Os 140 anos de James Joyce
Nascido em 1882, o autor de “Ulisses” é considerado como um dos maiores escritores do século XX. Conheça a trajetória do escritor irlandês!
Nascido em de fevereiro de 1882 na cidade de Dublin, na Irlanda, James Joyce foi um dos maiores escritores do século XX. Durante a sua carreira, publicou ensaios, poemas, contos e romances de grande importância na literatura mundial, como a obra “Ulisses”, que foi publicada no início da década de 1920 e é considerada fundadora do romance moderno.
Filho de uma rica família católica e o mais velho entre dez irmãos, Joyce recebeu uma educação rigorosa e foi formado com o apoio de padres jesuítas. As referências que teve na infância fizeram com que, em um primeiro momento, o escritor se aproximasse da literatura a partir de noções conservadoras, ligadas, sobretudo, ao realismo do norueguês Henrik Ibsen e dos simbolistas. O seu primeiro livro, “Música de Câmara”, lançado em 1907, deixa isso bem claro.
Na juventude, James Joyce teve experiências em Paris, na época em que estudou Medicina, e na Itália, onde atuava como professor de inglês. No entanto, com o início da Primeira Guerra Mundial, ele precisou refugiar-se na Suíça e lá ficou até o ano de 1920. Depois disso, Joyce passou a viver com dificuldades financeiras e tornou-se um andarilho. A sua volta ao país natal só se daria em dezembro de 1940, quando o escritor conseguiu uma permissão para morar em Zurique, cidade onde viveu até falecer, em 1941.
Em sua trajetória literária, o autor irlandês publicou diferentes tipos de obras, mas foi “Ulisses” o grande sucesso de sua carreira. Baseado nos episódios da Odisseia, de Homero, o romance de Joyce subverte a clássica linguagem narrativa e trabalha com teorias da psicanálise freudiana sobre o comportamento sexual. Por sua forma e conteúdo, o livro, que é considerado o primeiro romance moderno, chegou até a ser proibido no Reino Unido e nos Estados Unidos, onde só foi liberado em 1936.
Você já leu algum dos livros de James Joyce? Confira a lista!
De Santos e Sábios
De Santos e Sábios reúne ensaios de James Joyce sobre a Irlanda, a vida e a arte. A partir destes textos é possível observar aspectos políticos de sua obra, além da visão crítica e a teoria estética do escritor.
Dublinenses
Dublinenses constrói um retrato vívido da “boa e velha Dublin” do começo do século XX. O livro de contos de James Joyce decifra a vida da classe média católica da Irlanda, mas também lida com temas universais como decepções, frustrações e o despertar sexual.
Os Mortos
Os Mortos é uma história de Natal, de música, dança e mesa farta. O livro de James Joyce fala sobre os laços de família e de amizade, suas bênçãos e suas danações. Mas também fala de amor, de amores, das recordações de um amor do passado: fugaz, longínquo e perdido. É a história de um desejo mortal de posse e intimidade. Mas também de frustração, fúria e fracasso. Os Mortos é uma história sobre os vivos, sobre os que vão morrer e os que já morreram. É uma história sobre a vida.
Um Retrato do Artista Quando Jovem
Um retrato do artista quando jovem acompanha a infância e juventude de Stephen Dedalus, alter ego literário de James Joyce. O personagem, que teria lugar de destaque em “Ulysses”, aparece aqui como um jovem em busca de identidade, seja ela artística, política ou pessoal. A experiência num internato jesuíta, onde conhece a teoria estética de São Tomás de Aquino, transformará Dedalus e o colocará em contato com uma das mais belas epifanias artísticas já registradas num romance.
Ulisses
Inspirado na “Odisseia“ de Homero, Ulysses narra as aventuras de Leopold Bloom e seu amigo Stephen Dedalus em Dublin durante o dia 16 de junho de 1904. Como o Ulisses homérico, Bloom precisa superar diversos obstáculos e tentações até retornar ao apartamento na rua Eccles, onde sua mulher, Molly, o espera.
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