1972 com o mesmo título, dirigido por Wim Wenders.


O que achou do resultado do Prêmio Nobel?


Gabriela Mattos

Gabriela Mattos

Gabriela é jornalista, editora do Estante Blog e foi repórter em um jornal carioca. Viciada em comprar livros, é apaixonada por literatura contemporânea e jornalismo literário.

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