“Bom dia, Verônica”: suspense denuncia o feminícidio no Brasil
Inspirada no thriller de Raphael Montes e Ilana Casoy, “Bom Dia, Verônica” é a primeira produção da Netflix adaptada de uma ficção policial brasileira
Bom Dia, Verônica é uma das novas produções brasileiras da Netflix. Lançada na quinta-feira (2) na plataforma de streaming, a série de oito episódios é uma adaptação do thriller escrito pelo autor Raphael Montes e a criminóloga Ilana Casoy, sob o pseudônimo Andrea Killmore. Assim como no livro, a produção dirigida por José Henrique Fonseca e roteirizada por Raphael e Ilana, acompanha a trajetória de Verônica Torres (Tainá Muller), uma escrivã de polícia que mergulha nas investigações de dois crimes.
O primeiro caso trata-se do suicídio de uma mulher que, após ser engada por um golpista que conheceu na Internet, foi vítima do golpe do “Boa noite, Cinderela”. O segundo tem a ver com a história de Janete (Camila Morgado), uma mulher que é vítima de violência doméstica e vive em um relacionamento abusivo com o tenente da Polícia Militar e serial killer, Brandão (Eduardo Moscovis).
Assim como no livro, publicado em 2016 pela DarkSide Book, a série da Netflix se passa na cidade de São Paulo e deixa bastante clara a sua postura crítica no que diz respeito ao modo como o estupro, a violência contra a mulher e o feminicídio são tratados pela justiça brasileira. Vale lembrar aqui que o Brasil é o quinto entre os países que mais matam mulheres no mundo.
Além disso, “Bom Dia, Verônica” também mergulha no debate sobre outras questões urgentes por aqui, como a corrupção policial, o abuso de poder e, claro, o machismo estrutural, que oprime homens e mulheres no país. Em uma mistura de suspense com investigação, a série brasileira promete ser um sucesso, assim como o thriller, que chegou a vender 10 mil cópias em sua primeira tiragem.
A Prova é a Testemunha, Ilana Casoy
Em A Prova é a Testemunha, a criminóloga Ilana Casoy acompanha o Caso Isabella Nardoni durante dois anos e registra tudo o que se passou durante o júri. No livro, a especialista revela de maneira detalhada e contundente o embate entre Defesa e Acusação, mostrando tudo o que se passou dentro do Tribunal até que se desse o veredicto.
A Sangue Frio, Truman Capote
A Sangue Frio narra detalhes sobre o assassinato da família Clutter, em Holcomb, Kansas. No livro, Truman Capote fala tanto sobre a vida do fazendeiro Herbert Clutter, de sua esposa Bonnie e dos filhos Nancy e Kenyon, como reconstrói a trajetória dos assassinos Perry Smith e Dick Hikcock, que planejaram matar a família acreditando que se apropriariam de sua fortuna, mas não encontraram o que esperavam.
A Vela do Demônio, Karin Fossum
Em A vela do demônio, Andreas e Zipp, dois jovens moradores de uma cidade portuária, vivem em busca de dinheiro fácil e rápido. Em um de seus assaltos, roubam a bolsa de uma mulher que empurrava o carrinho do seu bebê. Porém, nenhum dos dois percebe que, assustada com a situação, a vítima do assalto largou o acidentalmente o carrinho, que rolou por uma ladeira e matou o bebê.
Bom Dia, Verônica, Raphael Montes e Ilana Casoy (Andrea Killmore)
No thriller Bom dia, Verônica, acompanhamos a trajetória de Verônica Torres, uma secretária da polícia que, na mesma semana, presencia o suicídio de uma jovem e recebe a ligação de uma mulher desesperada por sua vida. Diante dessas situações, Verônica embarca na investigação dos dois crimes e é surpreendida ao descobrir um mundo perverso e irreal que precisa ser confrontado.
Uma mulher no escuro, Raphael Montes
Uma mulher no Escuro narra a história de uma jovem que, após presenciar um crime bárbaro que matou a sua família, vive solitária, com pesadelos frequentes e grandes dificuldades para se relacionar. Distante das pessoas, ela vive a observar a vida alheia pelas janelas do apartamento onde mora, na Lapa, bairro central do Rio de Janeiro.
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