Você conhece a área de Museologia?
Museólogos são responsáveis pela classificação, exposição e conservação de itens históricos e culturais. Conheça mais sobre o setor!
Você sabia que o Dia do Museólogo é comemorado em 18 de dezembro? A data foi criada em 2005, com o objetivo de homenagear todos os museólogos do Brasil. Os profissionais são responsáveis por supervisionar museus, conduzir pesquisas sobre patrimônio, além de classificar, expor e conservar de itens históricos e culturais no país. Para formar-se na área, os estudantes devem cursar bacharelado ou licenciatura durante cinco anos.
Em entrevista ao Estante Blog, Paula Nunes, museóloga da Secretaria de Estado de Cultura do Espírito Santo, debate sobre a importância do setor e a atual situação da área no Brasil. Confira a entrevista completa e alguns dos principais livros sobre o assunto!
1 – Como você vê o mercado de museologia no Brasil hoje? O que é preciso mudar?
Nós vivemos, na última década, um boa projeção da área no mercado de trabalho, com a abertura de campos até então com pouca presença do museólogo, como por exemplo, a atuação em ateliês de artistas no registro, na conservação e no acompanhamento de montagem de suas obras. Mas a maioria dos trabalhos ainda se encontram no serviço público ou por meio de projetos com prazos determinados. Acredito que uma mudança necessária é uma maior compreensão do campo de atuação do museólogo, que está muito além das paredes de um museu, perpassando desde o patrimônio cultural e sua preservação até o uso de metodologias participativas que promovam a sensibilização para o empoderamentos das comunidades por meio de sua memória.
2 – Como você descobriu a área e quando começou sua paixão por essa profissão?
Eu descobri a Museologia por meio do meu pai, que sempre gostou muito de história e comentou em algum momento da minha vida sobre este curso. Sempre fui uma criança que amava história e era encantada sobre como isso era transmitido para as pessoas. Já quis ser egiptóloga, paleontóloga, até que optei por fazer vestibular para Museologia e me apaixonei desde o 1º Período da graduação. Ao longo da faculdade, meus interesses dentro da Museologia foram mudando. Iniciei querendo trabalhar com restauração, mas me encaminhei mais para a relação dos museus e a comunidade, sua função social e seu potencial para transformar realidades. Depois que ingressei no mercado do trabalho, só tive mais certeza de que realmente é isso que quero para a minha vida!
3 – Como estimular os jovens a procurarem essa área?
A graduação em Museologia permite a atuação em diferentes áreas que trabalham com Patrimônio Cultural, não apenas dentro de um museu. A partir do momento que um jovem tem interesse em trabalhar memória e patrimônio, é inevitável que a Museologia surja como uma opção possível, considerando sua grade curricular que contempla diferentes áreas, como história, antropologia, comunicação e artes.
O patrimônio em processo, de Maria Cecília Londres
A constituição de patrimônios históricos e artísticos nacionais é uma prática característica dos Estados modernos que, através de determinados agentes recrutados entre os intelectuais e com base em instrumentos jurídicos específicos, delimitam um conjunto de bens no espaço público. Pelo valor que lhes é atribuído enquanto manifestações culturais e enquanto símbolos danação esses bens possam a ser merecedoras de proteção visando a sua transmissão para as gerações futuras.
A alegoria do patrimônio, de Françoise Choay
Nem seu valor cognitivo e artístico, nem o fato de constituir uma atração em nossa sociedade de lazer o explicam satisfatoriamente. A busca de uma resposta que envolva de forma mais profunda o caráter dessa herança em sua relação com a história, a memória e o tempo, passa, para Françoise Choay, por uma volta às origens, uma arqueologia dos conceitos de monumento e de patrimônio histórico. Essa investigação, que abrange mais de cinco séculos, esclarece o atual culto do patrimônio e seus excessos, e investiga seus laços profundos com a crise da arquitetura e das cidades.
O museu desaparecido
Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas criaram uma rede destinada ao roubo sistemático de museus e coleções privadas de toda a Europa e à transferência das obras subtraídas para a Alemanha para aumentar os acervos do museu de arte europeu que Hitler planejava formar. Héctor Feliciano teve acesso a documentos e entrevistou pessoas vinculadas com o espólio, para investigar o destino da arte roubada.
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