Flup 2018: Resistência, literatura negra e mulheres
Edição deste ano homenageia a escritora Maria Firmina dos Reis e o sambista Martinho da Vila. Veja alguns destaques da programação!
Com homenagens à escritora Maria Firmina dos Reis e ao sambista Martinho da Vila, a 7ª edição da Festa Literária das Periferias (Flup 2018) é marcada por resistência e diversidade. Até o próximo domingo (11), na Biblioteca Parque Estadual, o evento promoverá debates sobre literatura negra, poesia, música e feminismo com 80 autores, inclusive de outros países, como Inglaterra e França.
Um dos destaques da programação é a participação do compositor Gilberto Gil em uma mesa ao lado do cantor Liniker, às 16h desta quinta-feira (8), sob mediação da escritora Heloísa Buarque de Hollanda. Eles vão mostrar como a Música Popular Brasileira (MPB) “tem sido uma inesgotável plataforma para transgressões que dialogam com os desejos mais libertários de nossa juventude, em particular no campo do comportamento”.
Já na sexta-feira (9), às 18h, a escritora Djamila Ribeiro, do livro Quem tem medo do feminismo negro?, participará de um debate sobre literatura negra, com os escritores Ungulani Ba Ka Khosa e Tom Farias. Outro destaque da Flup é o Prêmio Carolina Maria de Jesus, que será entregue no sábado (10), às 20h. A premiação homenageia personalidades que tiveram “o curso de suas vidas transformado pela literatura” e influenciaram outras pessoas.
Os homenageados
Primeira escritora negra brasileira, Maria Firmino dos Reis é uma das homenageadas da Flup 2018. Nascida em São Luís, no Maranhão, em 11 de março de 1822, foi registrada com o nome de outro homem no lugar de seu pai biológico. Do pouco que é conhecido sobre ela, sabe-se que era filha de uma mãe branca e de um pai negro. Em 1859, lançou o que foi mais tarde considerado o primeiro romance nacional, Úrsula, no qual o pano de fundo da história era a escravidão.
Já o cantor Martinho da Vila completa 80 anos em 2018. Um dos principais sambistas brasileiros, ele já conquistou diversos prêmios, como o Prêmio Shell de Música Popular Brasileira, em 1991, e também foi indicado a outras premiações, como ao Grammy Latino de melhor álbum de samba/pagode. Além de compositor, Martinho também é escritor e publicou alguns livros, como Ópera negra, Vamos brincar de política? e Os lusófonos.
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