Veja as 10 melhores distopias de todos os tempos
De Isaac Asimov a Octavia Butler, fique por dentro das dez melhores histórias distópicas da literatura mundial. Boa leitura!
Há muito tempo, as distopias são um grande acontecimento na literatura mundial e esse sucesso parece tornar-se cada vez mais intenso com o passar dos anos. Mas, você sabe o que, de fato, é uma distopia? E por que será que nós gostamos tanto assim das histórias distópicas?
De acordo com o dicionário, distopia trata-se de um “lugar hipotético onde se vive sob sistemas opressores, autoritários, de privação, perda ou desespero” ou, ainda, de uma “antiutopia.” Na literatura, porém, ela é utilizada com frequência por autores do mundo inteiro como um elemento de crítica ou sátira à sociedade da época.
Com os seus mundos dominados por tecnologias ou sistemas políticos, universos distópicos como o de “1984”, de George Orwell, estão tão próximos do contexto atual que parecem ter sido escritos como uma previsão perfeita do que iria acontecer no futuro. Esse é certamente um dos motivos que tornam a distopia queridinha de leitores ao redor do mundo.
De Isaac Asimov a Octavia Butler, conheça as dez melhores distopias de todos os tempos. Boa leitura!
1984, George Orwell
Um dos romances mais influentes do século XX, o livro de George Orwell narra a trajetória de Winston. O herói da narrativa encontra-se preso à engrenagem totalitária de uma sociedade controlada pelo Estado. Nesse lugar, as ações são compartilhadas coletivamente, mas cada pessoa vive sozinha. No entanto, todos são reféns da vigilância do Grande Irmão, um poder cínico e cruel ao infinito.
Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley
O romance distópico Admirável Mundo Novo exibe uma sociedade que é plenamente organizada pelos princípios da ciência. Neste mundo, os indivíduos são programados em laboratórios e devem cumprir a sua função em uma sociedade marcada por castas definidas biologicamente no nascimento. A literatura, a música e o cinema, por sua vez, são encarados como uma ameaça, uma vez que ajudam a solidificar o espírito de conformismo.
A Máquina do Tempo, H. G. Wells
A Máquina do Tempo é o primeiro romance de H.G. Wells. Depois de vários rascunhos e versões, foi finalmente publicado em 1895, quando o autor tinha apenas 29 anos. O livro teve sucesso instantâneo no Reino Unido, e sua fama logo se espalhou por outros países. Chamado de “homem de gênio”, considerado um pioneiro, Wells abriu caminho não só para seus livros e sua visão de mundo, mas para novas possibilidades temáticas na literatura.
A Seleção, Kiera Cass
Em A Seleção, trinta e cinco garotas disputam a oportunidade de morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Mas para America Singer estar entre as selecionadas parece um pesadelo. Isso, pelo menos, até ela conhecer o príncipe pessoalmente e perceber que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que nunca tinha ousado imaginar.
Eu, Robô, Isaac Asimov
Um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, Eu, Robô reúne nove contos que abordam a evolução dos autômatos através do tempo. É neste livro que Isaac Asimov apresenta as Três Leis da Robótica, princípios que regem o comportamento dos robôs e que mudaram definitivamente a percepção que se tem sobre eles na própria ciência.
Kindred, Octavia E. Butler
Em seu vigésimo sexto aniversário, Dana e seu marido estão de mudança para um novo apartamento. Em meio a pilhas de livros e caixas abertas, ela começa a se sentir tonta e cai de joelhos, nauseada. O mundo, então, se despedaça. Do nada, Dana se vê à beira de um rio onde uma criança está prestes a se afogar. Em um piscar de olhos, ela volta a seu novo apartamento, completamente encharcada. Essa é a experiência mais aterrorizante de sua vida até acontecer de novo. E de novo.
Laranja Mecânica, Anthony Burgess
Publicado pela primeira vez em 1962 e eternizado na cultura pop pelo filme de Stanley Kubrick,Laranja Mecânica conta a perturbadora história de Alex, membro de uma gangue de adolescentes que é capturado pelo Estado e submetido a uma terapia de condicionamento social.
Fahrenheit 451, Ray Bradbury
Fahrenheit 451 narra os bastidores de um governo totalitário, num futuro incerto, mas próximo. Nesse lugar, os livros ou qualquer tipo de leitura estão proibidos, uma vez que podem instruir o povo e fazer com que ele se revole contra o sistema. No futuro não tão distante, a leitura deixa de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e torna-se suficiente apenas para a leitura de manuais e operação de aparelhos.
Neuromancer, William Gibson
Considerado o livro precursor do movimento cyberpunk, Neuromancer conta a história de Case, um cowboy do ciberespaço e hacker da matrix. Depois de tentar enganar os patrões, o seu sistema nervoso é contaminado por uma toxina que o impede de entrar no mundo virtual. Nesse momento, Case passa a vagar pelos subúrbios de Tóquio e acaba se envolvendo em uma jornada que mudará para sempre a percepção da realidade.
Submissão, Michel Houellebecq
Depois de um segundo turno acirrado, as eleições presidenciais de 2022 na França são vencidas por Mohammed Ben Abbes, candidato carismático e conciliador que agrupa a frente democrática. Mas as mudanças sociais, inicialmente imperceptíveis, aos poucos se tornam dramáticas. François é um acadêmico que espera da vida apenas um pouco de uniformidade. Tomado de surpresa pelo regime islâmico, ele se vê obrigado a lidar com uma realidade cujas consequências não serão necessariamente desastrosas.
O Conto da Aia, Margaret Atwood
Offred é uma aia da República de Gilead, um lugar onde as mulheres são proibidas de ler, trabalhar e manter amizades. Mas Offred se recorda dos anos anteriores a Gilead, quando era uma mulher independente, com um emprego, uma família e um nome próprio. Hoje, as lembranças e a sua vontade de sobreviver são atos de rebeldia.
O Processo, Franz Kakfa
Em O Processo conhecemos a história de um homem que acaba envolvido num absurdo processo judicial sem que lhe seja dado qualquer tipo de explicação. Um magistral romance sobre a angústia, a impotência e a frustração do indivíduo numa sociedade opressora e burocratizada, temas recorrentes em toda a obra do autor.
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cesar ricardo tuponi