12 livros para você indicar aos amigos
Nada melhor do que sugerir aquelas obras incríveis a quem a gente ama, né? Confira a nossa lista de indicações!
Existe sensação melhor do que ler um livro incrível e depois indicá-lo aos amigos? Boas leituras, independentemente do gênero literário, merecem ser disseminadas por aí. Para ajudar você, selecionamos títulos para serem sugeridos aos seus parentes, amigos e conhecidos.
A lista inclui obras para todos os gostos, desde biografia, como Na minha pele, de Lázaro Ramos, até HQ, como Angola Janga, de Marcelo D’Salete, e romances, como Se Deus me chamar, não vou, de Mariana Salomão Carrara. Confira a seleção completa!
Se Deus me chamar, não vou, de Mariana Salomão Carrara
Quem vai te contar essa história é uma criança de 11 anos. O olhar fresco e bem humorado de quem ainda vê a vida como mistério está aqui, mas vá por mim: não subestime a solidão de Maria Carmem. A aprendiz de escritora, enfrentando as angústias da “pior idade do universo”, irá te provar que é possível, sim, que uma menina seja mais solitária do que um velho. Ao menos uma menina que, como ela, cresce e cria suas perguntas entre os objetos de uma “loja de velhos”. Ali elas já nascem antigas, frescas e pesadas, doce feito da mais dura poesia. Maria Carmem nasceu no fim. Sendo assim, do que interessa a idade?
O avesso da pele, de Jeferson Tenório
Um romance sobre identidade e as complexas relações raciais, sobre violência e negritude, O avesso da pele é uma obra contundente no panorama da nova ficção literária brasileira. É a história de Pedro, que, após a morte do pai, assassinado numa desastrosa abordagem policial, sai em busca de resgatar o passado da família e refazer os caminhos paternos. Com uma narrativa sensível e por vezes brutal, Jeferson Tenório traz à superfície um país marcado pelo racismo e por um sistema educacional falido, e um denso relato sobre as relações entre pais e filhos. O que está em jogo é a vida de um homem abalado pelas inevitáveis fraturas existenciais da sua condição de negro em um país racista, um processo de dor, de acerto de contas, mas também de redenção, superação e liberdade.
Torto arado, de Itamar Vieira Júnior
Um livro comovente que traz a herança dos clássicos. Bibiana e Belonísia são filhas de trabalhadores de uma fazenda no Sertão da Bahia, descendentes de escravos para quem a abolição nunca passou de uma data marcada no calendário. Intrigadas com uma mala misteriosa sob a cama da avó, pagam o atrevimento de lhe pôr a mão com um acidente que mudará para sempre as suas vidas, tornando-as tão dependentes que uma será até a voz da outra. Porém, com o avançar dos anos, a proximidade vai desfazer-se com a perspectiva que cada uma tem sobre o que as rodeia: enquanto Belonísia parece satisfeita com o trabalho na fazenda e os encantos do pai, Zeca Chapéu Grande, entre velas, incensos e ladainhas, Bibiana percebe desde cedo a injustiça da servidão que há três décadas é imposta à família e decide lutar pelo direito à terra e a emancipação dos trabalhadores.
A vida mentirosa dos adultos, de Elena Ferrante
A escritora Elena Ferrante narra os conflitos da adolescência em uma cidade dividida As mudanças no rosto de Giovanna anunciam o início da adolescência e não passam despercebidas em casa. Dois anos antes de abandonar a família e o confortável apartamento no centro de Nápoles, Andrea não se dá conta do que sentencia quando sussurra para a esposa que a filha é muito feia. Essa feiura estética, mas que também indica uma possível falha de caráter, recai sobre Giovanna como uma herança indesejável de Vittoria, a irmã há muito renegada por Andrea. Aos 12 anos, a menina vê um rosto no espelho e, embora não compreenda a fundo o peso daquela comparação, sente que algo está irremediavelmente à beira de um abismo. O amor e a proteção oferecidos pelo lar são as primeiras estruturas a desmoronar quando Giovanna decide conhecer a mulher que pode encarnar seu futuro.
Morra, amor, de Ariana Harwicz
Em uma região esquecida do interior da França, uma mulher luta contra seus demônios: ao mesmo tempo que abraça a exclusão, deseja pertencer; que almeja a liberdade, sente-se aprisionada; que anseia pela vida familiar, quer botar fogo na casa. Casada e mãe de um bebê, ela se sente cada vez mais sufocada e reprimida, apesar de o marido aceitar seu estranho comportamento. A condição feminina, a banalidade do amor, os terrores do desejo, a maternidade e a brutalidade inexplicável “de levar seu coração com o outro para sempre” – esse romance aborda todas essas questões com uma intensidade crua e até mesmo selvagem.
Anne de Green Gables, de Lucy Maud Montgomery
Tudo parecia confortável demais na vida dos irmãos Matthew e Marilla Cuthbert, proprietários da fazenda Green Gables, mas o coração de Matthew começou a dar sinais de que a idade havia chegado. Em razão disso, decidiram, após muita ponderação, adotar um menino de uns 11 anos, para que pudesse ajudar Matthew nos afazeres diários e receber uma educação apropriada. No entanto, a mão da Providência já havia agido em suas vidas e, por um erro de comunicação, uma menina ruiva, sardenta e tagarela chamada Anne foi enviada no lugar do desejado menino. Tão logo chegou a Green Gables, Anne soube do engano, mas com sua imaginação fértil e conversa afiada já havia conquistado a afeição de Matthew.
Essa gente, de Chico Buarque
Autor de um romance histórico que fez furor nos anos 1990, o escritor Manuel Duarte passa por um deserto criativo e sentimental. Dividido entre várias ex-mulheres, espartilhado por pesadas dívidas, surpreendido por um filho de quem vai aprendendo a ser pai, Manuel Duarte bate perna nas ruas do Leblon no intervalo das horas em frente ao teclado, desesperando por um novo livro. O pano de fundo é um Rio de Janeiro que sangra e estrebucha sob o flagelo de feridas sociais a cada dia mais ostensivas; cenário maior onde se desenrolam as feridas individuais daspersonagens, que juntas compõem um diário em que se procura fazer sentido do tumulto do presente.
Enfim, capivaras, de Luísa Geisler
A autora Luisa Geisler narra uma aventura inusitada de cinco jovens em busca de uma capivara perdida. A cidade no interior de Minas Gerais para onde Vanessa se mudou é o tipo de lugar onde anunciam os horários do cinema e os obituários com o mesmo carro de som. Nada de muito interessante acontece por lá, a não ser para Binho, que, segundo ele mesmo, tem várias namoradas e conhece um monte de cantores sertanejos famosos. A verdade é que Binho é um mentiroso contumaz e agora passou dos limites: inventou que tem uma capivara de estimação. Cansados das histórias cada vez mais mirabolantes do garoto, Vanessa se junta aos amigos ― Léo, Nick e Zé Luís ― para desmascará-lo. E eles estão decididos a ir até as últimas consequências.
Redemoinho em dia quente, de Jarid Arraes
Uma das principais vozes da literatura contemporânea, Jarid Arraes traz um livro de contos sobre mulheres brasileiras que não se encaixam em padrões e desafiam expectativas. Focando nas mulheres da região do Cariri, no Ceará, os contos de Jarid desafiam classificações e misturam realismo, fantasia, crítica social e uma capacidade ímpar de identificar e narrar o cotidiano público e privado das mulheres.
Na minha pele, de Lázaro Ramos
Lázaro Ramos compartilha episódios íntimos de sua vida, além de dúvidas, descobertas e reflexões a respeito de temas como ações afirmativas, empoderamento, afetividade e discriminação racial. Ao longo das páginas do livro, Lázaro ressalta ainda a importância do diálogo e de uma mudança de conduta para que possamos construir um mundo marcado pela pluralidade cultural, racial, étnica e social.
Angola Janga, de Marcelo D’Salete
Angola Janga, “pequena Angola” ou, como dizem os livros de história, Palmares. Por mais de cem anos, foi como um reino africano dentro da América do Sul. E, apesar do nome, não tão pequeno: Macaco, a capital de Angola Janga, tinha uma população equivalente a das maiores cidades brasileiras da época. Formada no fim do século XVI, em Pernambuco, a partir dos mocambos criados por fugitivos da escravidão, Angola Janga cresceu, organizou-se e resistiu aos ataques dos militares holandeses e das forças coloniais portuguesas. Tornou-se o grande alvo do ódio dos colonizadores e um símbolo de liberdade para os escravizados. Seu maior líder, Zumbi, virou lenda e inspirou a criação do Dia da Consciência Negra.
Prazer em queimar, de Ray Bradbury
Autor do clássico Fahrenheit 451, Ray Bradbury tinha 15 anos quando Hitler mandava queimar livros em praça pública, na Alemanha. Foi ali que ele percebeu que os livros que tanto amava estavam em perigo. Anos depois, este luto se transformou em uma ideia: escrever sobre uma sociedade em que os livros fossem proibidos, e os bombeiros, em vez de apagar o fogo, recebessem a missão de queimá-los. Prazer em queimar é leitura obrigatória para os fãs da clássica distopia. Neste livro estão reunidos 16 contos: 13 que foram escritos antes de Fahrenheit 451 e mais três histórias escritas depois.
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