Veja 11 livros para ler no fim do ano
Já estamos no fim de 2020, mas ainda há tempo de conhecer obras incríveis até dezembro. Veja as sugestões e boa leitura!
De ficção a biografias e infantojuvenis, 2020 está sendo marcado por grandes lançamentos literários. Que tal conhecer alguns desses livros incríveis no fim de ano? Para ajudar você, selecionamos obras nacionais e internacionais que merecem ser lidas nos próximos dois meses.
Entre os títulos da lista estão A vida não é útil, de Ailton Krenak, Suíte Tóquio, de Giovanna Madalosso, e Narciso em férias, de Caetano Veloso.
Suíte Tóquio, de Giovanna Madalosso
É uma manhã qualquer quando Maju atravessa a praça ao lado de Cora. Puxando a garota pelo braço, ela passa sorrateiramente pelo exército branco, sobe a avenida, pega um ônibus e desaparece. Exército branco foi o nome que Fernanda, mãe de Cora, deu às babás que todos os dias lotam a praça daquele bairro de classe alta com as crianças de seus patrões. Nos últimos tempos, no entanto, a babá e a filha parecem tão anônimas para Fernanda quanto as outras. Afundada numa crise pessoal, ela demora a perceber que Maju e Cora sumiram sem dar notícias. Ao longo do dia, tudo vai desabando. De um lado, Fernanda lida com o fracasso de seu casamento. Enquanto isso, Maju vai até a rodoviária e desaparece num ônibus com Cora. Neste romance pé na estrada, Giovana Madalosso coloca para girar, com força e fluidez, a vida dessas personagens que parecem eternamente em busca — de ternura, redenção, sexo, qualquer coisa que possa movê-las de onde estão.
Solução de dois estados, de Michel Laub
Uma cineasta alemã marcada por um trauma prepara um documentário sobre a violência brasileira. Os principais entrevistados são dois irmãos: Raquel, artista de 130 kg cujo trabalho se baseia em episódios que a levaram a detestar o próprio corpo, e Alexandre, empresário que atua no ramo fitness na periferia de São Paulo. Ambos foram escolhidos por causa da repercussão mundial de uma agressão que Raquel sofreu, no início de 2018, durante um debate sobre arte e política num hotel da capital paulista.
Diante das câmeras, os segredos dessa história íntima que envolve bullying de adolescência, uma disputa por herança e diferentes visões sobre temas como sexo, religião e responsabilidade individual são pontuados por flashes da história recente do país.
A bailarina da morte, de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling
No início do século XX, uma doença chegou ao Brasil a bordo de navios vindos da Europa. A gripe espanhola, como ficou conhecida a explosão pandêmica de uma mutação particularmente letal do vírus H1N1, matou dezenas de milhares de pessoas no país e cerca de 50 milhões no mundo inteiro. Altamente contagiosa, a moléstia atingiu todas as regiões brasileiras. Paralisou a economia e desnudou a precariedade dos serviços de saúde. Disputas políticas e atitudes negacionistas de médicos e governantes potencializaram o massacre, que vitimou sobretudo os pobres.
A vida é curta, que seja ótima!, de Dale Carnegie
Em A vida é curta, que seja ótima!, você aprenderá a lidar com dificuldades, estresse e conflitos enfrentados no dia a dia e também conseguirá perceber e valorizar o que é realmente importante e gratificante na sua vida. Através dos princípios estabelecidos por Dale Carnegie, os quais foram ampliados por seus sucessores e aplicados por milhões de seguidores, o leitor será capaz de reprogramar seu mindset. Você será capaz de planejar sua maneira de agir de acordo com a variedade de situações que encontra na vida.
Comunhão do sangue, de Anne Rice
Neste 3º volume das histórias de Lestat, o príncipe dos vampiros, de forma íntima e direta, ele dirige-se à tribo dos vampiros para contar-lhes sobre sua origem – todo o seu caminho do começo ao fim – , sobre como foi criada a Comunhão do Sangue e como ele, Lestat, se transformou no príncipe dos vampiros. Na história, Lestat trava uma batalha sangrenta contra o misterioso demônio Rhoshamandes, que ameaça destruir todo o mundo vampiro. De forma cativante, Lestat leva-nos das torres e ameias do castelo de seus antepassados nas montanhas nevadas da França até o interior da viçosa Louisiana, com suas fragrâncias marcantes de magnólias e jasmins-da-noite; dos locais mais remotos em ilhas intocadas no Pacífico até a cidade de São Petersburgo no século XVIII e a corte da imperatriz Catarina.
A vida não é útil, de Ailton Krenak
Em reflexões provocadas pela pandemia de Covid-19, o pensador e líder indígena Ailton Krenak volta a apontar as tendências destrutivas da chamada “civilização”: consumismo desenfreado, devastação ambiental e uma visão estreita e excludente do que é a humanidade. Um dos mais influentes pensadores da atualidade, Ailton Krenak vem trazendo contribuições fundamentais para lidarmos com os principais desafios que se apresentam hoje no mundo: a terrível evolução de uma pandemia, a ascensão de governos de extrema-direita e os danos causados pelo aquecimento global. Crítico mordaz à ideia de que a economia não pode parar, Krenak provoca: “Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do Banco Central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, com a economia deles. Ninguém come dinheiro”.
Narciso em férias, de Caetano Veloso
Na madrugada do dia 27 de dezembro de 1968, duas semanas depois de o governo decretar o AI-5, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram retirados dos apartamentos onde moravam, no centro de São Paulo, e levados em uma caminhonete ao Rio de Janeiro. Conduzidos por policiais à paisana, eles foram presos sem nenhuma justificativa. Em Narciso em férias, volume avulso do capítulo homônimo de Verdade tropical, Caetano Veloso relata o impacto brutal que os 54 dias vividos no cárcere deixariam em sua vida — não apenas pela dimensão política, mas também pela perspectiva psicológica e artística. Esta edição inclui uma seção com registros do processo aberto pela ditadura militar contra o cantor e compositor.
E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas, de Emicida
Uma menina tem medo da escuridão. Quando chega a noite, vem a preocupação e a ansiedade: afinal, o que o escuro pode esconder? O que ela nem imagina é que, do outro lado, a escuridão também é uma menina ― cujo maior medo é a claridade, e todo tipo de coisa que se revela quando nasce o sol. Em seu segundo livro, Emicida faz uso da narrativa poética e ritmada, para explorar um tema que nos acompanha durante toda a vida: o medo do desconhecido.
Um outro Brooklyn, de Jacqueline Woodson
A história de Augusta começa em 1973, quando ela se muda para o Brooklyn — um enclave multicultural de Nova York com uma dinâmica comunidade afro-americana. Lá, ela descobre o poder e o conforto da amizade feminina, enfrentando a transição da adolescência para a vida adulta. Para Augusta e suas três amigas — Sylvia, Angela e Gigi — o Brooklyn era um lugar onde garotas bonitas, talentosas, alegres e brilhantes pareciam enxergar um futuro luminoso. Mas sob o verniz da esperança havia um outro Brooklyn, um lugar verdadeiramente perigoso em que homens mais velhos procuravam meninas em corredores escuros de prédios populares, fantasmas assombravam à noite e mães desapareciam de um dia para outro.
Um dia chegarei a Sagres, de Nélida Piñon
A autora nos oferece um épico poderoso, passado no século XIX, em um Portugal profundo, produto da fé na tradição oral e na cultura da memória. Nélida move-nos pela terra, pelo chão que é também rio, até que a estrada seja o mar. A viagem – o lançar-se – é destino daquele povo. A represa – um mar inteiro a atravessar – é Vicente. O avô. Aquele que criou Mateus, filho da meretriz e neto de pai desconhecido. Um neto que encarna o campo português. Na trama íntima, plena de pujança, essas relações, em que a secura de gestos e palavras se impõe, Nélida Piñon faz desaguar alguns dos elementos que compõem o imaginário de sua ficção: não apenas a aldeia, mas o universo da aldeia; não apenas os animais, mas a sacralidade dos animais; não apenas Deus, mas a presença de Deus
Miss Davis, de Sybille Titeux de La Croix
Angela Davis é uma das maiores ativistas do nosso tempo. Sua história de vida e sua luta pelos direitos civis nos Estados Unidos a converteram em um símbolo do movimento negro e do feminismo. Nesta incrível biografia em HQ, Sybille Titeux de la Croix ― acompanhada pelos brilhantes traços de Amazing Ameziane ― refaz a jornada de Miss Davis, desde sua infância no Alabama, marcada pela segregação racial e pelos ataques da Ku Klux Klan, até sua saída da prisão em 1972, na Califórnia, após uma enorme mobilização mundial pela sua libertação.
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