Qual o melhor livro que você leu nos últimos anos?
Por meio das redes sociais, nossos leitores indicaram as obras inesquecíveis que eles conheceram recentemente. Confira a lista!
Será que você consegue responder qual foi o melhor livro lido nos últimos anos? Pergunta difícil, né? Foram tantas obras incríveis publicadas no período, que fica difícil escolher quais foram as melhores leituras. Sem contar os grandes clássicos da literatura, que também não podem ficar fora da lista.
Nossos leitores aceitaram o desafio e, por meio das redes sociais, disseram quais livros foram marcantes nos últimos anos. Há títulos para todos os gostos, desde ficção, como Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez, até os de não ficção, como Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés.
Confira a seleção de livros completa e boa leitura!
Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés
Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam.
Sapiens – Uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari
O autor repassa a história da humanidade, ou do homo sapiens, desde o surgimento da espécie durante a pré-história até o presente, mas em vez de apenas “inventariar” os fatos históricos ele os relaciona com questões do presente e os questiona de maneira surpreendente. Além disso, para cada fato ou crença que temos como certa hoje em dia, o autor apresenta as diversas interpretações existentes a partir de diferentes pontos de vista, inclusive as muito atuais, e vai além, sugerindo interpretações muitas vezes desconcertantes.
Eu sei por que o pássaro canta na gaiola, de Maya Angelou
Este livro de Maya Angelou conta a história da personagem Marguerite Ann Johnson. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e se libertar das grades que foram colocadas em sua vida.
Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
No livro, o escritor Gabriel García Márquez narra a história da família Buendía, uma estirpe de solitários que habitam a mítica aldeia de Macondo. A narrativa se desenvolve em torno dos integrantes dessa família, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula. Ela é uma personagem centenária e matriarca das mais conhecidas da história da literatura latino-americana.
O gigante enterrado, de Kazuo Ishiguro
Uma terra marcada por guerras recentes e amaldiçoada por uma misteriosa névoa do esquecimento. Uma população desnorteada diante de ameaças múltiplas. Um casal que parte numa jornada em busca do filho e no caminho terá seu amor posto à prova – será nosso sentimento forte o bastante quando já não há reminiscências da história que nos une? Entre a aventura fantástica e o lirismo, O gigante enterrado fala de alguns dos temas mais caros à humanidade: o amor, a guerra e a memória.
Minha história, de Michelle Obama
Com uma vida repleta de realizações significativas, Michelle Obama consolidou-se como uma das mulheres mais icônicas e cativantes de nosso tempo. Como primeira-dama dos Estados Unidos, ajudou a criar a mais acolhedora e inclusiva Casa Branca da história. Ao mesmo tempo, posicionou-se como uma poderosa porta-voz das mulheres e meninas no país e ao redor do mundo.
Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade
Sentimento do mundo mostra o poeta mineiro atento aos acontecimentos políticos de sua época. Esse Drummond humanista lamenta que as pessoas mantenham olhos cerrados para o mundo, a ponto de permitir a violência — a Segunda Guerra Mundial e a ditadura getulista — e de trocar a compaixão pelo egoísmo de quem vive fechado em si mesmo ou em um “terraço mediocremente confortável” (“Privilégio do mar”). Tal responsabilidade coletiva se dá inclusive nos poemas em que o autor aborda temas mais pessoais, como “Revelação do subúrbio”, no qual um retorno a Minas Gerais o desperta para a tristeza da noite vista pela janela do carro.
Quarto de despejo – Diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus
Neste livro, o duro cotidiano dos favelados ganha uma dimensão universal no diário de uma catadora de lixo. Com linguagem simples, a escritora Carolina Maria de Jesus conta o que viveu, sem artifícios ou fantasias.
O conto da Aia, de Margaret Atwood
Neste romance distópico de 1985, a escritora Margaret Atwood retrata o cotidiano de um futuro apocalíptico, no qual a Nova Inglaterra é parte de um movimento totalitário e fundamentalista cristão. O grupo derrubou o governo dos Estados Unidos e assumiu o controle do país. A série The Handmaid’s Tale, que possui o mesmo título original do livro e também é baseada na obra de Atwood, recebeu na temporada de premiações de 2018 o Globo de Ouro e o Emmy de melhor série de drama.
Me chame pelo seu nome, de André Aciman
A casa onde Elio passa os verões é um verdadeiro paraíso na costa italiana, parada certa de amigos, vizinhos, artistas e intelectuais de todos os lugares. Filho de um importante professor universitário, o jovem está bastante acostumado à rotina de, a cada verão, hospedar por seis semanas na villa da família um novo escritor que, em troca da boa acolhida, ajuda seu pai com correspondências e papeladas. Uma cobiçada residência literária que já atraiu muitos nomes, mas nenhum deles como Oliver. Elio imediatamente, e sem perceber, se encanta pelo americano de 24 anos, espontâneo e atraente, que aproveita a temporada para trabalhar em seu manuscrito sobre Heráclito e, sobretudo, desfrutar do verão mediterrâneo. Da antipatia impaciente que parece atravessar o convívio inicial dos dois surge uma paixão que só aumenta à medida que o instável e desconhecido terreno que os separa vai sendo vencido.
Leite derramado, de Chico Buarque
Um homem muito velho está num leito de hospital. Membro de uma tradicional família brasileira, ele desfia, num monólogo dirigido à filha, às enfermeiras e a quem quiser ouvir, a história de sua linhagem desde os ancestrais portugueses, passando por um barão do Império, um senador da Primeira República, até o tataraneto, garotão do Rio de Janeiro atual. Uma saga familiar caracterizada pela decadência social e econômica, tendo como pano de fundo a história do Brasil dos últimos dois séculos.
Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa
Este é um dos principais livros do escritor João Guimarães Rosa. Contos em que sobressaem os costumes e a linguagem das gentes de Minas. Inclui “A terceira margem do rio”, clássico da literatura transformado em filme por Nelson Pereira dos Santos, em 1993.
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