Os 50 livros que influenciaram o mundo
Selecionamos obras que influenciaram diversas épocas e áreas de conhecimento. Veja a lista!
Os clássicos da literatura inspiram gerações. De Miguel de Cervantes a William Shakespeare, de Victor Hugo a Leon Tolstói, é difícil enumerar quais os todos os grandes autores da história da literatura, né? Para ajudar você a mergulhar nas principais obras literárias, selecionamos 50 livros que influenciaram o mundo.
A nossa lista inclui títulos que transformaram diferentes áreas de conhecimento, desde os clássicos dos séculos 18 e 19 até os destaques dos dois séculos mais recentes. Entre os escolhidos estão O segundo sexo, de Simone de Beauvoir, A riqueza das nações, de Adam Smith, e A hora da estrela, de Clarice Lispector.
Veja a seleção completa e descubra novas leituras!
Até o século 18
A divina comédia, de Dante Alighieri
Um dos principais clássicos do mundo, A divina comédia não poderia ficar de fora da lista. Este livro é um poema épico e teológico. Escrito por Dante Alighieri no século XIV, um dos principais livros da literatura mundial é dividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Além do próprio autor, há outros três personagens principais. Na história, Virgílio é um guia no inferno e no purgatório, Beatriz atua no paraíso terrestre, enquanto São Bernardo, nas esferas celestes.
Romeu e Julieta, de William Shakespeare
A trama de Romeu e Julieta, primeira grande tragédia de William Shakespeare, é baseada em fatos ocorridos na própria cidade de Verona. Outros escritores, antes do bardo inglês, criaram enredos inspirados no destino dos dois jovens amantes que viveram um amor proibido de desfecho trágico devido à rivalidade das famílias Montechcchio (de Verona) e Capuleto (de Cremona). Mas nenhuma versão se compara à de Shakespeare que transformou uma história, aparentemente corriqueira em termos literários, numa obra-prima de dimensão universal.
A república, de Platão
Se o centro nevrálgico da discussão e investigação desenvolvidas por Platão é, por certo, a cidade e as formas e estruturas do governo, os padrões de moral e de justiça que os conduzem e regulam o embate de seus interesses e a perfeita solução que lhes pode ser dada numa politeia ideal, não é menos verdade que os argumentos em torno do problema da tirania e da democracia encontram-se na pauta dos conflitos e dos debates de nossa contemporaneidade.
A riqueza das nações, de Adam Smith
O livro A riqueza das nações é um clássico de relevante interesse histórico no pensamento econômico. Trata-se, na verdade, de uma obra considerada por especialistas como “uma das grandes construções intelectuais da história moderna”. Ideias fundamentais, como a da divisão do trabalho ou a da organização natural da vida econômica, foram particularmente aprofundadas por Adam Smith.
Odisseia, de Homero
Composta por volta do século VIII a.C., a Odisseia relata o complexo e aventuroso percurso de Odisseu, um herói grego, ao tentar regressar para Ítaca e para Penélope, sua esposa, após o fim da guerra. É um dos principais livros do mundo.
Os lusíadas, de Luís de Camões
Esta obra é considerada a epopéia portuguesa por excelência. O livro foi publicado pela primeira vez em 1572 no período literário do Classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente. Os lusíadas é composto de dez cantos, somando 1.102 estrofes, todas oitavas de decassílabos heróicos, obedecendo ao esquema rimático “abababcc” (rimas cruzadas, nos seis primeiros versos, e emparelhada, nos dois últimos). A ação central do poema é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, a volta da qual se vão descrevendo outros episódios da história de Portugal, glorificando o povo português.
Crítica da razão pura, de Immanuel Kant
Crítica da razão pura, principal obra de Immanuel Kant, divide a história da filosofia em duas. O autor tentou demonstrar que o nosso conhecimento é, necessariamente, tanto empírico como racional, inaugurando, com isso, uma posição singular no debate filosófico, criando as bases para a Teoria do Conhecimento como disciplina filosófica. Entrar no universo desse livro é aceitar o desafio, colocado pelo próprio Kant, de evitar o dogmatismo sem cair no relativismo.
Leviatã, de Thomas Hobbes
Thomas Hobbes coloca as condições de dissoluções do Estado, para ele, somente a concentração de autoridade garante a unidade e a paz social. Partidário do absolutismo político, defende-o sem recorrer à noção de “direito divino”. Segundo o filósofo, a primeira lei natural do homem é a da autopreservação, que o induz a impor-se sobre os demais, a “guerra de todos contra todos”.
Século 19
Viagem ao centro da Terra, de Júlio Verne
Este é um dos principais clássicos do século 19. Um enigmático pergaminho cai nas mãos do professor Lidenbrock, que pede ajuda ao sobrinho Axel para ajudar a desvendá-lo. Uma a uma, as letras rúnicas são decifradas. A mensagem faz com que o professor decida partir de Hamburgo, na companhia de Axel, em uma arriscada expedição rumo à Islândia, em busca do centro da Terra.
Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas
Na França do século 18, os mosqueteiros eram valentes que pertenciam à guarda pessoal do rei e da rainha. Nesta aventura, eles enfrentam inimigos poderosos numa trama que visa à desmoralização da rainha. “Um por todos e todos por um” é o lema que uniu e imortalizou os mosqueteiros.
Moby Dick, de Herman Melville
O nome deste livro é o do cachalote (um animal parecido com uma baleia) enfurecido, de cor branca, que conseguiu destruir baleeiros após ser ferido várias vezes. Publicado inicialmente em 1851, Moby Dick foi revolucionário para a época, com descrições intrincadas e imaginativas das aventuras do narrador Ismael. O romance foi baseado no naufrágio do navio Essex, comandado pelo capitão George Pollard. Na ocasião, ele foi atingido por uma baleia e afundou.
Os miseráveis, de Victor Hugo
Em Os miseráveis, o romancista francês Victor Hugo narra a história emocionante de um homem que, por ter roubado um pão, é condenado a 19 anos de prisão. É uma obra inquietantemente religiosa e política, que conquistou ainda mais o público após ser adaptada em nova versão para o cinema em 2012. Social, o romance é marcado por uma vasta análise de costumes da sociedade francesa do século XIX.
Orgulho e preconceito, de Jane Austen
Na Inglaterra do final do século XVI, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de 20 anos, uma das cinco filhas de um espirituoso mas imprudente senhor, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína.
Frankenstein, de Mary Shelley
Eles o escorraçavam de todos os ambientes como se ele fosse um monstro. Ninguém queria saber de seus sentimentos, nem ligava para o fato de que talvez ele tivesse uma alma. Foi então que ele começou a matar. Vamos ser justos: ele era mesmo um monstro, mas tinha motivos para isso. E foram esses motivos que o tornaram o personagem mais importante da literatura de horror.
Guerra e paz, de Leon Tolstói
Um dos maiores clássicos do mundo, Guerra e paz, de Tolstói, acompanha o percurso de cinco famílias aristocráticas russas, entre 1805 e 1820. O autor narra a marcha das tropas napoleônicas e seu impacto brutal sobre a vida dos personagens. Em meio às batalhas, intrigas e bailes, destacam-se figuras inesquecíveis, como os irmãos Nikolai e Natacha Rostóv, do príncipe Andrei Bolkónski e de Pierre Bezúkhov, filho ilegítimo de um conde. Tolstói retrata uma Rússia magistral, imponente e, principalmente, humana.
Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll
Passados mais de 100 anos da publicação original, a clássica história de uma menina chamada Alice, que entra em uma toca atrás de um coelho falante e cai em um mundo de fantasia, continua popular. É (quase) uma leitura obrigatória para o público infantojuvenil.
A interpretação dos sonhos, de Sigmund Freud
Este livro desvela, sobretudo, os conteúdos mentais reprimidos ou excluídos da consciência pelas atividades de defesa do ego e justifica a posição de Freud dentro da psicanálise, já que a parte do id cujo acesso à consciência foi impedido é exatamente a que se encontra envolvida na origem das neuroses. O interesse de Freud pelos sonhos teve origem no fato de constituírem eles processos normais, com os quais todos estão familiarizados, mas que exemplificam processos atuantes na formação dos sintomas neuróticos.
Úrsula, de Maria Firmina dos Reis
Úrsula não é apenas o primeiro romance abolicionista da literatura brasileira, é também o primeiro da literatura afro-brasileira, entendida como produção de autoria afrodescendente que tematiza a negritude a partir de uma perspectiva interna.
As flores do mal, de Charles Baudelaire
O poeta e crítico e francês Charles Baudelaire marcou as últimas da década de 19, influenciando a poesia internacional de tendência simbolista. De sua maneira de ser, originaram-se na França os poetas “malditos”. Baudelaire inventou uma nova estratégia de linguagem, incorporando a matéria da realidade grotesca à linguagem sublimada do Romantismo, dando base para a criação da poesia moderna.
Século 20
O segundo sexo, de Simone de Beauvoir
Publicado originalmente em 1949, O Segundo Sexo é obra pioneira dos estudos sobre as mulheres. Traduzido para mais de 30 idiomas e publicado em diversos países, este livro de Simone de Beauvoir se tornou referência para os movimentos feministas dos anos 1970.
O senhor dos anéis – A sociedade do anel, de J. R. R. Tolkien
A Sociedade do Anel é a primeira parte da obra de ficção de J. R. R. Tolkien. Numa cidadezinha indolente do Condado, um jovem hobbit é encarregado de uma imensa tarefa. Deve empreender uma perigosa viagem através da Terra-média até as Fendas da Perdição, e lá destruir o Anel do Poder – a única coisa que impede o domínio maléfico do Senhor do Escuro.
Harry Potter e a pedra filosofal, de J. K. Rowling
Um dos principais livros do mundo infantojuvenil,Harry Potter e a pedra filosofal conta a história do magricela e desengonçado Harry Potter, que era maltratado pelos tios Dursley, que o criavam. No dia do seu aniversário de 11 anos, porém, descobriu que não era um garoto qualquer, e sim um bruxo, símbolo de poder e sabedoria.
Vigiar e punir, de Michel Foucault
A lista também não poderia deixar de lado um dos principais filósofos do mundo, Michel Foucault (1926-1984). Vigiar e punir é um estudo científico, documentado, sobre a evolução histórica da legislação penal e respectivos métodos coercitivos e punitivos, adotados pelo poder público na repressão da delinquência. Métodos que vão desde a violência física até instituições correcionais.
O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry
O pequeno príncipe é um dos primeiros clássicos que vem à mente de crianças e adultos. Estamos falando daquela magia que é vista poucas vezes na beleza da vida. Neste livro, o autor narra a história em que um pequeno príncipe conta sua própria história (da sua flor e do seu pequeno planeta). Por meio de imagens simbólicas, o enredo se consolida na representação do próprio escritor em um monólogo interior entre o “eu” e o “outro”.
Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago
Ensaio sobre a cegueira é uma das obras mais marcantes do século 20 e não poderia ficar de fora da lista. Vencedor do Prêmio Nobel, em 1998, o livro retrata a “treva branca”, que logo se espalha para o resto da sociedade. É a fantasia que nos faz lembrar a “responsabilidade de ter olhos quando os outros perderam”. Por meio da história, Saramago dá ao leitor uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio.
Um teto todo seu, de Virginia Woolf
Baseado em palestras proferidas por Virginia Woolf nas universidades inglesas, o ensaio Um teto todo seu é uma reflexão acerca das condições sociais da mulher e na produção literária feita por mulheres. Woolf aponta em que medida a posição que a mulher ocupa na sociedade acarreta dificuldades para a sua liberdade de expressão e para a escolha da carreira como escritora.
O quarto de Giovanni, de James Baldwin
Publicado em 1956 e relançado em agosto de 2018, O quarto de Giovanni é o segundo romance de James Baldwin e um dos principais clássicos modernos. Com toques autobiográficos, o livro trata de uma relação bissexual ao acompanhar David, um jovem americano em Paris à espera de sua namorada, Hella, que está na Espanha. Enquanto ela analisa se deve ou não casar-se com David, o jovem conhece Giovanni, um garçom italiano por quem se apaixona.
O sol é para todos, de Harper Lee
O sol é para todos, de Harper Lee, se mantém como um dos romances mais adorados em todo o mundo. Acompanhando três anos da vida dos jovens Jem e Scout Fincher numa terra de profundo preconceito racial, a história é pontuada pelo caso de um homem negro injustamente acusado do estupro de uma garota branca numa pequena cidade do Alabama. Retrato fiel do terreno sulista norte-americano no início dos anos 1930, foi eleito pelo americano Librarian Journal o melhor romance do século 20.
A hora da estrela, de Clarice Lispector
Macabéa vive sem saber para quê. Depois de perder a tia, viaja para o Rio de Janeiro, aluga um quarto, emprega-se como datilógrafa e se apaixona por Olímpio de Jesus, que logo a trai com uma colega de trabalho. A hora da estrela conta os momentos de criação de Rodrigo, o escritor que narra a história de Macabéa. Ela sabia que a morte estava próxima e coloca um pouco de si nas personagens.
O menino do dedo verde, de Maurice Druon
Era uma vez Tistu…Um menino diferente de todo mundo. Com uma vidinha inteiramente sua, o pequeno de olhos azuis e cabelos loiros deixava impressões digitais que suscitavam o reverdecimento e a alegria. As proezas de seu dedo verde eram originais e um segredo entre ele e o velho jardineiro, Bigode, para quem seu polegar era invisível e seu talento, oculto, um dom do céu.
Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
Neste livro, Gabriel García Márquez narra a história da família Buendía, uma estirpe de solitários que habitam a mítica aldeia de Macondo. A narrativa se desenvolve em torno dos integrantes dessa família, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula, uma personagem centenária e matriarca das mais conhecidas da história da literatura latino-americana.
As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano
Em As veias abertas da América Latina, Eduardo Galeano analisa a história da América Latina desde a colonização até o mundo contemporâneo. Na obra, o autor posiciona-se contra a exploração econômica e a dominação política do continente, tanto dos europeus quanto dos norte-americanos. Além do Uruguai, o livro chegou a ser proibido no Brasil, na Argentina e no Chile durante os períodos de ditadura militar.
O iluminado, de Stephen King
O romance continua apaixonando (e aterrorizando) novas gerações de leitores. A luta assustadora entre dois mundos: um menino e o desejo assassino de poderosas forças malignas. Uma família refém do mal. Nesta guerra sem testemunhas, vencerá o mais forte. Danny Torrance não é um menino comum, é capaz de ouvir pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado. Será uma maldição ou uma bênção?
O conto da aia, de Margaret Atwood
Este é um dos principais livros de Margaret Atwood. Neste romance distópico de 1985, da autora canadense retrata o cotidiano de um futuro apocalíptico, no qual a Nova Inglaterra é parte de um movimento totalitário e fundamentalista cristão. O grupo derrubou o governo dos Estados Unidos e assumiu o controle do país.
A teoria da relatividade especial e geral, de Albert Einstein
Entre março e junho de 1905, um físico desconhecido, com apenas 25 anos de idade, perito técnico de terceira classe da Repartição de Patentes de Berna (Suíça), surpreendeu o mundo ao publicar quatro artigos fundamentais sobre diferentes assuntos: o primeiro defendia a hipótese do quantum de luz, o segundo tratava de “uma nova determinação das dimensões moleculares”, o terceiro resolvia a questão do movimento browniano e o quarto, depois reescrito, apresentava uma nova teoria física, logo denominada Teoria da Relatividade e, depois, Teoria da Relatividade Especial. Onze anos depois, o já consagrado Albert Einstein publicou uma outra versão, incorporando a gravitação, que se tornou conhecida como Teoria da Relatividade Geral.
Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés
Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna.
Escritos, de Jacques Lacan
A publicação dos Escritos de Lacan no Brasil constitui um marco para a bibliografia psicanalítica em língua portuguesa. Contendo a íntegra dos textos escritos por Lacan entre 1936 e 1966, inclui “O seminário sobre “A carta roubada”, “O estádio do espelho”, “Função e campo da fala e da linguagem”, “O tempo lógico” e “A direção do tratamento”, entre outros artigos fundamentais para a psicanálise contemporânea.
Eu robô, de Isaac Asimov
Um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, Eu, Robô serviu como base para o roteiro do filme homônimo, no qual Will Smith interpreta o protagonista, o detetive Del Spooner. Porém, a obra é bastante diferente da história apresentada nas telonas. O livro é um conjunto de nove contos que relatam a evolução dos autômatos através do tempo.
Duna, de Frank Herbert
A vida do jovem Paul Atreides está prestes a mudar radicalmente. Após a visita de uma mulher misteriosa, ele é obrigado a deixar seu planeta natal para sobreviver ao ambiente árido e severo de Arrakis, o Planeta Deserto. Envolvido numa intrincada teia política e religiosa, Paul divide-se entre as obrigações de herdeiro e seu treinamento nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos.
Herland – A terra das mulheres, de Charlotte Perkins Gilman
Publicado pela primeira vez em 1915, Herland – A terra das mulheres é uma novela que coloca os holofotes sobre a questão de gênero. Escrito pela feminista Charlotte Perkins Gilman, o livro descreve uma sociedade formada unicamente por mulheres que vivem livres de conflitos e de dominação. A história é narrada por um estudante de sociologia que, junto a dois companheiros, chega ao lendário país ocupado por mulheres.
O nome da rosa, de Umberto Eco
Esse é o principal romance de Umberto Eco. O nome da rosa conta a história de uma suspeita de que os monges estejam cometendo heresias em um mosteiro italiano. O frei Guilherme de Baskerville é, então, enviado para investigar o caso, mas tem sua missão interrompida por excêntricos assassinatos. A morte, em circunstâncias insólitas, de sete monges em sete dias, conduz uma narrativa violenta, que atrai por seu humor, crueldade e sedução erótica.
Lavoura arcaica, de Raduan Nassar
Lavoura arcaica conta a história de uma vida familiar marcada pela figura autoritária do pai e pelo amor desmedido da mãe. É uma parábola com ressonâncias bíblicas e de intenso vigor poético. Neste livro, há uma mistura entre o novelesco e o lírico, por meio de um narrador em primeira pessoa – André, o filho encarregado de revelar o avesso de sua própria imagem e, consequentemente, o avesso da imagem da família.
A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera
Este é um livro em que o desenvolvimento dos enredos erótico-amorosos conjuga-se com extrema felicidade à descrição de um tempo histórico politicamente opressivo e à reflexão sobre a existência humana como um enigma que resiste à decifração — o que lhe dá um interesse sempre renovado. Quatro personagens protagonizam essa história: Tereza e Tomas,Sabina e Franz.
Século 21
Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie
Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar, nos anos 1990. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela se depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra.
Fama e anonimato, de Gay Talese
Fama e anonimato reúne três séries de reportagens. Em um dos textos, “Frank Sinatra está resfriado”, Gay Talese faz um retrato certeiro do cantor, sem que tenha conseguido entrevistá-lo. Nos outros capítulos, o autor também mostra o universo urbano de Nova York e a saga da construção da ponte Verrazzano-Narrows. Publicado no Brasil pela primeira vez em 1973, o livro se tornou uma raridade disputada em sebos e livrarias.
Outros jeitos de usar a boca, de Rupi Kaur
Maior fenômeno do gênero de poesia dos EUA da última década, com mais de 40 semanas no topo das listas de best-sellers, Outros jeitos de usar a boca é um livro que narra de forma poética a sobrevivência. A obra transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida de todos nós, mas mostrando ao leitor que existe uma maneira de tirar delicadeza deles.
Sapiens – Uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari
Um relato eletrizante sobre a aventura de nossa extraordinária espécie – de primatas insignificantes a senhores do mundo. Yuval Noah Harari aborda de forma brilhante muitas questões da nossa evolução. Ele repassa a história da humanidade, relacionando com questões do presente. E consegue isso de maneira surpreendente. Doutor em história pela Universidade de Oxford e professor do departamento de História da Universidade Hebraica de Jerusalém, seu livro não entrou por acaso nas listas dos mais vendidos de 40 países para os quais foi traduzido.
1Q84, de Haruki Murakami
Esta trilogia é assumidamente inspirada na obra-prima de George Orwell, 1984. No primeiro volume, Murakami apresenta Aomame, uma mulher que esconde a profissão de assassina. Em uma tarde, ela está parada num táxi, em meio ao trânsito de uma via expressa de Tóquio. Temendo não chegar a tempo de resolver uma pendência, ela se vê diante de uma opção inusitada proposta pelo motorista: descer do veículo e seguir por uma escada de emergência em plena avenida.
A morte do pai – Minha luta, de Karl Ove Knausgard
Uma noite de ano novo e rebeldia, regada a cervejas vedadas aos menores, um amasso nauseante na primeira namorada, um show fracassado com a banda de punk no shopping center. Neste romance inaugural da série autobiográfica Minha Luta, Karl Ove Knausgård se concentra em narrar os anos de sua juventude. Ao embarcar numa investigação proustiana e incansável do próprio passado, o narrador busca entender, sobretudo, a trajetória de seu pai, figura distante e insondável que acaba entrando em declínio e levando o núcleo familiar à ruína.
2666, de Roberto Bolaño
Lançado um ano após a morte de Roberto Bolaño, 2666 é considerado o principal romance do escritor chileno. Com os temas sobre violência e literatura, o livro é composto de cinco romances, interligados por dois dramas centrais: a busca por um autor recluso e uma série de assassinatos na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
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