10 livros para você entrar no clima do Carnaval
No clima da folia, selecionamos alguns livros que abordam o assunto. Veja a nossa lista completa e bom Carnaval!
Todos prontos para o Carnaval? O período carnavalesco é ideal para colorir as ruas com fantasias criativas e purpurina, além de caprichar na maquiagem e se divertir com os amigos. O que muita gente ainda não sabe é que literatura também dá samba. Clássicos, personagens e histórias literárias já foram tema de sambas-enredo de escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo, como Frankenstein, de Mary Shelley.
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O Carnaval também já foi analisado por diversos autores ao longo da história, como em Carnavais, malandros e heróis, de Roberto DaMatta, um dos principais livros de antropolgia. Para você ficar por dentro do assunto, selecionamos obras que contam mais sobre a Festa do Momo e biografias de personalidades que já foram homenageadas na folia. Confira a lista e boa leitura!
Almanaque do Carnaval, de André Diniz
Quando Dodô e Osmar resolveram colocar caixas de som em cima de uma caminhonete velha e sair pelas ruas de Salvador tocando uma espécie de frevo abaianado, não imaginavam estar inaugurando uma tradição no carnaval da Bahia. O trio elétrico arrasta hoje milhões de foliões. E não foi só em Salvador que a festa de rua nos dias de Carnaval ganhou proporções tão gigantescas. Em Almanaque do Carnaval, o historiador André Diniz conta como isso tudo começou, conduzindo o leitor em uma viagem no tempo. O livro é uma história dos gêneros musicais identificados com essa festa: o samba, a marchinha, o frevo e o axé.
O jovem Noel Rosa, de Guca Domenico
Esta é uma biografia romanceada sobre os anos de formação do sambista Noel Rosa, um dos maiores compositores da nossa música popular. O livro tem como pano de fundo os acontecimentos históricos mais notáveis do Brasil entre as décadas de 20 e 30.
Carnavais, malandros e heróis, de Roberto DaMatta
Este é um dos principais clássicos da antropologia. O que torna a sociedade brasileira diferente e única? Com seu estilo ousado e provocador, Roberto DaMatta tem conseguido, nos últimos 20 anos, levar a antropologia até onde ninguém ousou ou conseguiu: o grande público. Autor de estudos sobre o Brasil, seus ritos e mitos, seus trabalhos são a cada dia mais lidos e respeitados, o que o tornou referência obrigatória de qualquer estudo sobre a realidade brasileira. Os ensaios foram considerados, na época do lançamento, como uma visão inovadora e um esforço definitivo para o entendimento do Brasil.
O país do Carnaval, de Jorge Amado
O Carnaval também foi retratado em histórias da ficção. O país do Carnaval é, apesar do título irônico, mais sombrio e introspectivo que a maioria dos livros que fizeram de Jorge Amado o ficcionista mais popular da literatura brasileira. A narrativa começa no navio que traz de volta ao Brasil o jovem filho de fazendeiro Paulo Rigger, depois de sete anos em Paris, onde cursara direito e absorvera comportamentos e ideias modernas. Nos primeiros dias que passa no Rio de Janeiro, Rigger tenta compreender um país onde já não se sente em casa, um país que tenta timidamente superar seu atraso oligárquico e ingressar na era industrial e urbana.
Antes do baile verde, de Lygia Fagundes Telles
Uma coletânea de contos,Antes do baile verde, de Lygia Fagundes Telles, também retrata o Carnaval na ficção. Em A caçada, um homem fica a tal ponto intrigado com uma velha tapeçaria encontrada num antiquário que acaba por mergulhar na cena retratada na peça, como se tivesse participado dela numa outra vida ou numa outra dimensão. Já em A Janela, um louco visita um bordel dizendo que é a casa onde seu filho morreu. Com sua prosa segura e elegante, alternando com desenvoltura gêneros e vozes narrativas, a autora expõe sua capacidade de seduzir e emocionar o leitor.
Elza, de Zeca Camargo
Uma das principais cantoras brasileiras, Elza Soares será homenageada pela escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel neste ano. Nesta biografia, Zeca Camargo narra a história de Elza, da infância pobre ao sucesso, consagrada em discos que marcaram a música brasileira e, mais recentemente, nos ovacionados e premiados a mulher do fim do mundo e Deus é mulher. O livro foi construído a partir de muita pesquisa do autor e ao longo de dezenas e dezenas de encontros entre Elza e Zeca no apartamento da autora, no Rio de Janeiro.
Frankenstein, de Mary Shelley
Em 2018, a Beija-Flor levou para a Avenida um desfile em homenageava Frankenstein, de Mary Shelley. Ele era escorraçado de todos os ambientes como se ele fosse um monstro. Ninguém queria saber de seus sentimentos, nem ligava para o fato de que talvez ele tivesse uma alma. Foi então que ele começou a matar. Foram esses motivos que o tornaram o personagem mais importante da literatura de horror.
Porta-bandeiras: Onze mulheres incríveis do Carnaval carioca, de Aydano André Motta
Este livro é fundamental para quem quer conhecer melhor as porta-bandeiras, que são essenciais em um desfile de escola de samba. Elas trazem a sedução de seus bailados a herança ancestral da África. Todas as histórias contadas na obra são comoventes.
O Carnaval de Salvador e suas escolas de samba, de Geraldo Lima
O compositor Geraldo Lima presta uma homenagem aos sambistas baianos e resgata a memória de um tempo em que criatividade, cultura popular e beleza animaram o Carnaval da cidade.
Sem segredo: Estratégia, inovação e criatividade, de Paulo Barros
O Carnaval carioca é magia e ilusão. Diante dos espectadores que lotam a Sapucaí, acontecem os mais belos espetáculos. Um reino de fantasia se faz presente e a imaginação não encontra limites. Nesta festa popular, há um homem capaz de quebrar barreiras e realizar o que muitos consideravam impossível, tornando-se um dos carnavalescos mais celebrados dos últimos tempos: Paulo Barros. No livro, ele desmascara a si mesmo, revelando aos leitores todo o seu processo criativo.
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