10 livros para você ler em março
À procura de uma nova leitura? Selecionamos obras incríveis para todos os gostos. Veja a lista completa!
Você já escolheu os livros que vai ler em março? Nada como montar uma lista de leituras incríveis para o mês que se inicia. Por isso, selecionamos dez livros imperdíveis para todos os gostos, desde romances até as obras de não ficção, e de contemporâneos aos grandes clássicos da literatura.
Entre os títulos escolhidos estão Os supridores, de José Falero, Despertar os leões, de Ayelet Gundar-Goshen, e Garota, mulher, outras, de Bernadine Evaristo. Confira os livros da nossa lista e escolha a sua próxima leitura!
Garota, mulher, outras, de Bernardine Evaristo
As 12 personagens centrais deste romance a várias vozes levam vidas muito diferentes: desde Amma, uma dramaturga cujo trabalho artístico frequentemente explora a sua identidade lésbica negra, à sua amiga de infância, Shirley, professora, exausta de décadas de trabalho nas escolas subfinanciadas de Londres; a Carole, uma das ex-alunas de Shirley, agora uma bem-sucedida gestora de fundos de investimento, ou a mãe desta, Bummi, uma empregada doméstica que se preocupa com o renegar das raízes africanas por parte da filha. As suas histórias, a das suas famílias, amigos e amantes, compõem um retrato multifacetado e realista dos nossos dias, de uma sociedade multicultural que se confronta com a herança do seu passado e luta contra as contradições do presente.
Os supridores, de José Falero
Com este seu primeiro romance, José Falero já se apresenta como um dos nomes mais relevantes da nova literatura brasileira. Ao criar um narrador culto e perspicaz — que contrasta com o dialeto a um só tempo urbano e filosófico da periferia —, o autor mostra seu talento incomum, fazendo uma verdadeira arqueologia da pobreza. Falero nos leva direto ao supermercado Fênix, na região central de Porto Alegre. É ali que trabalham Pedro e Marques, dupla que aos poucos veste a carapuça de um Dom Quixote e de um Sancho Pança amotinados. Moradores de “vila” (a favela no Sul), eles invertem o jogo mesmo que as consequências sejam graves.
Bordados, de Marjane Satrapi
Este é para quem ama HQs. Os almoços de família na casa da avó de Marjane Satrapi, em Teerã, terminavam sempre com o mesmo ritual: enquanto os homens iam fazer a sesta, as mulheres lavavam a louça. Logo depois começava uma sessão cujo acesso só era permitido a elas — o “bordado”, tema deste que é o terceiro livro de Marjane. Os leitores de Persépolis reconhecerão aqui as marcas registradas da autora: o humor cortante, o traço simples em preto e branco, o feminismo mordaz, jamais patrulheiro. O “bordado” iraniano seria equivalente ao brasileiríssimo “tricô”, não fosse uma acepção bastante particular: a expressão designa também a cirurgia de reconstituição do hímen, uma decisão pragmática para as mulheres que não abrem mão de ter vida sexual antes do casamento mas sabem que precisam corresponder às expectativas das forças moralistas do país.
Despertar os leões, de Ayelet Gundar-Goshen
O neurocirurgião Eitan Green parece ter a vida perfeita. Ele ama a esposa, Liat, uma policial. Ele adora seus dois meninos. Transferido com relutância de Tel Aviv para a poeirenta Beer Sheva, à beira do deserto, o médico compra um carro novo para transitar pelas estradas tomadas pela areia. Certa ocasião, no entanto, quando retornava de seu cansativo turno no hospital, ele atropela alguém e foge do local. A vítima é um imigrante africano que, como muitos, está buscando uma nova vida em Israel. Quando a viúva da vítima bate à porta de Eitan no dia seguinte, portando sua carteira e afirmando saber tudo o que aconteceu, o médico descobre que o preço dela pelo silêncio não é dinheiro. É algo totalmente diferente e aterrador.
Meu corpo minha casa, de Rupi Kaur
Em Meu corpo minha casa, Rupi Kaur leva leitoras e leitores a uma jornada de reflexão através da intimidade e dos sentimentos mais fortes, visitando o passado, o presente e o potencial que existe em nós. Os poemas dessa coletânea, ilustrada pela autora, inspiram uma conversa interna em cada uma, em cada um, lembrando que precisamos nos preencher de amor, de aceitação e de confiança em nossas relações familiares e de comunidade.
Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés
Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam.
Romeu e Julieta, de William Shakespeare
É claro que não poderíamos deixar os clássicos de fora da lista. Romeu e Julieta é a mais famosa história de amor da dramaturgia universal. Eles viveram na Itália do século XVI, mas você poderia reconhecer traços de Romeu, ou de Julieta, em muitos jovens da cidade grande desafiando leis e costumes para viver uma paixão proibida. A trama de Romeu e Julieta, primeira grande tragédia de William Shakespeare, é baseada em fatos ocorridos na própria cidade de Verona.
Quarto de despejo – Diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus
Quarto de despejo é um clássico que também não poderia faltar na nossa seleção. Este é o diário de Carolina Maria de Jesus. Moradora da comunidade do Canindé, em São Paulo, e mãe de três filhos, Carolina registra a sua rotina como catadora de papel e revela aos leitores um sensível e contundente relato da dura realidade vivida na periferia da capital paulista.
A cachorra, de Pilar Quintana
Damaris vive em estado de angústia pelo filho que nunca conseguiu ter. Um dia, ela decide adotar a cachorra da ninhada de uma vizinha e passa a desviar um pouco o foco das tentativas frustradas de engravidar. Mas a força da relação de Damaris com a fêmea altera tão drasticamente as dinâmicas de sua existência que a mulher já não sabe se a simples presença da cachorra fez sua vida ganhar ou perder, de uma vez por todas, o rumo.
Santo Guerreiro: Roma Invicta – volume 1, de Eduardo Sphor
Santo guerreiro: Roma invicta fala sobre a vida de Gergios, o soldado romano eternizado e admirado em todo o planeta como São Jorge. Filho de Laios Graco, alto oficial da cavalaria, Georgios perde o pai e foge para a capital com o objetivo de se apresentar ao imperador Diocleciano, antigo companheiro de Laios. Além de desejar ser aceito no exército e tornar-se soldado, o jovem quer recuperar as suas posses e vingar a família.
Você já leu algum livro da lista?
- 12 livros mais vendidos do The New York Times - 22.09.2022
- Conheça a história do Dicionário Aurélio - 12.07.2022
- 5 livros para quem gosta de “Meu malvado favorito” - 08.07.2022