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30 anos sem a poesia visceral de Cazuza

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Cazuza faleceu em 1990 por complicações trazidas pelo vírus da AIDS. Artista foi o primeiro no país a declarar que era soropositivo

Nascido em 4 de abril de 1958, Cazuza foi um dos grandes poetas que a música brasileira já teve. Filho de Lucinha Araújo e do produtor musical João Araújo, Agenor de Miranda Araújo Neto cresceu rodeado pelo convívio com referências da música brasileira. Conhecido por sua rebeldia e humor irreverente, o artista desenvolveu uma personalidade única e uma habilidade artística surpreendente.

Influenciado pelo drama e a melancolia presente no trabalho de artistas como Cartola e Maysa e pelo rock de Janis Joplin e Led Zepellin, Cazuza compôs canções como “Ideologia” e “Todo Amor Que Houver Nessa Vida” e “Pro Dia Nascer Feliz”. Ao longo de sua trajetória como vocalista da banda Barão Vermelho e em sua curta carreira solo, o artista tornou-se um dos grandes nomes do rock durante a década de 1980.

Em 1989, Cazuza declarou ser soropositivo e foi o primeiro artista no país a assumir que era portador do vírus HIV. Durante um ano, o artista realizou uma série de tratamentos no Brasil e nos Estados Unidos, mas ainda assim não conseguiu resistir à doença. Em 7 de julho de 1990, o músico faleceu aos 32 anos, vítima de um choque séptico causado pela AIDS.

O seu legado, porém, permanece intacto e ainda hoje a trajetória do músico recebe inúmeras homenagens, presentes nas regravações de suas canções, em discos e shows comemorativos, além de especiais de TV, filmes, livros e peças de teatro. Além disso, de acordo com uma lista divulgada pela revista Rolling Stone em 2008, Cazuza figura entre os 100 maiores artistas da música brasileira de todos os tempos.

Em 2020, a morte do artista completa 30 anos e a ironia, a transgressão e lucidez de sua poesia nunca se fizeram tão necessários como neste momento. No fim das contas, é preciso dizer que, por mais que se passem cem anos, o poeta sempre permanecerá vivo no coração da música brasileira.


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Yasmin Lisboa

Yasmin Lisboa

Yasmin é jornalista e estudante de Cinema. Cantora e colecionadora de discos e livros, é fascinada pela cultura popular brasileira.

2 thoughts on “30 anos sem a poesia visceral de Cazuza

  • Ângela Sousa

    …”Vago na lua deserta
    Das pedras do Arpoador”…
    Esse para mim é um dos versos mais bonitos da poesia eterna de Cazuza.

  • Raquel Silva

    Ele realmente foi um ícone ainda é… 💕💕

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