9 livros para ler em novembro
De HQs a clássicos, selecionamos obras incríveis para você conhecer neste mês. Confira a lista e boa leitura!
Neste fim de ano, que tal conhecer livros incríveis? Para ajudar você a escolher as leituras de novembro, selecionamos obras inesquecíveis para todos os gostos, desde clássicos e títulos de não ficção até histórias em quadrinhos e romances.
Entre as obras da lista estão O jogo da amarelinha, de Julio Cortázar, Redemoinho em dia quente, de Jarid Arraes, e Torto arado, de Itamar Vieira Junior. Confira a nossa seleção completa e boa leitura!
O sol na cabeça, de Geovani Martins
Em O sol na cabeça, Geovani Martins narra a infância e a adolescência de garotos para quem às angústias e dificuldades próprias da idade soma-se a violência de crescer no lado menos favorecido da “Cidade partida”, o Rio de Janeiro das primeiras décadas do século XXI. Na literatura brasileira contemporânea, que tantas vezes negligencia a trama em favor de supostas experimentações formais, esta obra surge como uma mais que bem-vinda novidade.
Persépolis, de Marjane Satrapi
Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita — apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares.
O estrangeiro, de Albert Camus
Este livro narra a história de um homem comum que se depara com o absurdo da condição humana depois que comete um crime quase inconscientemente. Meursault, que vivia sua liberdade de ir e vir sem ter consciência dela, subitamente perde-a envolvido pelas circunstâncias e acaba descobrindo uma liberdade maior e mais assustadora na própria capacidade de se autodeterminar. Uma reflexão sobre liberdade e condição humana que deixou marcas profundas no pensamento ocidental. Uma das mais belas narrativas deste século.
A casa, de Chico Felitti
João de Deus desfrutava das bênçãos do establishment. Frequentava festas de políticos, recebia artistas brasileiros e estrangeiros, via filas quilométricas se formarem em frente à casa onde atendia, na pequena cidade de Abadiânia, no interior de Goiás. No fim de 2018, veio a público uma onda de acusações de assédio sexual contra o líder espiritual. Dezenas de mulheres saíram da sombra para contar experiências de abuso e estupro. Em seguida surgiram as denúncias na Justiça. E então o castelo de cartas de João de Deus começou a desmoronar. Este livro mergulha nessa história, mostrando que ela é ainda mais assustadora.
Enterre seus mortos, de Ana Paula Maia
Este livro é uma habilidosa mescla de novela policial, faroeste de horror e romance filosófico. Edgar Wilson é “um homem simples que executa tarefas”. Trabalha no órgão responsável por recolher animais mortos em estradas e levá-los para um depósito onde são triturados num grande moedor. Seu colega de profissão, Tomás, é um ex-padre excomungado pela Igreja Católica que distribui extrema unção aos moribundos vítimas de acidentes fatais que cruzam seu caminho. A rotina de Edgar é alterada quando ele se depara com o corpo de uma mulher enforcada dentro da mata.
O jogo da amarelinha, de Julio Cortázar
Livro mais emblemático de Julio Cortázar, O jogo da amarelinha foi uma verdadeira revolução no romance em língua espanhola: pela primeira vez um escritor levava às últimas consequências a ideia de transgredir a ordem tradicional de uma história e a linguagem para contá-la. O resultado é este livro único, aberto a múltiplas leituras, repleto de humor, de riscos e de uma originalidade sem precedentes.
Entre as mãos, de Juliana Leite
Conduzido com precisão e movido por uma poderosa força que impulsiona todo o relato, Entre as mãos gira em torno de Magdalena, uma tecelã que, depois de um grave acidente, precisa retomar seus dias, reaprender a falar e levar consigo dolorosas cicatrizes — não apenas no corpo. Com personagens e tempos narrativos que se atravessam como fios trançados, este romance tem a marca de peça única, debruçando-se sobre questões como sobrevivência e ancestralidade, mas também amor e mistério a partir do corpo, do trabalho e dos gestos da protagonista.
Torto arado, de Itamar Vieira Junior
Um livro comovente que traz a herança dos clássicos. Bibiana e Belonísia são filhas de trabalhadores de uma fazenda no Sertão da Bahia, descendentes de escravos para quem a abolição nunca passou de uma data marcada no calendário. Intrigadas com uma mala misteriosa sob a cama da avó, pagam o atrevimento de lhe pôr a mão com um acidente que mudará para sempre as suas vidas, tornando-as tão dependentes que uma será até a voz da outra. Porém, com o avançar dos anos, a proximidade vai desfazer-se com a perspectiva que cada uma tem sobre o que as rodeia: enquanto Belonísia parece satisfeita com o trabalho na fazenda e os encantos do pai, Zeca Chapéu Grande, entre velas, incensos e ladainhas, Bibiana percebe desde cedo a injustiça da servidão que há três décadas é imposta à família e decide lutar pelo direito à terra e a emancipação dos trabalhadores.
Redemoinho em dia quente, de Jarid Arraes
Livro de estreia da escritora Jarid Arraes no gênero dos contos,Redemoinho em Dia Quente apresenta histórias de mulheres que vivem na região do Cariri, no Ceará. As histórias misturam elementos do realismo e da fantasia e constroem um contundente crítica social, na medida em que narram o cotidiano público e privado das mulheres.
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