10 obras essenciais de Carlos Drummond de Andrade
Um dos principais poetas brasileiros deixou um extenso legado para a literatura. Confira seus livros!
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, interior de Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902 e encontrou na sutileza e tranquilidade de seu dia-a-dia a matéria prima poética que mais tarde iria consagrá-lo como um dos poetas mais influentes do século XX.
O autor escreveu incontáveis contos e crônicas e foi um dos precursores do movimento Modernista no Brasil, junto com os escritores Mário de Andrade e Oswald de Andrade, no qual defendia o verso livre na poesia, desapegado de métricas ou rimas. Drummond faleceu no dia 17 de agosto de 1987, deixando uma obra literária com mais de 40 títulos, lançados no decorrer de 50 anos de profunda e total dedicação à poesia.
Confira suas principais obras!
Contos de aprendiz, de Carlos Drummond de Andrade
Os temas dos 15 contos neste livro giram em torno da grande pauta da obra do autor: o memorialismo, o relato da vida pacata no interior do Brasil do início do século XX, a observação do cotidiano em detalhes, uma ironia gentil, e a observação da inevitável passagem do tempo.
Boca de luar, de Carlos Drummond de Andrade
Nesta livro estão reunidos a coleção de crônicas escritas por Drummond em toda a década de 80, a maioria foi originalmente publicada no Jornal do Brasil.
A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade
A rosa do povo é um livro que pertence ao alto modernismo literário brasileiro, no qual Drummond se baseia em muitos versos do poeta norte americano Walt Whitman. Ironizando o passado literário brasileiro, trata-se de um testemunho de suas ideias e afetos no auge de sua maturidade. O autor começava a olhar para o passado como poucos autores, descrevendo os sinais confusos do século XX.
Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade
Esta obra mostra o poeta mineiro atento aos acontecimentos políticos de sua época. “Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo”, escreve Drummond nos versos de abertura deste volume. “O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente”. Carlos Drummond de Andrade mostra sua faceta mais humanitária, lamentando que a sociedade mantenha os olhos fechados para o mundo, permitindo a violência – referindo-se aSegunda Guerra Mundial e a ditadura de Getúlio Vargas. Além disso, o autor afirma que um dos maiores problemas é que as pessoas costumam trocar a compaixão pelo egoísmo de quem vive fechado em si mesmo em, segundo ele, um “terraço mediocremente confortável”.
Antologia poética, de Carlos Drummond de Andrade
Organizada pelo próprio Drummond em 1962, no auge de seus 60 anos, Antologia poética narra o amor, a morte, a memória, a família e o passado brasileiro em um perfeito conjunto de poemas, organizados em nove seções.
A bolsa e a vida, de Carlos Drummond de Andrade
Publicada em 1962, o livro A bolsa e a vida conta através de crônicas detalhadas os acontecimentos cotidianos no Brasil da década de 1950, em um tom de leveza e ironia – característica típica dos textos de Drummond.
Cadeira de balanço, de Carlos Drummond de Andrade
Esta obra é uma seleção de crônicas que Drummond fazia para um jornal, lançada originalmente em 1966, na qual traz uma afiada e impiedosa percepção da realidade através do ponto de vista de um narrador observador.
De notícias e não notícias faz-se a crônica, de Carlos Drummond de Andrade
Publicados ao longo de um período bastante duro da vida social brasileira – em plena ditadura militar -, os textos desta obra causaram impacto aos leitores daquela época. Drummond conta em detalhes e ironia os flashes da vida do Brasil, com seus tipos característicos, virtudes e problemas.
Amar se aprende amando, de Carlos Drummond de Andrade
Drummond se debruça, nos poemas desta obra sobre os pedaços cotidianos e quase anônimas da vida em sociedade, confirmando novamente que não se tornou poeta porque queria, mas porque toda a outras alternativas o fariam se perder de si mesmo.
Boitempo, de Carlos Drummond de Andrade
Esta obra reúne poemas que demonstram as visões da infância e da adolescência de Drummond, como lembranças que o autor não despeja diretamente no papel, mas como que procura a metáfora perfeita para expressá-las. Durante a leitura somos convidados a participar do mundo que fundou a sua poesia – os bichos, plantas e árvores e a vida na natureza que é sempre igual, mas que aos olhos do poeta eram donos de imensurável beleza.
Qual é sua obra preferida do poeta? Deixe sua opinião e participe da conversa!
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