Veja os 6 melhores autores modernistas
Para celebrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna, selecionamos alguns dos principais escritores do movimento para você conhecer
A Semana de Arte Moderna completa 100 anos em 2022. O evento foi fundamental para o fortalecimento do modernismo no país, que revelou grandes autores e artistas da cultura nacional. A partir de 1922, o movimento teve três fases que eram caracterizadas, principalmente, pela quebra das tradições daquela época.
Para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna, que tal conhecer livros de autores que foram essenciais para o movimento modernista? Entre eles não poderiam faltar Oswald de Andrade e Mário de Andrade, dois escritores que criaram o evento. Confira a seleção completa e escolha sua próxima leitura!
Memórias sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade
Um dos mais ousados romances brasileiros de todos os tempos, “Memórias sentimentais de João Miramar” é a exacerbação da genialidade de Oswald de Andrade (1890-1954), um escritor que ainda hoje suscita controvérsias, pela paixão com que abraçou as causas nas quais acreditava. O filho dileto da aristocracia cafeeira paulista haveria de se transformar em sincero comunista, chegando ao final da vida sem dinheiro sequer para pagar seu tratamento de saúde. O boêmio amigo dos últimos parnasianos e decadentistas, que começou escrevendo peças em francês, se tornaria o mais radical militante da causa modernista, findando sua carreira com um painel em prosa da formação da sociedade brasileira. E isso sem falar de sua poesia e de seu teatro.
Macunaíma, de Mário de Andrade
Resultado de anos de pesquisas sobre a cultura brasileira, é considerado um dos livros mais importantes da literatura brasileira. Macunaíma é o herói sem caráter, símbolo de um povo que não descobriu sua identidade. Uma releitura do folclore, das lendas e mitos do Brasil, escrita numa linguagem popular e oral, tida por seu autor como a verdadeira língua do país.
O quinze, de Rachel de Queiroz
A história se dá em dois planos: um enfocando o vaqueiro Chico Bento e sua família; o outro, a relação afetiva entre Vicente, rude proprietário e criador de gado, e Conceição, sua prima culta e professora. Conceição é apresentada como uma moça amante dos livros e com tendências feministas e socialistas. O período de férias, ela passava na fazenda da família com a avó Mãe Nácia, no Logradouro, perto do Quixadá, onde morava seu primo Vicente. Com o advento da seca, a família de Mãe Nácia decide ir para cidade e deixar Vicente cuidando de tudo, resistindo. No segundo plano, Rachel apresenta a marcha trágica do vaqueiro Chico Bento com sua mulher e seus cinco filhos, representando os retirantes. Ele é forçado a abandonar a fazenda onde trabalhava. Com algum dinheiro, mantimentos e um animal, ruma para o Norte, onde há a extração da borracha. No percurso, o filho mais novo morre envenenado e o mais velho desaparece.
Romanceiro da inconfidência, de Cecília Meireles
nspirada pelo Romanceiro Cigano, de Federico García Lorca, Cecília Meireles usou diversas formas e métricas poéticas para escrever os quase cem poemas que compõem o livro. Por ele desfilam personagens históricos que fizeram parte da Inconfidência, como, obviamente, Tiradentes, Tomás Antônio Gonzaga, Manuel da Costa e Joaquim Silvério entre outros, que, embora não tenham tomado parte direta no episódio histórico, são figuras destacadas na história das Minas Gerais, como Chico Rei e Chica da Silva.
Capitães da areia, de Jorge Amado
Verdadeiro romance de formação, o livro nos torna íntimos de suas pequenas criaturas, cada uma delas com suas carências e suas ambições: do líder Pedro Bala ao religioso Pirulito, do ressentido e cruel Sem-Pernas ao aprendiz de cafetão Gato, do sensato Professor ao rústico sertanejo Volta Seca. Com a força envolvente da sua prosa, Jorge Amado nos aproxima desses garotos e nos contagia com seu intenso desejo de liberdade.
Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade
Sentimento do mundo mostra o poeta mineiro atento aos acontecimentos políticos de sua época. Esse Drummond humanista lamenta que as pessoas mantenham olhos cerrados para o mundo, a ponto de permitir a violência — a Segunda Guerra Mundial e a ditadura getulista — e de trocar a compaixão pelo egoísmo de quem vive fechado em si mesmo ou em um “terraço mediocremente confortável” (“Privilégio do mar”). Tal responsabilidade coletiva se dá inclusive nos poemas em que o autor aborda temas mais pessoais, como “Revelação do subúrbio”, no qual um retorno a Minas Gerais o desperta para a tristeza da noite vista pela janela do carro.
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