Dia do repórter: 9 livros-reportagem que todos deveriam conhecer
Obras aprofundam histórias e narrativas da nossa sociedade. Veja a seleção completa e boa leitura!
Apurar, fazer ligações, entrevistar personagens, escrever, revisar, editar, filmar vídeos, tirar fotos e publicar nas redes sociais. Além de deixar a rotina de um repórter mais corrida, a convergência de mídias online e offline proporciona maior divulgação de informações no dia a dia aos leitores. Apesar dessa transformação, as grandes reportagens ainda se sobressaem no jornalismo.
Com uma linguagem mais literária, os livros-reportagem ajudam a aprofundar histórias e narrativas urgentes da nossa sociedade. Nestas obras, conhecemos personagens anônimos e mazelas de diferentes lugares, para que os problemas não sejam esquecidos e não voltem mais a acontecer.
Para comemorar o Dia do Repórter, em 16 de fevereiro, selecionamos 10 títulos que todos deveriam conhecer, como livros dos consagrados jornalistas Eliane Brum, Daniela Arbex e Caco Barcellos. Veja a lista completa e boa leitura!
Rota 66 – A história da polícia que mata, de Caco Barcellos
Já consagrado pelo público e pela crítica, Rota 66 é um livro onde o autor desmonta a intricada rede que forma o “esquadrão da morte oficial” montado em São Paulo. Resultado de uma investigação meticulosa e audaciosa, a obra foi escrita por Caco Barcelos, que é correspondente internacional da Rede Globo e considerado um dos jornalistas de maior prestígio do Brasil.
O pior dos crimes: A história do assassinato de Isabella Nardoni, de Rogério Pagnan
Construído em ritmo de thriller, O pior dos crimes esmiúça o trágico caso que conseguiu estarrecer a opinião pública de um país rotineiramente violento. Em 29 de março de 2008, Isabella, de 5 anos, foi atirada ainda com vida pela janela do sexto andar do apartamento do pai, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte da capital paulista, e morreu pouco depois de chegar ao hospital.
A menina quebrada, de Eliane Brum
A menina quebrada reúne colunas da repórter Eliane Brum, na revista Época. Nestes textos, a jornalista pode escrever sobre a Amazônia profunda, como alguém que cobre a floresta desde os anos 90; ou pode provocar pais e filhos, com uma observação aguda das relações familiares marcadas pelo consumo; ou pode refletir sobre a ditadura da felicidade, que tanta infelicidade nos causa. O que não muda são a profundidade e a seriedade com que ela trata cada tema.
Richthofen – O assassinato dos pais de Suzane, de Roger Franchini
Quem não se lembra da jovem rica e bonita que planejou meticulosamente a morte dos pais? O caso da família Richthofen ganhou as páginas dos jornais e chegou à boca do povo, envolvendo a população neste que foi um dos crimes mais cruéis e conhecidos do país. Rogério Franchini revela de forma os bastidores da investigação policial, as suspeitas, as evidências, os responsáveis pelo inquérito e mesmo os chocantes depoimentos de Suzane e dos irmãos Cravinhos.
A sangue frio, de Truman Capote
Este é um dos principais clássicos do jornalismo. Truman Capote conta a história da morte de toda a família Clutter, em Holcomb, Kansas, e dos autores da chacina. Capote decidiu escrever sobre o assunto ao ler no jornal a notícia do assassinato da família, em 1959. Além de narrar o extermínio do fazendeiro Herbert Clutter, de sua esposa Bonnie e dos filhos Nancy e Kenyon, o livro reconstitui a trajetória dos assassinos.
Todo dia a mesma noite – A história não contada da Boate Kiss, de Daniela Arbex
Todo dia a mesma noite traz uma reportagem definitiva sobre a tragédia que abateu a cidade de Santa Maria em 2013. A obra relembra e homenageia os 242 mortos no incêndio da Boate Kiss. Neste livro, a jornalista Daniela Arbex reconstitui de maneira sensível e inédita os eventos da madrugada de 27 de janeiro de 2013. Foram necessárias centenas de horas dos depoimentos de sobreviventes, familiares, equipes de resgate e profissionais.
Indefensável: o goleiro Bruno e a história da morte de Eliza Samudio, de Leslie Leitão, Paula Sarapu e Paulo Carvalho
Escrita como thriller policial, a reportagem disseca a macabra trama planejada e calculada com rara frieza pelo então maior goleiro do Brasil, Bruno, do Flamengo, que resultaria na morte da jovem Eliza Samudio, em junho de 2010. Está tudo lá, desde a concepção da armadilha que capturaria a modelo, a execução do sequestro e o desaparecimento da jovem até o teatro dos julgamentos e a condenação dos responsáveis.
Notícias de um sequestro, de Gabriel García Márquez
Gabriel García Márquez fez uma pesquisa minuciosa antes de escrever este livro. Colheu depoimentos de dezenas de pessoas envolvidas no drama de sequestros ocorridos na Colômbia em 1990, inclusive um deles ocorrido com uma amiga próxima. Mesclando historias reais com ficção, o livro tem o objetivo de mostrar as diversas facetas da dramática situação da guerra do tráfico de drogas.
Hiroshima, de John Hersey
A bomba atômica matou milhares pessoas na cidade japonesa de Hiroshima, em agosto de 1945. Um ano depois, a reportagem de John Hersey reconstituía o dia da explosão a partir do depoimento de seis sobreviventes. O texto tomou a edição inteira da revista The New Yorker, uma das mais importantes publicações semanais dos Estados Unidos.
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