Romance de estreia de Ocean Vuong é publicado no Brasil
Lançado pela editora Rocco, “Sobre a terra somos belos por um instante” conta detalhes sobre a relação entre uma mãe solteira e seu filho
Aclamado pela crítica e pelo público norte-americano, Sobre a terra somos belos por um instante acaba de ser publicado no Brasil pela editora Rocco. O romance marca a estreia de Ocean Vuong na ficção e apresenta um relato autobiográfico do escritor vietnamita-americano sobre família, um primeiro amor e a força da narrativa.
Uma carta escrita para uma mãe que não sabe ler. É assim que somos introduzidos na história de Sobre a Terra Somos Belos por um Instante. Aos 30 anos, o palestrante Little Dog decide redigir para a sua mãe e, jamais poderia imaginar que, com esse ato, desenterraria a história de sua família, que se iniciou no Vietnã, antes dele nascer e ir morar nos Estados Unidos.
Neste sentido, a carta funcionará como um portal para que certas verdades em sua vida, que até então permaneciam ocultas, sejam reveladas a sua mãe. Na mesma medida em que compartilha a história de amor entre uma mãe solteira e seu filho, o romance também expõe situações de exploração por conta de raça, classe e masculinidade.
Tanto sútil como contundente, o romance trata dos silêncios, mas também do poder contido na possibilidade de contar a sua própria história. Ao questionar-se sobre questões ligadas a vícios, violência, masculinidade e aos traumas que lhe atravessam, Ocean Vuong faz referência às pessoas que vivem presas em mundos diferentes e reflete a respeito dos caminhos que podem levar a uma cura coletiva para cada um de nós.
A autobiografia da minha mãe, Jamaica Kincaid
Xuela Claudette Richardson mora na ilha de Dominica e é filha de mãe caribenha e pai meio escocês e meio africano. Sua mãe morreu no parto e, ao nascer, Xuela precisará encontrar o seu lugar no mundo sem o auxílio materno. Em A autobiografia da minha mãe, Jamaica Kincaid explora todos os paradoxos na trajetória de uma mulher que é ao mesmo tempo o testamento da mãe que ela nunca conheceu, da mãe que ela nunca se permitiu ser e dos filhos que ela se recusou a ter.
As mais belas coisas do mundo, Valter Hugo Mãe
Em As Mais Belas Coisas do Mundo, um neto reconstitui as memórias que guarda do avô, lembrando de seus ensinamentos e a maneira como ele provocava sua curiosidade na investigação dos sentimentos das pessoas. Este é um pequeno conto de Valter Hugo Mãe que, a partir da perspectiva infantil, examina o que seriam as mais belas coisas do mundo.
Em Nome dos Pais, Matheus Leitão
Em Nome dos Pais apresenta o resultado das investigações a respeito da condenação e das sessões de tortura a que os pais de Matheus Leitão foram submetidos durante a ditadura militar no Brasil. Mais do que uma história sobre pais e filhos, o livro resgata a história de um país que ainda reluta em acertar as contas com um passado obscuro.
O ar que me falta, Luiz Schwarcz
Em O ar que me falta, Luiz Schwarcz recupera memórias de sua família, que abandonou tudo para fugir do terror nazista. Neste livro, o autor constrói um sensível e detalhado relato de como a depressão e os traumas podem tirar o fôlego de qualquer um e permanecer vivos na existência mesmo daqueles que aparentam ter uma trajetória de sucesso.
O filho da mãe, Bernardo Carvalho
Em O Filho da Mãe, Bernardo Carvalho aborda o sentimento de orfandade, de desamparo e desajuste, através de um multiplicidade de vozes e pontos de vista sobre a sua representação mais crua, a guerra. Ambientado na Segunda Guerra da Tchetchênia, o romance de Carvalho volta-se à figura da mãe, ao tema da maternidade. Do Oiapoque ao Nieva, de Grozni ao mar do Japão, chegam os estilhaços desses dramas nucleares de mães culpadas, filhos extraviados e pais tirânicos ou ausentes.
Você já tinha ouvido falar neste livro?
- Os 70 anos de Ana Cristina Cesar - 06.06.2022
- 9 livros para presentear no Dia dos Namorados - 01.06.2022
- 7 livros para conversar com as crianças sobre desigualdades - 31.05.2022