Dia da Educação: 10 clássicos mais pedidos no ENEM
Já começou a se preparar para o vestibular? Veja os livros que mais caem no exame segundo a lista da plataforma Acelere no ENEM
Anualmente, o dia 28 de abril marca as comemorações do Dia Mundial da Educação. A data foi criada durante o Fórum Mundial de Educação, realizado em Dakar, capital do Senegal, no ano 2000. Durante o evento, 164 países assumiram o compromisso de dar acesso à educação básica e secundária a todas as crianças e jovens até 2030. De lá para cá, o Dia da Educação tem o objetivo de conscientizar os cidadão a respeito da importância do acesso mundial à educação.
Aqui no Brasil, a educação continua a ser um dos grandes desafios enfrentados pelo país. De acordo com um estudo divulgado recentemente pelo Unicef, quase 1,4 milhão de crianças e jovens brasileiros entre 6 e 17 anos fora da escola. Neste cenário, organizações e iniciativas atuam em prol de fazer frente à atual situação educacional do país, a partir de ações que aproximem os estudantes de uma educação de qualidade. A plataforma Acelere no Enem faz parte deste grupo de mobilizações e, desde 2020, conecta mais de 580 mil estudantes aos estudos para o vestibular.
Em homenagem ao Dia da Educação, a equipe do Acelere no Enem selecionou os dez livros clássicos que costumam cair com frequência no Exame Nacional do Ensino Médio – prova que, neste ano, será realizada no país entre os dias 13 e 20 de novembro. Já começou a se preparar para o vestibular? Conheça a lista e aproveite as leituras!
Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
Neste clássico de Machado de Assis conhecemos Brás Cubas, um homem rico e solteiro que, depois de morto, resolve dedicar-se à tarefa de narrar a sua própria vida. De sua infância, Cubas registra apenas o contato com um colega de escola, Quincas Borba, e o seu próprio mau comportamento. Da juventude e vida adulta, ele resgata o envolvimento com Marcela e ainda fala sobre a sua vida dedicada à carreira política, exercida com nenhum talento ou paixão.
Dom Casmurro, Machado de Assis
Conhecido por levantar uma das maiores polêmicas da literatura brasileira, Dom Casmurro trata da trajetória de Bento Santiago, a partir das lembranças de sua infância na Rua de Matacavalos e da história de amor e desventuras que viveu com Capitu. Ao longo da narrativa, Bentinho revela-se um homem perturbado pelo ciúme diante da possibilidade de adultério da mulher com “olhos de ressaca” e o colega Escobar.
Iracema, José de Alencar
Publicado em 1865, Iracema acompanha o amor de um branco, Martim Soares Moreno, pela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel. A relação do casal serve no livro de José de Alencar como uma alegoria para a formação da nação brasileira. A índia Iracema representa a natureza virgem e a inocência enquanto o colonizador Martim representa a cultura europeia. Da junção dos dois surgirá a nação brasileira representada alegoricamente pelo filho do casal, Moacir (filho da dor).
Vidas Secas, Graciliano Ramos
Publicado em 1938, Vidas secas acompanha a vida da família de Fabiano e Sinha Vitória, seus dois filhos do casal e a cachorrinha Baleia enquanto fogem do sertão em busca de oportunidades. No livro, o que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e de um futuro melhor.
Capitães de Areia, Jorge Amado
O romance de formação de Jorge Amado narra a história de meninos pobres e infratores que vivem em um cais na praia de Salvador, na Bahia. Com críticas à miséria e ausência de oportunidades para tantos jovens no país, o autor nos aproxima dos capitães da areia, liderados por Pedro Bala, e nos contagia com o intenso desejo de liberdade do grupo de garotos.
O Cortiço, Aluísio de Azevedo
Publicado em 1890, O cortiço é também uma denúncia ainda muito atual das condições de vida das classes populares, que vivem espremidas em lugares insalubres e são exploradas por patrões gananciosos. A ascensão social do português João Romão é contada com objetividade científica. Outros personagens, como Miranda e Zulmira, também são examinados no microscópio de Aluísio Azevedo. O choque da mentalidade do Velho Mundo com a exuberância do Brasil é representado pela relação entre os personagens e o meio (físico, social e geográfico) em que vivem.
Macunaíma, Mário de Andrade
Macunaíma conta a história do famoso “herói sem caráter” que nasce na floresta e percorre o país atrás de seu amuleto, a muiraquitã. Através de uma narrativa repleta de oralidade, Mário de Andrade revela aos autores as mil e uma peripécias do protagonista em meio a um Brasil mitológico e folclórico.
A Hora da Estrela, Clarice Lispector
Lançado pouco antes de sua morte, a obra de Clarice Lispector narra os momentos em que o escritor Rodrigo S. M. cria a história de Macabéa, uma alagoana órfã, virgem e solitária, levada ao Rio de Janeiro por uma tia tirana. A Hora da Estrela é, no fim das contas, uma despedida de Clarice, que põe um pouco de si nas personagens de Rodrigo e de Macabéa.
Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada, Carolina Maria de Jesus
Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada é o diário de Carolina Maria de Jesus. Moradora da comunidade do Canindé, em São Paulo, e mãe de três filhos, Carolina registra a sua rotina como catadora de papel e revela aos leitores um sensível e contundente relato da dura realidade vivida na periferia da capital paulista.
Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa
Um clássico da literatura brasileira, Grande sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa parte do sertão de Minas Gerais para analisar questões universais que atravessam a alma humana, como o amor, o sofrimento, a violência, a força e a alegria.
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