Qual livro você vai reler em 2019?
Por meio das redes sociais, os nossos leitores indicaram 10 obras que merecem ser lidas neste ano. Confira a lista!
Clássicos ou contemporâneos? Ficção ou não ficção? Às vezes é difícil escolher a próxima leitura. Para ajudar você a começar 2019 com o pé direito, pedimos aos nossos leitores, nas redes sociais, indicações de livros que merecem ser relidos durante o ano.
Afinal, obras marcantes devem ser apreciadas em diversas fases da nossa vida, né? A nossa seleção reúne obras consagradas, como Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, e Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez, e também títulos que conquistaram os leitores nos últimos anos, como Holocausto brasileiro, de Daniela Arbex, e Subcidadania brasileira, de Jessé Souza.
Ficou curioso? Confira a lista completa e boa leitura!
Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago
Ensaio sobre a cegueira é uma das obras mais marcantes do século XX e não poderia ficar de fora da lista. Vencedor do Prêmio Nobel, em 1998, o livro retrata a “treva branca”, que logo se espalha para o resto da sociedade. É a fantasia que nos faz lembrar a “responsabilidade de ter olhos quando os outros perderam”. Por meio da história, que foi adaptada para o cinema, em 2008, Saramago dá ao leitor uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio.
Pedagogia da autonomia, de Paulo Freire
Com poucas páginas, este livro tem uma densidade de ideias pouco vista em qualquer outra das obras de Paulo Freire. Seu poder de síntese demonstra maturidade, lucidez e vontade de, com simplicidade, abordar algumas das questões fundamentais para a formação dos educadores, de forma objetiva. Pedagogia da Autonomia sintetiza a pedagogia do oprimido e o engrandece como gente. É o livro-testamento de sua presença no mundo.
Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
Neste grande clássico da literatura mundial, o autor narra a incrível história da família Buendía, uma estirpe de solitários que habitam a mítica aldeia de Macondo. A narrativa desenvolve-se em torno de todos os membros dessa família, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula, uma personagem centenária e uma matriarca das mais conhecidas da história da literatura latino-americana.
Holocausto brasileiro, de Daniela Arbex
Neste livro-reportagem, a premiada jornalista Daniela Arbex resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros da nossa história: a barbárie e a desumanidade praticadas, durante a maior parte do século XX, no maior hospício do Brasil, conhecido por Colônia, situado na cidade mineira de Barbacena. Ao fazê-lo, a autora traz à luz um genocídio cometido, sistematicamente, pelo Estado brasileiro, com a conivência de médicos, funcionários e também da população.
O conto da Aia, de Margaret Atwood
Este é um dos principais livros de Margaret Atwood. Neste romance distópico de 1985, da autora canadense retrata o cotidiano de um futuro apocalíptico, no qual a Nova Inglaterra é parte de um movimento totalitário e fundamentalista cristão. O grupo derrubou o governo dos Estados Unidos e assumiu o controle do país.
Orgulho e preconceito, de Jane Austen
Na Inglaterra do final do século XVI, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de 20 anos, uma das cinco filhas de um espirituoso mas imprudente senhor, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína.
O filho de mil homens, Valter Hugo Mãe
Elaborado a partir dos questionamentos do escritor Valter Hugo Mãe sobre a paternidade, o livro conta história de Crisóstomo, um pescador que ao chegar aos 40 anos sente-se triste e incompleto por não ter tido um filho. Um dia, ele conhece Camilo, um jovem órfão à procura de trabalho e o acolhe, tornando-se seu pai. A eles, se juntará Isaura, uma mulher desencantada com a vida, que encontra nesta nova família uma possibilidade de ser feliz.
A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector
A paixão segundo G.H. conta o pensar e o sentir de G.H., a protagonista-narradora que despede a empregada doméstica e decide fazer uma limpeza geral no quarto de serviço, que ela supõe imundo e repleto de inutilidades. Após recuperar-se da frustração de ter encontrado um quarto limpo e arrumado, G.H. depara-se com uma barata na porta do armário. Ela esmaga o inseto e decide provar seu interior branco, processando-se, então, uma revelação.
1984, de George Orwell
Publicada originalmente em 1949, a distopia futurista 1984 é um dos romances mais influentes e atemporais do século XX. É um inquestionável clássico moderno. Lançada poucos meses antes da morte do autor, é uma obra magistral que ainda se impõe como uma poderosa reflexão.
Subcidadania brasileira, de Jessé Souza
Este livro consolida o pensamento de Jessé Souza e o coloca definitivamente no rol dos grandes intelectuais que se dedicaram a buscar caminhos para a superação dos grandes problemas nacionais. Crítico severo da corrente acadêmica que busca na herança colonial portuguesa e no patrimonialismo as chaves para desvendar todos os males da sociedade brasileira, Jessé afirma que a soma incalculável de privilégios acumulados pelas elites, aliada a um racismo estrutural, são os verdadeiros responsáveis por nossas desigualdades.
Qual livro você incluiria na lista? Comente e participe!
- 12 livros mais vendidos do The New York Times - 22.09.2022
- Conheça a história do Dicionário Aurélio - 12.07.2022
- 5 livros para quem gosta de “Meu malvado favorito” - 08.07.2022