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Estante Entrevista: Livros indicados por Dani Mattos e Rachel Maia

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Durante a live, a empresária Rachel Maia e a consultora Dani Mattos falaram sobre mercado de trabalho no Brasil, acesso e diversidade

Na noite da quinta-feira (8), a co-fundadora e relações públicas da consultoria “Indique uma Preta”, Dani Mattos, e a empresária, consultora e ex-CEO da Lacoste no Brasil, Rachel Maia, foram as convidadas de mais um episódio do Estante Entrevista, a série de lives da Estante Virtual no Instagram.

Com o tema “Um olhar para o futuro”, a conversa mediada pelas jornalistas Cristina Aragão e Yasmin Lisboa debateu os desafios e as possibilidades a serem enfrentados pelo mercado de trabalho brasileiro nos próximos anos, principalmente quando se fala em acesso, diversidade e equidade de gênero e étnico-racial. Assista à live completa.

Mesmo que de forma empírica, essas pessoas estão antecipando o que pode vir a ser o futuro do mercado de trabalho no país.

Em 2020, o Brasil bateu recorde de desemprego, de acordo com o IBGE, chegando a uma taxa de 13,5% a maior já registrada desde 2012. Além disso, um levantamento recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostrou que a participação das mulheres no mercado de trabalho é, desde o ano passado, a menor em 30 anos.

Para a consultora Dani Mattos, diante de um momento de crise global e após mais um ano de pandemia do coronavírus, mais do que fazer previsões sobre o futuro do mercado de trabalho no Brasil, é preciso olhar para o que já está sendo construído pelos trabalhadores no presente, levando em conta a diversidade e as necessidade específicas de cada um.

“Mesmo que de forma empírica, essas pessoas estão antecipando o que pode vir a ser o futuro do mercado de trabalho no país. Então, enquanto sociedade nós precisamos olhar para elas e para as suas necessidades. E nós, como consultoras, orientamos às empresas a também olharem para as condições individuais dos seus próprios times.”, destacou.

Nós precisamos educar para a transformação. Aí sim vamos colher frutos da inovação pela pluralidade.

Autora do livro “Meu caminho até a cadeira número 1”, publicado pela Globo Livros em março, Rachel Maia ressaltou durante a conversa a importância da educação e do empoderamento de pessoas nesse processo, sobretudo em um momento de crise global. Desde 2017, a empresária desenvolve o “Capacita-me”, projeto que trabalha com a educação e empregabilidade de pessoas em situação de vulnerabilidade no país.

“O diverso e o inclusivo só vão acontecer a partir de um processo de educação. Você tem que educar de verdade para que as pessoas sejam incluídas no processo. Nós precisamos educar para a transformação. Aí sim vamos colher frutos da inovação pela pluralidade.”, acrescentou.

Nos momentos finais o bate-papo, as convidadas sugeriram livros para quem deseja aprofundar os conhecimentos nos assuntos que foram debatidos durante a live. Confira a seleção e aproveite a leitura!


Americanah, Chimamanda Ngozi Adichie

Ifemelu e Obinze vivem o seu primeiro amor, enquanto a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Um dia a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos para estudar. Lá ela se depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos depois, Ifemelu é uma blogueira de sucesso nos EUA, mas o sucesso não diminuiu o apego ao seu país natal e a ligação com Obinze.


Memórias da Plantação, Grada Kilomba

Memórias da Plantação: Episódios de racismo cotidiano reúne uma série de episódios cotidianos de racismo, que abordam desde as políticas de espaço e exclusão às políticas do corpo e do cabelo. No livro, Grada Kilomba combina teoria pós-colonial, estudos da branquitude e de gênero, psicanálise, feminismo negro e narrativa poética, construindo uma reflexão essencial para as práticas descoloniais.


Meu caminho até a cadeira número 1, Rachel Maia

Em Meu caminho até a cadeira número 1, a empresária brasileira Rachel Maia conta como construiu uma carreira bem-sucedida em importantes empresas globais, como Tiffany & Co., Pandora e Lacoste. No livro, Rachel também compartilha com os leitores sua trajetória de vida, além de convicções sobre o mercado de trabalho, diversidade e autoconfiança.


O Quilombismo, Abdias do Nascimento

Em O Quilombismo, Abdias do Nascimento apresenta soluções e novos horizontes de atuação pública em face ao racismo institucionalizado no Brasil. Dividido em dez documentos, o livro propõe um programa de ação elaborado da perspectiva dos afrodescendentes, que retoma a experiência comunal dos quilombos como meio de mobilização e transformação sociopolítica em enfrentamento à atmosfera de preconceitos e injustiças.


Pele Negra Máscaras Brancas, Frantz Fanon

Lançado pela primeira vez no Brasil em 1963, Pele Negra Máscaras Brancas constrói uma narrativa que parte da perspectivada descolonização e da Diáspora Africana para tratar da negação do racismo contra o negro na França. Em capítulos separados por diferentes temas, Frantz Fanon promove profundas reflexões sobre raça, baseadas em teorias da filosofia, das ciências e da literatura caribenha.


Por um feminismo afro-latino-americano, Lélia Gonzalez

Com organização de Flavia Rios e Márcia Lima, Por um feminismo afro-latino-americano reúne textos produzidos por Lélia Gonzalez durante quase duas décadas de história que marcam os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe. Além dos ensaios já consagrados, o livro traz artigos de Lélia que saíram na imprensa, além de entrevistas antológicas, traduções inéditas e escritos dispersos.


Qual livro da lista você gostaria de ler?


Yasmin Lisboa

Yasmin Lisboa

Yasmin é jornalista e estudante de Cinema. Cantora e colecionadora de discos e livros, é fascinada pela cultura popular brasileira.

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