6 livros para viajar pela literatura paraense
Quer ficar por dentro da literatura do Pará? Confira a nossa seleção de obras literárias produzidas por escritores paraenses. Boa leitura!
A literatura brasileira, em sua totalidade, é concebida a partir de uma pluralidade de estilos, contextos, períodos e lugares. Do Norte ao Sul, temos grandes produções literárias e precisamos dar cada vez mais visibilidade a esses autores. O Pará, por exemplo, oferece contribuições muito importantes para a literatura brasileira.
Ainda no final do século XX, escritores paraenses fundaram a “Academia do Peixe Frito”, que tematizava o contexto das periferias, da negritude e dos povos indígenas, mesmo que ainda a partir dos resquícios deixados pela Belle Epoque.De lá para cá, diversos escritores paraenses têm produzido livros de grande importância na história de nossa literatura. Aqui, nós selecionamos dicas de obras literárias que vão ajudar você se a aprofundar os conhecimentos na literatura do Pará. Confira e aproveite a viagem!
Horizonte Silencioso, Maria Lucia Medeiros
Em Horizonte Silencioso, a autora Maria Lucia parte de suas nostalgias e de recortes de infância para construir um universo narrativo único. A obra reúne cinco histórias que navegam entre sensações de delicadeza, compaixão e uma leve amargura e constroem um retrato contundente das relações humanas.
Belhell, Edyr Augusto
Belhell exibe uma Belém que, para além do cenário, torna-se uma importante personagem no contexto urbano. As ruas, avenidas e locais da capital paraense mudam de perspectiva a partir das ações de Gil, Paula, dr. Marollo, Paulo e Sérgio Aragão. Além disso, o submundo de cassinos, drogas, sexo e dinheiro colocará a vida das protagonistas em um jogo bem mais perigoso do que se pode imaginar.
Putrefação, Andrei Simões
Putrefação trata-se de uma narrativa de horror existencialista de grande profundidade. O livro de Andrei Simões constrói uma metáfora sobre a condição humana contemporânea, suas omissões e ausências, na mesma medida em que convoca os leitores a mergulharem nas regiões abissas de sua mente.
Olho de Boto, Salomão Larêdo
Olho de Boto se passa em Inacha, um povoado na floresta amazônica. Lá, ninguém contesta o poder do regime militar recentemente implantado no Brasil. Mas, tudo muda quando dois homens do povoado decidem se casar, décadas antes do mundo discutir sobre os relacionamentos homoafetivos.
Chão dos Lobos, Dalcídio Jurandir
Em Chão dos Lobos, Dalcídio Jurandir aposta em um lirismo que percorre a narrativa e comove pela humanidade das personagens e a proximidade com o real. A obra revela os encantos da Amazônia, na mesma medida em que aborda a aspereza dos trabalhos em temáticas como o rio, a pobreza, a magia, a exploração e a crueldade das condições de vida.
Afonso Contínuo, Santo de Altar, Lindanor Celina
Afonso Contínuo, Santo de Altar aborda importantes reflexões sobre temas universais como o bem e o mal, bem como dramas humanos e os dilemas que atravessam a nossa existência. A obra de Lindanor Celina revela a trajetória de Seu Afonso, um homem que é considerado santo, mas que se questiona constantemente a respeito das virtudes que o levaram a receber essa alcunha. Assim, Afonso compartilha os seus sentimentos mais profundos com o leitor e nos faz refletir a respeito de sua santidade.
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